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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PSICOLOGIA - A DIFÍCIL RELAÇÃO HOMEM-MULHER (3)

EROS RAPTANDO PSIQUE

Religião, ficou dito, é a base de toda sociedade humana em qualquer parte do planeta. Falei que a Religião fundamentou o sistema de ritos na sociedade humana. E muito das nossas agremiações sociais, naturalmente formadas devido à necessidade das greis de sobreviver - a se considerar a hipótese de Darwin sobre a Evolução humana - terminou passando a integrar ritos religiosos, como é o caso do casamento ou o enterro dos mortos.

A Psicologia, através da Escola Behaviorista (ou Comportamentalista), confirmou que todo ser humano é altamente condicionável. Nossos comportamentos são sempre respostas a estímulos dados ao nosso sistema orgânico, sejam estes estímulos internos, sejam externos; sejam objetivos, sejam subjetivos. Além disto, a Psicologia também descobriu que somos seres profundamente medrosos. Talvez devido a que sejamos os mais fracos animais no mundo natural. Em função deste medo intrínseco em nosso ser, propendemos a buscar dois eixos fundamentais para conseguir reduzir ao máximo possível nosso nível de ansiedade:
a) eixo do controle - todos necessitamos estar no controle dos processos fenomênicos que ocorrem ao nosso redor. Sem este controle sentimos-nos ansiosos e podemos perder nossa assertividade (capacidade de se auto-afirmar).
b) eixo do Poder - todos necessitamos sentir-nos poderosos em relação ao nosso ambiente e em relação a tudo o que ele contenha. Sem este controle, nossa auto-estima se reduz e isto afeta nossa auto-imagem que também se torna reduzida.

Os rituais, as cerimônias, as hierarquias em quaisquer instituições humanas visam primordialmente satisfazer a estas duas necessidades fundamentais do ser humano. Os feiticeiros das tribos primitivas procuravam vestir-se com peles de animais temidos pelas suas greis (povoado; pequeno grupo humano; rebanho de gado miúdo; paroquianos), agitar chocalhos e fazer gestos estereotípicos, emitindo sons e invocações, tudo a fim de impressionar seus seguidores e mantê-los sob dominação. Escolhiam um local específico para realizar seus rituais sagrados, como, por exemplo, a boca de um vulcão, uma pedra ou uma gruta onde tivesse havido algo sobrenatural para o entendimento primitivo da grei. Este hábito de buscar dominar pelo ritual permanece até hoje entre os civilizados do Século XXI. Eu me lembro de que, na EMBRATEL, quando eu trabalhava lá, os chefes (não eram gerentes, mas chefes) impunham hierarquia até nos móveis. Por exemplo: as mesas destinadas aos engenheiros, administradores, advogados e demais empregados que tivessem o nível superior eram grandes e tinham seis gaveteiros. As mesas destinadas a empregados sem o nível superior eram menores e tinham somente três gaveteiros. Os empregados de nível superior não marcavam ponto, portanto, podiam chegar à hora que quisessem e não eram admoestados pelos chefes. Já os empregados de nível médio tinham de marcar ponto e o atraso, mesmo de um minuto, era descontado de seus salários, além de ter que explicar, por escrito, em formulário próprio, o motivo de seu atraso. Cabia ao chefe decidir se justificava o atraso, ou não. Este, era um modo de manter o grupo que realmente dava duro, submisso, e lembrar-lhe sua condição de inferioridade diante dos "privilegiados". Aquilo só despertava rancor e resistência nos que realmente trabalhavam. Era grande o número de absentismo por doenças profissionais. E era maior ainda, o número de profissionais recém-saídos das faculdades, mas filhotes de militares ou por eles protegidos, que flanavam pela empresa ganhando altos salários e totalmente incompetentes naquilo que deviam fazer. Cabia aos de nível médio fazer o trabalho que lhes competia e mais o dos seus "capatazes".

O povo que mais serve como exemplo para o predomínio da Religião sobre a nação é o hebraico. Ele nunca deixou de ser uma teocracia e até hoje faz guerra movido por este sentimento profundamente arraigado na psique de sua gente. Os árabes também são exemplos atualíssimos do que digo, tanto quanto os radicais muçulmanos do Afeganistão e adjacências. O condicionamento entre os fundamentalistas é tão violento que convence homens e mulheres a cometerem suicídio em defesa de uma idéia totalmente abstrata e fora do alcance objetivo de qualquer pessoa. E atentar contra a vida é algo difícil de fazer, pois a Mente e o Corpo se rebelam contra isto. A Psicanálise está prenhe de relatos que espantam pela riqueza de jogos subliminares de pessoas psicoemocionalmente desequilibradas que, apesar disto, não conseguiram atentar contra a vida diretamente. Cometiam suicídio disfarçadamente, debaixo de um doloroso processo psíquico. Tudo porque a defesa natural da vida na forma física é muito forte e muito resistente. Entretanto, o condicionamento realizado pelos religiosos fundamentalistas atropela a defesa da vida, natural no ser humano e em qualquer animal, e os leva a se explodirem buscando assassinar com seu horrível suicídio o máximo possível de inocentes. Cito isto e procuro carregar nas cores para que o leitor compreenda que não estamos mexendo em algo superficial, mas, ao contrário, estamos pondo às claras um processo terrível e que, infelizmente, é totalmente desconhecido dos leigos em Psicologia. No Brasil temos uma forte tendência ao fundamentalismo religioso, o que é perigosíssimo - haja vista os exemplos acima citados. Refiro-me à atuação de Pastores Evangélicos que são ou mal preparados, ou mal intencionados. Seria muito bom que as autoridades constituídas pusessem as barbas de molho e os olhos sobre este pessoal e instituíssem um meio de controlá-los antes que nosso país, desgovernado, venha a se tornar um "Afeganistão fundamentalista evangélico sul-americano".

Tudo o que acima foi escrito teve como objetivo despertar no leitor a atenção para um processo que desde sempre subjaz nas raízes de nossas sociedades, em qualquer parte do mundo, e que, atualmente, leva-as à perigosa borda do abismo da intolerância, da anarquia e da guerra fratricida. Religião Exotérica e Condicionamento são ativos dia e noite em nossas existências e se não estivermos atentos a isto corremos sérios perigos, tanto físicos quanto psicoemocionais. Não adianta tentar ignorar o perigo, achando que ele está restrito a um grupo pequeno diante da dimensão populacional brasileira. Temos, na História, sobejos exemplos de como as minorias radicais governaram reinos. Até hoje isto é muito claro e muito forte, haja vista o famigerado neoliberalismo imposto a todas as nações por um punhado de gananciosos da Economia Mundial, do qual irei falar quando tratar da quarta parte responsável pelo desequilíbrio psicoemocional da pessoa.

