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terça-feira, 9 de novembro de 2010

ABAIXO O ENEM; FORA COM O EMPAFIOSO!

Parabéns! Se você estranhou o "empafioso" é porque se trata de um neologismo e, por isto, vou traduzi-lo para você que não entende o Português. Na verdade eu deveria ter empregado empafiado, mas este termo fede a qualquer coisa como religião e comércio, duas vertentes da cultura humana que andam de mãos dadas como irmãos siameses, atualmente, não é mesmo? Fiado é como nós vivemos: com fé e confiança num futuro que continua sendo somente futuro. Não é à-toa que se diz, desde o tempo em que o diabo era menino, que "O Brasil é o país do futuro". E fiado também sabe (=cheira) a comércio, quando alguém vende algo fiando-se na honostidade do comprador e se arrisca a levar o cano. Então, preferi criar o neologismo "empafioso" para designar Michel Temer, o Vice-Presidente de vocês (não meu. Eu não votei nele nem na Dilma, como também não votei no outro). Bom, quando se estudava português no Brasil, aprendia-se que o sufixo "oso" emprestava à palavra derivada o significado "cheio de". Então, "empafioso" significa "aquele que está cheio de empáfia". E empáfia, você sabe (e se não sabia fica sabendo agora) quer dizer "altivez, soberba, orgulho vão, vaidade, embófia". Politiqueiro até à raiz dos cabelos, o vice de vocês não sabe falar absolutamente nada que seja prático e bom para o povo que o elegeu. É mestre na arte da polititica e tão logo passam as eleições ele envereda pela discussão de coisa de somenos e prolonga isto por meses e meses... Questões objetivas, que realmente interessam de imediato a nós, povão, estas podem esperar até o próximo pleito e até o outro e até o outro... E assim por diante. Escutem o que eu estou dizendo: Temer vai manobrar nas sombras do Poder para que os planos do PSDB, o Partido do Vampiro do Povo (FHC), voltem à baila. A primeira delas e que não vai ser derrubada novamente é a tal CPMF que virá como CPMFFDP (Contribuição Permanente Sobre Movimentação Financeira, seu f.d.p.)  

E o ENEM? Onde ele entra nesta história? Bom, o ENEM é mais uma criação dos polititicos para que o comércio encha a burra mais um pouquinho. Se o ensino no Brasil fosse algo sério, exigido desde a base mesma, o professor, então ele não teria razão de existir. Mas a política do Ensino brasileiro é de molde a deixar que a Escola se degrade cada vez mais no nosso país. Uma obrigação do Governo Federal, Estadual e Municipal que, aos poucos, vai sendo deixado à conta de Escolas Particulares, as quais também se vão deterioriando e deixando o Estudo por conta de Cursinhos. Quem perde sempre com isto, de modo imediato, são os estudantes; de modo mediato são os pais. De modo a longo prazo, é o país, pois o estudande universitário chega às suas salas sem nem mesmo saber pensar, quanto mais escrever. Como todo comércio, o ensino brasileiro visa LUCRO, não aprendizagem de qualidade. Se o estudante consegue aprender a mexer com os aplicativos dos computadores está mais que bom. Está qualificado. Para quê, não sei. Quem não sabe pensar, não sabe falar; quem não sabe falar não consegue se expressar nem consegue se defender dos crimes políticos cometidos contra si. Quem não sabe se defender, não saber também defender a família que gera. E assim, de queda em queda, o Brasil vai sendo jogado às mãos dos avaros da Globalização.

Não há justificativa para que no Brasil existam ENEM ou OAB, cujas provas mostram que são elaboradas para reprovar, não para apurar o grau de aprendizagem dos bacharéis em Direito. Tem-se a impressão de que a OAB virou um antro de proteção a uma elite qualificada pela tradição de pai para filho, ou seja, filhos de advogados de renome são aprovados, mas filhos de gente comum que ousa ser advogado devem ficar pastando ano após ano nos bancos dos cursinhos preparatórios para as provas da OAB, sendo, ao final, sempre reprovados. São absurdas as questões colocadas para os bacharéis, cuja experiência é nenhuma na prática da profissão, mas têm de responder a questões objetivas que versam justamente sobre questões que exigem prática profissional. E assim, muitos bacharéis vêem seus sonhos morrerem e se contentam em ser caixa de banco ou atendente de telemarketing, mesmo tendo um Diploma pelo qual suaram cinco anos nos bancos das faculdades - a maioria paga a peso de ouro.

O ENEM virou um segundo vestibular. Vestibulares são manobras que o Ensino criou para que espertalhões aufiram lucros indevidos às custas da propositada incompetência do ensino público e privado. Hoje, no Brasil, a indústria do Concurso Público e dos Vestibulares é um filão de ouro para cursinhos e escolas particulares. Só no ato da inscrição já ganham milhões de reais. E quando acontece de haver erro na prova, como acontece agora na prova do ENEM, mais dinheiro para todos, desde o dono das empresas de ônibus até o faxineiro que limpa o espaço onde as provas serão realizadas. Em tempo: para os que não moram no Brasil, ENEM é sigla de Exame Nacional (para os Estudantes) do Ensino Médio. O interessante é que os estudantes se reunem e conseguem abalar até mesmo um Presidente da República, conseguindo que sofra impeachment, como aconteceu com Fernando Collor de Melo. No entanto, ainda não acordaram para o fato de que têm nas mãos o poder de obrigar o Ministério da Educação a agir com rigor nas escolas para que o Ensino no Brasil entre nos eixos e, com isto, eliminem tanto o ENEM como o VESTIBULAR.

Quando os estudantes despertarem para isto, talvez possam colocar no meio de suas reivindicações a grita contra mais uma ventosa criada por José Serra com vistas a meter a mão no bolso de seus pais (dos estudantes, é claro). Falo da maldita CPMF que está em vias de ser ressucitada (e com certeza será, graças aos esforços do Vice da Dilma). Ninguém até hoje explicou porque o primeiro round da cobrança desta Contribuição forçada não melhorou em nada a Saúde Pública no Brasil. Milhões e milhões de reais foram arrecadados nos anos de governo de Fernando Henrique, mas os hospitais públicos continuam matando aqueles que a eles recorrem em procura de socorro, pois nem mesmo macas possuem onde possam descansar o corpo debilitado pela doença.

           "Brava gente, brasileira,
                 longe vá, temor servil,
            ou ficar a pátria livre,
            ou morrer pelo Brasil"

Bom, morrendo pelo Brasil a fora a população brasileira já está. E não uma morte honrosa, nos campos de batalha, não. Mas uma morte miserável, vergonhsa e vil, graças aos "nossos" Poderes Públicos. E aí, vai encarar?
   

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