Creio que consegui convencê-lo, leitor (ou leitora), do fato de que a Religião Exotérica ainda é absolutamente de grande relevância em nossa vida. Seus ritos e suas crenças profundamente arraigadas na Mente Mortal da pessoa (Identidade do indivíduo) que a pratica, indu-la a agir de modo radical, cego, em muitas situações de vida. Modos de comportamento que levam a pessoa a conseguir um permanente estado de sofrimento psicoemocional, além de, freqüentemente, indispor-se com outros semelhantes.

O desequilíbrio da pessoa envolvida nos ritos, nas práticas e na crença radical religiosa leva-a à condição de quase sã, quase doente porque lhe cerceia a liberdade de ser, de existir. Ela se torna coibida, castrada em sua capacidade sexual, ou seja: em sua capacidade de sentir prazer. Os adventistas do sétimo dia, para citar um exemplo, não permitem que seus fiéis façam qualquer atividade no sábado. Assim, não lhes é permitido ir a uma praia e relaxar tomando água de coco deitada em um espreguiçadeira sob um guarda-sol, sem se preocupar com nada. Coisa que qualquer organismo fisiológico e psicológico necessita de gozar. Não lhes é permitido explorar o conhecimento de outras seitas, como a Umbanda, porque tais seitas, visto que diferem do adventismo em seus rituais, são taxadas de demoníacas. Castas empresariais, como a casta das diretorias, cerceiam a liberdade de seus membros de atuarem livremente na sociedade onde vivem. Um diretor de uma empresa de nome não pode enamorar-se da faxineira da empresa, mesmo que ela seja muito bela e meiga e possua boa instrução. Afinal, ela é uma faxineira e ele, um diretor (nenhum dos dois é mais somente um ser humano). Ela mora num casebre na periferia da cidade e ele num belíssimo apartamento no bairro mais luxuoso da mesma metrópole. Note o leitor que não há diferença entre a castração religiosa e a castração de status empresarial. As origens são diferentes, mas a finalidade é a mesma: controlar e dominar. A História Universal está prenhe de exemplos magníficos do que aqui discorro, assim como a Literatura Universal. O curioso é que este fenômeno é explorado à exaustão por escritores de renome mundial e é estudado em Faculdades de Sociologia, de Psicologia, de Antropologia e, no entanto, mesmo os doutos não fogem à regra geral: o condicionamento social.

Como psicólogo oriento meu leitor ou minha leitora a prestar atenção na influência do ritual, da cerimônia, em sua existência. Escapar ao seu domínio é difícil, mas não é impossível. Basta que mantenha em mente um pensamento: EU SOU EU. Em outras palavras: eu não sou o doutor; eu não sou o gerente de pessoal; eu não sou o deputado; eu não sou o coronel; eu não sou o lixeiro; eu não sou a arrumadeira; eu não sou o faxineiro... Enfim, eu não sou o papel social que desempenho dentro da sociedade em que nasci, cresci, vivo e evoluo. Eu sou apenas eu, um ser humano.

A sociedade que criamos tem-se escravizado demais aos estereótipos e, com isto, tem levado o ser humano a se confundir com o papel que deve desempenhar no meio social para sobreviver. Um papel social não é e nunca poderá ser substituto da Identidade da pessoa. O termo Identidade significa aquele que é igual a si mesmo; o que não tem similar; o que é singular, único. Um papel social engloba muitos indivíduos nele. Há, por exemplos, dezenas, centenas de diretores de empresas no nosso país. Há centenas, talvez milhares de lixeiros, também. Mas as pessoas que desempenham estes papéis, não se reduzem a eles. Suas Identidades são muito mais que isto. Portanto, não é o papel que tem valor, que merece respeito e destaque, como acontece erradamente em nosso meio social. É a pessoa em si mesma; é sua cultura acima de sua instrução. Muitos de nós conhecemos vários diplomados que deviam ter vergonha de dizerem que o são. Conhecemos vários políticos que valem menos que o lixeiro que limpa a rua onde está a casa legislativa onde trabalham. O leitor ou a leitora é convidado a meditar neste artigo e se questionar sobre o valor que atribui a si. Ele é maior ou menor que aquele que tem atribuído até agora ao seu papel social? E lembre-se, marido, esposa, mãe, pai, todos são papéis sociais que periodicamente requerem revisão. É muito errado uma pessoa continuar desempenhando qualquer destes papéis se neste desempenho só colhe dores, decepções, sofrimentos, mágoas e lágrimas.

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PSICOLOGIA - A DIFÍCIL RELAÇÃO HOMEM-MULHER (2)

PSIQUE E EROS NO LEITO

Qual é a diferença entre sexo e cópula? Se tomarmos o Dicionário Michaelis de português iremos encontrar a seguinte definição para sexo: "Conjunto de caracteres, estruturais e funcionais, segundo os quais um ser vivo é classificado como macho e fêmea; conjunto de pessoas que têm a mesma organização anátomo-fisiológica no que se refere à geração; instinto genésico, atração sexual ou sua manifestação na vida e na conduta". No mesmo Dicionário, cópula é definida como: "Ligação. Ato sexual; coito; (...)". Quando criou a Psicanálise, Sigmund Freud ampliou substancialmente o significado do vocábulo sexo. Segundo seu entender - e que deve ser o dos profissionais tanto da psicanálise quanto da psicologia atuais - sexo é prazer. Não somente o prazer advindo do coito, da cópula. É qualquer prazer que se possa sentir. Com isto, Freud distinguiu e clarificou um termo de extrema importância na análise e na compreensão do comportamento e do sofrimento humanos.

Quando uma pessoa chega à casa, suada, cansada, irritada pelo calor e vai tomar um banho, o contato da água escorrendo pelo corpo e lhe retirando o suor e aliviando o calor e o cansaço dá-lhe grande prazer. Então, do ponto de vista da psicanálise e da psicologia, a pessoa está fazendo sexo com a água e com seu próprio corpo. Ao esfregar o sabonete no corpo com satisfação a pessoa está em sexo com o sabonete. Ao se enxugar, relaxada após o banho, a pessoa está em sexo com a toalha de que se serve. Ao calçar as sandálias e sentir seus pés confortavelmente aconchegados ali dentro, ela está em sexo com sua sandália. Ao vestir o roupão de banho para sair do banheiro sentindo satisfação pelo toque macio do tecido em seu corpo, ela está em sexo com seu roupão. Como se pode ver, todos nós praticamos sexo a todo momento de nossas vidas. Mas o sexo é volátil. A mesma pessoa de meu exemplo pode chegar a casa ansiosa porque tem um dilema que deve enfrentar em uma hora e não sabe como irá se comportar dentro dele. Seu banho é agoniado. Psicologicamente ela não está sob a água; não sente o frio do líquido retirando-lhe o suor e lhe aliviando o calor. Sua Mente está presa ao dilema e ao tempo que se escoa; está mergulhada nas opções que possui e no modo de servir-se delas para safar-se da enrascada. A toalha é passada no corpo e seu contato macio  não é percebido. As chinelas são calçadas automaticamente e não são notadas quanto ao conforto que dão aos pés. O roupão é vestido às pressas e seu aconchego não é percebido. Esta pessoa não está em sexo com nada à sua volta. Ela está psicologicamente e psicanaliticamente falando em estado de castração sexual.

Quero chamar a atenção de meus leitores para este construto: estado de castração sexual. Não  é um construto que se encontre em livros técnicos de Psicologia ou de Psicanálise, mas é uma realidade objetiva, pouco observada pelos profissionais e que ocorre muito amiúde com toda a população humana nesta sociedade neurótica que construímos sobre o planeta Terra. Eu já me utilizava dele na década de 1980, quando trabalhava em minha clínica psicológica, no Rio de Janeiro.

Uma pessoa é um ser tridimensional em sua constituição. Em uma primeira dimensão ela possui um corpo físico, orgânico e funcional. Na segunda dimensão ela possui um corpo emocional, energético e dinâmico. Finalmente, na terceira dimensão ela possui uma psique, ou seja, uma Mente, que é tanto ativa quanto passiva. As pessoas de nossa atualidade não sabem funcionar equilibradamente com estes seus três corpos ou com estas suas três dimensões. Por isto são seres quase sãos, quase doentes. A higidez (estado do que é sadio) de qualquer pessoa requer, em primeiro lugar e antes de tudo, que ela saiba funcionar equilibradamente nas três dimensões - a dimensão física, a dimensão emocional e a dimensão mental ou psíquica. Temos, agora, uma pergunta crucial para nossos quase sãos, quase doentes:

- O que acarreta o desequilíbrio da pessoa em suas três dimensões?

A resposta não é simples, portanto, vamos tentar abordá-la por partes. A primeira parte, que devia estar ultrapassada, é aquela da Religião. A segunda parte, crônica tanto no Brasil quanto no mundo, é aquela da Educação Familiar. A terceira parte, endêmica no Brasil, é a que diz respeito à Instrução Escolar. A quarta parte, a mais complexa e mais entranhada na vida das pessoas no mundo todo, é aquela Econômica.

Comecemos pela primeira parte, a parte religiosa, pois a religião é intrínseca ao viver humano. E vamos começar afirmando que toda pessoa, em qualquer lugar do planeta, é religiosa. Portanto, não há esse negócio de eu sou agnóstico ou eu sou ateu. A característica primeira de uma Religião, qualquer que seja sua modalidade, é o ritual. Toda Religião, assim como toda seita, em suas práticas mantêm inevitavelmente uma seqüência de cerimônias ou fórmulas de ação que compõem seus rituais próprios, caracterizando o culto de cada uma. Estas cerimônias vão desde o trajar-se até o comportar-se, seja dentro do templo, seja fora dele. Exemplo: é característico dos homens evangélicos andar de terno preto portando uma Bíblia na mão; da mulher evangélica, andar com vestidos de mangas compridas, com decotes curtos, quase fechados e saias abaixo dos joelhos. Este é um rito comportamental da Religião Evangélica. É característico dos muçulmanos, nas mulheres, o uso da burka; nos homens, ajoelhar-se em determinadas horas do dia, estejam onde estiverem, sempre voltados para Meca, prostrando a testa no chão para orar. É característico de homens e mulheres católicos persignarem-se ao presenciarem um fato anormal, trágico, assustador ou doloroso. É característico dos praticantes do espiritismo de terreiro portarem guias "protetoras" em seus pescoços, ou em seus veículos; ou usarem firmezas feitas com palha trançada em braços e pernas, no caso do Candomblé. O ritual, portanto, tem suas raízes profundamente na Religião. Assim, quando uma pessoa traja roupas que obedecem a determinados padrões para poderem exercer suas atividades profissionais, mesmo que não o saibam, estão realizando um rito religioso. O médico, quando traja seu avental branco; o executivo  quando veste seu terno preto, cinza ou azul-marinho com uma gravata geralmente vermelha, cinza ou azul e assim por diante. Então, podemos afirmar que a estrutura de qualquer sociedade humana, em qualquer país, tem suas fundamentações nos ritos religiosos avoengos. Você pode observar o ritual na prática dos vários esportes criados pela raça humana. Todos eles têm vestimentas próprias, objetos específicos e ritos adequados. O praticante de qualquer deles, pode até não freqüentar uma igreja ou um templo qualquer e não estar nem aí para as questões do Espírito ou de Deus, mas sem o saber está sendo religioso, pois ser escrupuloso, exato, pontual, observador, disciplinado e fiel, exigências de quaisquer esportes, é praticar uma religião. Até a prostituta que é fiel à sua profissão, cuidando de sua saúde para não infectar seus clientes; buscando manter-se em forma e atraente, mesmo que seja a mais depravada e vulgar e não vá a qualquer templo, pratica uma religião. O obsessivo pratica sua religião tanto quando o compulsivo... Está rindo? Ora, observe os evangélicos que aparecem nos canais de TV agarrados a um copo d'água, carateando desesperadamente e gritando ladaínhas de invocação e intimação a Deus para que abençoe a água daquele copo e, por extensão, dos copos que centenas, talvez milhares de outros obsessivos seguram diante de seus aparelhos de TV's. Aquele é um comportamento obsessivo, pois de tanto realizá-lo, quando o crente falha um dia sente-se agoniado e tenso. Chega um ponto em que o seguidor do evangelismo de TV acredita piamente naquele gesto e se desestrutura todo se por alguma razão deixa de o realizar ou de ser dirigido pelo seu Pastor.

Então, fixemos esta assertiva: a sociedade humana, em qualquer parte do planeta, tem suas bases na religião e isto molda profundamente seu comportamento. Voltarei ao tema no próximo artigo.

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

137 ASSASSINATOS POR DIA, NO BRASIL. UM CRIME DOS POLÍTICOS QUE NÓS ELEGEMOS PARA NOS REPRESENTAR

Vocês me desculpem, mas vou fazer uma pausa no intelectismo (muito bom, muito bonito), para entrar em nossa realidade cruel, desumana, vil e monstruosa. A realidade BRASIL. Acabo de ouvir o comentarista da Globo, jornalista Alexandre Garcia - um senhor repórter - (programa Espaço Aberto)  dizer que estatisticamente são cometidos nada menos que 137 assassinatos por dia em nosso país. Ei, eu disse: 137 ASSASSINATOS POR DIA!!!
Se este blog pudesse gritar, certamente eu poria essa frase em um grito altissonante, tonitruante, para que ele quebrasse seu marasmo, sua indiferença, SUA INCOMPETÊNCIA COMO ELEITOR, pois você é responsável pelos mortos de todos os anos passados e deste ano também. Você é responsável por eleger IGNORANTES, ILETRADOS, BURROS para serem DEPUTADOS FEDERAIS, SENADORES, VERADORES ETC... Vejam as figuras terríves que se candidataram este ano para tais cargos (exceto vereadores. Estes, aparecerão daqui a dois anos): mulher pera; mulher melancia; tati quebra barraco, tiririca, kiko do klb,  filho do Raul Gil etc...  Se você eleger estas figuraças para representá-lo (com certeza eles NUNCA ME REPRESENTARÃO PORQUE JAMAIS, EM MIL TRANSMIGARAÇÕES DE MINHA ALMA, VOU VOTAR EM GENTE COM TAIS CONDIÇÕES DE INSTRUÇÃO E SOCIAL PARA O PODER MÁXIMO DE MEU PAÍS), então, todas as ASNEIRAS que fizerem é também de sua responsabilidade. Pena que não haja cadeia para eleitor burro.

É preciso que nós, brasileiros, tomemos consciência de quão responsáveis somos no que tange aos que devem representar-nos e ao país. É preciso que nós, brasileiros, fiquemos de olhos abertos e consciências limpas a fim de impedir abusos como estes. Abusos que são verdadeiros INSULTOS AO NOSSO PATRIOTISMO. Não é porque um metalúrgico sem estudo superior salvou o Brasil de ser lançado aos lobos do neoliberalismo, que vamos permitir que todo ignorantão e desinstruído ocupe uma cadeira nas casas do Poder máximo da nação. O metalúrgico tinha um passado de intenso movimento político; tinha um passado de grande experiência em militância polítca; tinha um passado de obtenção de grande informação sobre a política nacional e internacional; desenvolveu um sentido patriótico muito acima do comum e este fato foi crucial em sua carreira. Tudo isto faz uma tremenda diferença. Também não é porque o sujeito tem nível superior, foi professor em Harvard etc... que pode ser nosso representante. Veja-se FHC, o crápula. Traiu o Brasil; desrespeitou a nós todos como nação e se vendeu covardemente ao Poder Econômico Mundial. Durante 8 anos balançou a cauda para o FMI e nos colocou de joelhos e de chapéu nas mãos mendigando empréstimos que, se investigados quanto ao emprego do dinheiro, com certeza traria escândalo de arrepiar o mundo todo. Desrespeitou e achincalhou a nós, aposentados, chamando-nos de parasitas da nação - o pulha. Não, não é nem falta de instrução nem instrução demais a condição necessária para ser nosso presidente. É necessário o quociente de PATRIOTISMO. Isto, sim, é que deve ser levado em consideração. Sem patriotismo qualquer um que suba ao Poder mergulhará de cabeça na corrupção, pois quem nunca comeu mel, quando come se lambuza.  Mas também é necessário um mínimo de experiência política, de militância política, de instrução sobre política mundial, internacional. É preciso, acima de tudo, AMAR O BRASIL. 

NÃO SEJA BURRO. NÃO VOTE EM BURROS. AME SEU PAÍS! SE NÃO HOUVER GENTE QUE PRESTE NAS "OFERTAS PARTIDÁRIAS", ENTÃO, ANULE SEU VOTO EM PROTESTO POR ESTE DESRESPEITO AO NOSSO CIVISMO.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

PSICOLOGIA - A DIFÍCIL RELAÇÃO HOMEM-MULHER (1)

PSIQUE E EROS NO LEITO

Psique, personagem da Mitologia Grega, foi a escolhida para representar o que o ser humano tem de mais complexo e insondável - sua Psique, sua Mente. Seu mito é narrado, segundo a Wikipédia, no livro escrito por Apuleio, intitulado "O Asno de Ouro". Era uma humana tão bela que matou de inveja a própria Deusa da Beleza, Afrodite. Esta, mandou que seu filho, Eros, flechasse a jovem Psique com uma de suas flechas de amor para que a pobrezinha se apaixonasse por um monstro horrível. Mas Eros, ele próprio, apaixonou-se pela jovem e não cumpriu com a ordem materna. Ao contrário, roubou Psique e a trancou em um lindíssimo palácio onde tudo acontecia magicamente para ela, bastava que assim o desejasse. À noite, ele vinha e a amava intensamente. Daí a razão de se dizer que nossa Psique é profundamente erótica e profundamente sexual.
A sociedade atual, seguindo o pensar consumista dos norte-americanos, fundiu a idéia de sexo com aquela de coito. E isto é vendido aos milhões e milhões de expectadores e de leitores em todo o mundo. Não se diz, por exemplo, "vamos coitar?" ou "vamos copular?" mas sim: "vamos fazer sexo?" ou "vamos fazer amor?"
Sexo foi reduzido a coito e amor teve o mesmo destino triste e ingrato. Esta confusão proposital só prejudicou profundamente as pessoas e, creio eu, até se tornou um fator de incremento do sofrimento psicoemocional dos que perambulam meio doentes, meio sãos pelas ruas de nossas metrópoles. Eu o convido a pensar nesta pergunta e encontrar uma resposta: como é que se faz amor? De que material ele é feito? Não me responda: faz-se amor copulando com uma parceira ou com um parceiro, pois isto não é fazer amor. É praticar o coito ou, então, é copular.
Sexo e Amor, não podem ser reduzidos a coito, cópula. Embora este ato físico seja inerente ao sexo, não é ele; não o contém  nem o esgota. Na verdade, o coito (ou cópula) é somente uma parcela ínfima do Amor ou do Sexo. Deveria ser a coroação de um dia de harmonia, parceria e alegria mútua entre duas pessoas que se amam e, não, como se vê no pensamento holiudiano, um ato de disputa animal pela superioridade do macho sobre a fêmea e vice-versa. Os filmes norte-americanos têm uma tônica já sedimentada: tem de haver uma cena de cópula logo nos dez primeiros minutos da película. E esta cena tem de ter uma pitada de animalidade, que eles traduzem naquela cópula furiosa, onde o homem escancha a mulher em seu quadril, encosta suas costas na parede e se bate furiosamente contra o pubis da desesperada, que tão logo é escanchada nas ancas masculina já fica numa excitação de meter inveja a cadela no cio. Gente, tenha dó! Ninguém consegue ter prazer numa posição daquelas... Enfim, eles são da América do Norte e pode até ser que lá as coisas aconteçam assim. Só que, estou certo disto, a cópula em 99% dos casos não será satisfatória para a mulher, que precisa, fisiologica e psicologicamente, de muito mais tempo para chegar ao ponto de "subir pelas paredes". Aliás, a respeito disto quero falar um pouquinho.
A maioria dos homens acredita que o tamanho do pênis influi no prazer feminino. Muitos anseiam por aumentar o tamanho do seu "borrachinha" e muitos entram em disfunção erétil por vergonha do tamanho do coitado. Ledo engano acreditar que o tamanho do "borrachinha" é importante para a mulher. Uma mulher, se estiver excitada e aceitar o parceiro, atinge o orgasmo sendo masturbada com um dedo da mão, por ele. E um dedo da mão nunca atinge nem a grossura nem o tamanho do pênis. O que importa mesmo, no ato do coito, é a disposição da mulher para aceitar seu parceiro. Não tem peitoral desenvolvido; não tem rosto de Adônis; não tem bunda de chamar a atenção na praia; não tem conversa mole pra boi dormir que consiga fazer uma mulher chegar satisfatoriamente ao orgasmo se ela não está psicologicamente disposta a aceitar o parceiro.
Outra coisa muito importante que as pessoas, geralmente, não levam em consideração como deviam. Nós, machos, somos premidos pela Natureza a descarregar os testículos porque estas pequenas usinas de fabricar esperma não param e isto nos ingurgita as bolas a ponto de a gente ficar "pingando" na cueca, quando demoramos muito a esvaziar as ditas cujas. A mulher não tem este acicate. Elas, excitadas, até que podem molhar as calcinhas, mas não do mesmo modo que os machos. Que não se entenda que estou dizendo que o desejo libidinal da mulher seja menor que o do homem. Não é nada disto. Estou-me referindo apenas ao fato de que o órgão genital feminino é interno enquanto o do homem é externo. Ela fica excitada sim, mas se o homem não tiver um olfato apurado, capaz de sentir o ferormônio acima dos perfumes que a mulher usa, jamais vai detectar a excitação dela diante de si. É preciso que a Mulher se insinue e dê sinais faciais ou verbais que indiquem que está desejando copular. Já os homens, excitados, põem involuntariamente o "borrachinha" esticado ao máximo e isto incomoda muito. Além do incômodo, o "borrachinha" dana a babar na cueca e sua baba chega até à perna da calça. Isto pode anunciar aos quatro cantos que o safado está doido para encontrar a "atiradeira". Só que nenhum homem aprecia que seu estado seja anunciado assim, despudoradamente. Principalmente se se encontra em um evento formal. A não ser em filme norte-americano onde, seja em que local for, o macho está sempre buscando um modo de colocar seu "borrachinha" na "atiradeira" das mulheres ali presentes. Mulheres que estão, estranhamente, sempre predispostas a emprestar suas  "atiradeiras" para os "borrachinhas" dos heróis... Esta associação entre ficção e realidade é percebida, atualmente, como sendo algo natural e o resultado é que na vida real a juventude (masculina e feminina) sai para os eventos sociais noturnos (as baladas) já como robôs: buscando adequar-se ao estereótipo cinematográfico, que não passa de uma paranóia dos que imaginaram os filmes socialmente pornográficos, mas criados sob a óptica do pensar consumista.
Outra coisa muito importante: os homens sofrem de um mal educacional tradicional horrível: eles ligam, muito cedo, o orgasmo sexual à ejaculação. Não. Até mesmo anatomicamente os feixes de neurônios que inervam o sistema reprodutor para o orgasmo difere do feixe de neurônios que o inervam para a ejaculação. Tanto é assim que um homem pode sofrer uma lesão na medula vertebral que destrua o feixe neuronal que ingurgita o pênis promovendo  a ereção e levando à ejaculação e, ainda assim, ter orgasmo sem ejaculação e sem ereção, mesmo o "borrachinha" estando cabisbaixo, murcho, sem ânimo para nada... Do mesmo modo, o acidente pode ter afetado o feixe neuronal que promove o orgasmo e, então, o homem pode ter ereção e ejaculação, mas não sente o prazer orgásmico. Então, sentir prazer orgásmico no coito não tem que implicar necessariamente o gozo extremo, final, com ejaculação e tudo. É função da crença geral e do treinamento muito cedo e sem orientação, que os homens são levados a acreditar que a cópula só pode ser prazerosa se houver o orgasmo e a ejaculação juntos. Ejacular é ruim. Todo macho que copula sabe que há um quantum de dor no ato da ejaculação. Pessoalmente eu ouvi de algumas de minhas companheiras de leito a mesma reclamação. Elas preferiam ficar "brincando" no leito do que indo pros finalmente. É claro que isto não significa que elas só desejavam isto. Quero dizer que elas davam preferência, após um orgasmo satisfatório, permanecer no leito brincando com o prazer. Não lhes interessava ir novamente aos "finalmente". Além do desconforto doloroso subreptício do gozo, a ejaculação enfraquece o homem a ponto de o levar a adormecer quase imediatamente após o evento, pois ao ejacular ele perde uma quantidade muito grande de energia fisiológica e de energia vital (Chi, Prana, Axé, Puhá etc...). Com a perda da energia sutil, vital, ele também perde o interesse coital pela companheira. Daí o famoso um uisque antes e um cigarro depois. Isto não acontece com a mulher. Ela absorve a energia masculina durante a cópula e o orgasmo e por isto pode emendar um gozo no outro. Basta somente que psicoemocionalmente esteja de fato aceitando  seu parceiro. Quando digo "interesse coital" é de propósito, para chamar a atenção para o fato muito importante deste acontecimento crucial no leito. Muitas mulheres tomam aquele sono torporoso de seu companheiro como sinal de desinteresse dele por ela. Isto não é verdade. O corpo do macho - e isto diz respeito realmente ao corpo - é que fica apático. E o faz por medida de segurança; por defesa. Em uma ejaculação, fisiologicamente o homem despende uma quantidade assombrosa de trifosfato de adenosina, que é energia pura; energia que pode sustentar o corpo por um dia inteiro sem alimento. Na antiga Roma as concubinas do Imperador mandavam que soldados e gladiadores se masturbassem lançando o esperma dentro de uma bacia. Então, elas passavam aquele esperma pelo corpo todo, pois sabiam que aquilo era o melhor rejuvenescedor e amaciante da pele da mulher. E continua sendo. Não há cosmético que consiga  os efeitos do esperma na pele feminina. A mulher que espalha sobre o rosto e sobre o colo o esperma de seu parceiro demora mais a mostrar sinais de envelhecimento; sua cutis se mantém sempre hidratada e macia e seu colo sempre suave ao toque.

Quando o casal não sabe explorar todas as imensas e profundas possibilidades do coito, a cópula é rápida e insossa. Nem por isto o corpo masculino deixa de se defender ao final do ato. As mulheres, nestes casos, além de insatisfeitas sexualmente, também ficam irritadas e se percebem usadas. Isto as frustra e as torna agressivas. Nesta situação não há como se colocar a culpa em alguém, senão na ignorância sobre como praticar a cópula. Então, chamo a atenção para a seguinte fórmula de realização de um coito satisfatório:
ACEITAÇÃO, eis a palavra mágica no ato copulativo.
Os valores de aceitabilidade dos parceiros diferem para os homens e para as mulheres. Eles pensam que elas valorizam barriga tanquinho; bíceps e tríceps estufados; peitorais modelados por intensa malhação; bunda musculosa e de glúteos salientes; pernas torneadas e de musculatura vistosa; prática de esportes radicais; capacidade de se contorcer furiosamente nas danças funk, rap, hip-hop e outras que tais... Enfim, os homens agem como pavões aloprados e embriagados com suas estrepolias musculares. Os negros norte-americanos inventaram um andar balançando o corpo como se este pertencesse a uma lagartixa e isto pegou feito capim ruim entre os jovens, principalmente entre os atualmente chamados "afro-descendentes". Eles acham que este modo de se exibir influi na mulher e a faz atraída por seus predicados contorcionistas. Atualmente não saber falar senão através de gíria é um predicado que os machos muito defendem, pois acreditam que as fêmeas adoram este defeito intelectual. Que engano!!!
As mulheres valorizam pouco a aparência física do macho, ao contrário do que estes pensam. Também não valorizam tanto sua capacidade de se contorcer, de dar porrada, de falar mal mascando chiclete e usando palavrões como pontuação ou palavra de ênfase (ex: "Porra, meu, o Zé Mané se fudeu, cumpade...) etc... O que a mulher, no fundo de seu ser, deseja de um homem é bem mais simples e bem mais difícil para os machos da nossa atualidade:
1) que ele seja companheiro;
2) que ele esteja ao seu lado e, não, tentando dominá-la;
3) que ele seja capaz de compreender seus sonhos, seus anseios e seus temores e seja capaz de conversar com ela livremente sobre isto, orientando-a e aconselhando-a com sabedoria e segurança, quando ela se veja em dúvida sobre uma decisão ou uma escolha;
4) que ele lhe dê segurança psicoemocional;
5) que ele lhe dê a liberdade de ser ela mesma no leito, no ato coital;
6) que ele a estimule a crescer sempre, vibrando com suas conquistas e se alegrando com suas vitórias nas lutas do dia-a-dia;
7) que ele saiba expressar-se com clareza, sem apelar para gírias e palavrões. Afinal, como diziam os antigos: "O costume do cachimbo põe a  boca torta" e quem vive se expressando na base do palavrão está sempre cometendo gafes que põem o outro em situação de grande desconforto em determinados momentos sociais.
Embora o cinema e a televisão pugnem por tornar a mulher uma pervertida, no sentido de fugir à sua belíssima condição de fêmea, nenhum dos dois consegue senão gerar uma confusão terrível na psique feminina. Mulheres testiculosas pululam tanto no cinema quanto na TV. São as "heroínas" à norte-americana, que distribuem socos e pontapés a torto e à direito; que derrubam homens parrudões com o calcanhar do pé esquerdo enquanto palitam os dentes com os ossos da mão diretia de outro infeliz que ela acabou de arrancar com golpes de wushu ou de aikidô; que atiram e matam com tamanha precisão e sangue-frio que faz os valentões do BOPE ficarem vermelhos de vergonha; que, na cama, tomam a iniciativa e dominam o homem, dirigindo o coito à moda masculina pervertida (isto é, fora do que seria o natural). Este modelo de mulher testiculosa agrada em cheio os sonhos desvairados dos machos pervertidos desta sociedade de consumo em que se vive. No entanto, ao tentar adotar a testiculosidade das fêmeas cinematográficas, as mulheres se perdem de si mesmas e mergulham numa angústia e numa solidão que mais as desesperam por não encontrar um parceiro que compreenda profundamente seu ser feminino. Em desespero por agradar a esses machos pervertidos deste Século XXI, as mulheres estão-se perdendo e se tornando sexualmente deprimidas (o que não significa que sejam somente pessoas desinteressadas da cópula, pois a depressão tanto pode ser inibidora da ação, do movimento, quanto descontroladamente excitadora disto). Vai daí que é muito fácil encontrarmos mulheres frígidas sexualmente falando, assim como outras que são verdadeiras "devoradoras de homens". Estes extremos somente nos mostram, a nós, psicólogos clínicos, que a relação macho-fêmea perdeu-se de modo desastroso nesta sociedade neoliberal tecnocrática e consumista em que vivemos.
Creio que é da Natureza intrínseca da mulher buscar um homem para si. Mas há uma grande diferença entre fêmea e mulher e macho e homem. Fêmea, todas as mulheres são, assim como machos todos os homens da espécie humana também o são (é claro que há a exceção dos homossexais, das lésbicas, dos gays, dos transexuais etc..., dos quais não vou falar). Falo aqui, apenas dos dois sexos com que a Natureza natural dotou a espécie humana. Ser macho é fácil. Basta olhar qualquer animal quadrúpede. Todos os homens são machos. Ser homem, contudo, é muito difícil e está cada vez mais difícil, mercê do pensamento consumista que domina a raça humana em todas as suas áreas de manifestação social. Ser fêmea também é fácil. Mas ser mulher está muito mais duro, muito mais árduo, muito mais difícil nesta sociedade aloprada em que vivemos e à qual mantemos tresloucadamente. A natureza feminina está perdendo vez para o consumismo canibal. Com isto, sofre a família, que se desagrega mais e mais intensamente à medida que os anos se vão. E com o desagregamento da família surgem os aleijões, os Quasímodos sociais, que não passam de fantasmas humanóides perdidos em uma selva de estereótipos vazios.
É... Viver nos dias deste Século XXI é muito difícil...

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

REFLEXÕES (2)

Continuando a reflexão desenvolvida anteriormente, vejamos uma contradição incompreensível deixada na Bíblia sobre as declarações de Jesus. Tomemos as citações anteriores: "A tua fé te salvou"; e  "ora em silêncio ao teu Pai que está nos céus" e comparemo-las com estas outras: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; quem não vier após mim não chegará ao Pai" (conforme constava da Bíblia que eu lia, em latim).  O pronome de tratamento "Tu" indica que quem fala dirige-se a uma outra pessoa. Nas orações de Jesus, ele imputa ao outro tanto o ter conseguido sua cura quanto o modo correto de orar. Distingue-se bem do outro. Não se vincula a este outro. Então, o Mestre não toma sobre os ombros a responsabilidade do outro. Ao afirmar ser o caminho, a verdade e a vida, Jesus não se arrogava nenhum privilégio junto ao Deus hebreu, mas sim afirmava sua nova mensagem, totalmente diferente daquela deixada por Moisés, pois é sabido por qualquer cristão que o Grande Mestre viera para revolucionar as Leis vigentes entre aquele povo. Leis de vingança; de retaliação; de beligerância. A Lei do dente por dente e olho por olho. A Lei que afirmava que o povo hebreu era o escolhido de Deus e o resto era somente o resto. Que dizia que Deus era o Senhor dos Exércitos, rancoroso, malicioso, vingativo, punitivo etc...; a Lei que mandava que se fizessem sacrifícios de animais para agradar a Deus e assim obter d'Ele que se dignasse ouvir os rogos dos Rabinos do Templo (ritual que até hoje o Candomblé pratica, não para obter as graças do Deus Hebreu, mas para conseguir o beneplácito de Exu, o mensageiro dos Orixás). A mensagem do Grande Mestre afirmava exatamente o contrário: Deus é o Pai de todos os homens sobre a Terra e a guerra entre eles não tem o aval do Senhor, o Pai supremo da bondade, da caridade e do perdão. Jesus pregava a prática da Caridade, da Humildade e do Amor ao próximo, tudo o que não era praticado pelos hebreus e pelos romanos, em sua época. Entretanto, se olharmos atualmente a passagem citada em João, 14; 6, o texto foi alterado para: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; somente por meio de mim é possível chegar ao Pai". Esta nova versão das palavras do Grande Mestre desmerece-o covardemente. Esta forma está contida na Bíblia evangélica que me foi presenteada por um amigo seguidor desta seita. Na Bíblia católica (ao menos numa versão mais antiga), a forma é diferente: " Eu sou o caminho, a verdade e a vida; quem não vier por mim não chegará ao Pai".  Entretanto, ambas as formas estão conspurcadas. Jesus nunca assumiu a cruz de ninguém e não seria tolo de o fazer. A cada um conforme seu merecimento - esta foi Sua sentença. Por que Ele assumiria o que a outro competia? Seria, no mínimo, um usurpador. No entanto, sua oração correta foi: "quem não vier após mim..." significando que aquele que não seguisse sua nova doutrina, não conseguiria a salvação. O Mestre dos Mestres dizia que após sua pregação, tudo o mais estava defenestrado e o Caminho da salvação abria-se somente aos que a seguissem. Foram Suas palavras: "O caminho que leva aos céus é estreito e espinhoso, mas o caminho da perdição é amplo e florido. Escolhei o caminho estreito e esforçai-vos para seguir por ele, pois muitos serão os chamados, mas poucos os escolhidos".
O Rei do Reis jamais pretendeu ser o Atlas dos crimes e pecados humanos.
A contradição entre as falas de Jesus foram propositalmente inseridas na Bíblia porque os que se disseram seus representantes na Terra precisavam conseguir Poder sobre os ignorantes da Verdadeira Mensagem do Mestre. Então, resolveram transformá-lo no "bode expiatório ad eternum" dos pecados humanos. A Ele competiria estar de plantão por todo o tempo de existência da humanidade somente para atender aos rogos que lhe chegassem através dos templos onde Seus pseudos representantes pontificassem. Criou-se, então, esta estranha e ridícula hierarquia: O Padre (ou o Pastor) como o representante do Cristo; o Cristo como intermediador dos rogos dos fiéis; e finalmente Deus, cuja benevolência só pode ser concedida se e quando um Pastor ou um Padre interceda junto a Jesus (Seu único Filho na Terra) e Este, junto ao terrífico Deus hebraico-cristão. Deste modo, Padres, Pastores etc... conseguiram um poder de domínio muito grande sobre as mentes preguiçosas dos que aderem aos seus bla-bla-blas repetitivos, cansativos e estupidificantes. No catolicismo a pessoa é reduzida à condição de eterna mendicante dos favores de Deus através de Jesus, Seu filho unigênito; todo fiel cristão católico é um eterno miserável e até no nascimento já vem com o estigma do "pecado original", porque foi concebido através da cópula de seus pais (atualmente esta visão foi modificada, visto que sexo coital é banalizado no mundo todo e até mesmo incentivado pela Medicina e pela Psicologia como medida salutar para o corpo e a mente da pessoa e a Igreja Católica já não consegue reprimi-lo como fazia antigamente. Então, o pecado original voltou-se para o suposto crime de rebeldia cometido por Adão); no evangelismo a pessoa é reduzida a um brutal estado de histeria e condicionada a adorar a Jesus (já promovido à condição de Deus) aos gritos desesperados de Aleluia, Aleluia, Senhor Jesus! Não era isto que Ele desejava que se fizesse em Seu nome, com toda a certeza. Quando Ele disse "entrai em vosso quarto, fechai a vossa porta e orai em silêncio ao vosso Pai que está nos céus que Ele vos dará conforme vosso merecimento" de uma única tacada jogou no lixo todo e qualquer poder venal dos homens autopromovidos a representantes de outros diante do Altíssimo. Afirmou categoricamente que cada um tem de fazer por onde ser merecedor da Graça solicitada. Fez do coração (Chakra Anahata) de cada um o Tabernáculo do Divino. Um tabernáculo que só pode ser adentrado por aquele que realmente tenha conseguido a pureza necessária para ser merecedor da atenção do Supremo. Eu não creio que na atualidade neoliberalista e materialista-teconocrática-consumista haja uma única pessoa que realmente tenha este tabernáculo pronto para ali adentrar e realmente fazer uma oração merecedora da Atenção do Senhor.
Estudando a verdadeira mensagem de Jesus é possível vislumbrar-se Sua constante referência à Roda das Encarnações - a Mó das Almas. Quando Ele se exime da assunção das resposabilidades cármicas dos outros e somente procura indicar-lhes o caminho por onde safar-se desta Lei deixa muito claro que a não observação de Suas recomendações não permitirá que o crente se salve da pesada Lei do Retorno (Lei do Carma). A Salvação a que se referia não dizia respeito a uma vida eterna, cheia de bonança ad infinitum, não. Dizia respeito ao rompimento com o Carma e à liberdade da Alma, na forma muito avançada do Espírito, para a realização de missões superiores, como a que Ele veio desenvolver entre os cegos e ignorantes humanos. Sua belíssima mensagem, entretanto, vem sendo obscurecida através dos Concílios realizados pelo Vaticano e através da imensa cegueira dos Pastores. Por isto é que Ele prevê sua volta triunfal. Não que venha sentado à direita de Deus Pai para julgar vivos e mortos, nada disto. Ele ressurgirá de alguma forma com total força através de Sua imortal mensagem, a qual, de algum modo que eu não consigo vislumbrar, voltará a brilhar com toda a beleza original, despida do manto da ignorância com que atualmente está recoberta e onde está escondida e humilhada. É nisto que eu creio.

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domingo, 22 de agosto de 2010

REFLEXÕES (1)

Alguns amigos meus, que praticam o Evangelismo (alguns católicos também), me têm questionado sobre o que escrevo. Perguntam se eu realmente acredito no que exponho em meu blog. A resposta é: claro que sim. Uma das coisas que mais incomodam a eles (e creio que incomodará a muita gente mais, quando essa gente descobrir este blog) é que eu sou absolutamente contra a mendicância pregada pelas religiões exotéricas de fundamentação cristã. Vamos à Bíblia? Nela havia uma passagem em que Jesus é procurado por um doente que lhe implora pela cura. Jesus lhe põe a mão sobre a cabeça e o homem fica curado. Maravilhado, ele se prostra aos pés do Mestre, mas este o ergue e lhe diz: "Homem, vai; a tua fé te salvou". Notem bem, Ele não disse: "Homem, vai; eu te curei". Ele disse taxativamente que fora a fé daquele doente que o havia curado.
A fé, não importa em quem, é uma força que retorna ao que a tem e lhe traz maravilhas.
Há outra passagem em que a Jesus é perguntado por um de seus discípulos sobre como se deve orar. E Ele responde: "Quando quiserdes orar, entrai em vosso quarto, fechai a vossa porta e em silêncio orai ao vosso Pai que está nos céus (era assim que estava escrito na Bíblia antiga). Ele vos dará conforme vosso merecimento. Quando eu desejo orar, faço-o de coração. Neste momento é meu elã orar assim" e Jesus pronunciou o famosíssimo e oradíssimo "Pai Nosso". Só que não há mais como se saber que palavras exatamente o Grande Mestre usou em seu apelo, pois falava o Aramaico, uma língua morta e que não continha vogais. Era toda pronunciada guturalmente, feia de se ouvir, pois aos nossos ouvidos pareceria que a pessoa estivesse emitindo grunhidos surdos. É por isto que há nada menos que 60 ou mais versões do Pai Nosso e você, leitor, pode encontar algumas destas versões buscando pelo Google o Pai Nosso em Aramaico.
Mas o que desejo trazendo para cá passagens do Novo Testamento para fundamentar minha reflexão? É que os cristãos argumentam apegando-se "à letra morta da Bíblia". Não são capazes de se transportar para a época em que viveu Jesus e pensar segundo era o costume entre os judeus. Lá, falava-se por metáforas e isto era muito comum entre os profetas ou entre rabinos e homens letrados de Roma. Vejam, por exemplo, esta pseudo-contradição de Jesus. Em uma de suas pregações Ele diz: "Ninguém vai ao Pai senão por mim". Mas quando responde como se deve orar, Ele não diz ao seu discípulo: "Ajoelhe-se em um templo de pedra a isto destinado; bata insistentemente com a cabeça no espaldar de uma cadeira ou nas pedras do Muro das Lamentações, balançando-se como se estivesse tonto ou bêbedo e faça um apelo a Mim, gritando em voz alta para que Eu o possa ouvir, pois só Eu posso salvá-lo intermediando sua oração junto ao Pai que está no céu". A resposta de Jesus foi de total isenção de responsabilidade. Ele jogou-a toda naquele que ora. Não a puxou para Si.
A que quarto Jesus se referia? A resposta o estudante bíblico atento pode encontrar naquela outra, dada por Jesus a um de seus inquisidores: "Destruí este templo e Eu o reconstruirei em três dias". Os ignorantes da época tomaram ao pé da letra o construto TEMPLO e ridicularizaram a resposta do Mestre. Não compreenderam que Ele se referia a seu próprio corpo. Então, voltando à pergunta acima: se o corpo é um templo, então, o quarto a que Jesus se referia era o coração do orador. Não o coração fisiológico, mas o coração emocional, mais precisamente o Chakra Anahata, ou seja, o Chakra Cardíaco, o vórtice de energias cuja boca se abre entre os mamilos de qualquer pessoa e onde entra a Energia Cósmica Sentimento e gera o panteão de Emoções de que somos inundados. Antes de orar ao Pai que está nos céus, o religioso tem a obrigação de limpar o seu quarto, ou seja, tem a obrigação de se livrar das emoções negativas (raiva, rancor, mágoa, inveja, ira, ódio, vingança, pessimismo, medo, culpa etc..., bem como de suas posturas indignas: mesquinhez, avareza, vingança, maledicência, inveja, ferinidade, julgamento etc...) o que não é absolutamente fácil a qualquer pessoa. Sabedor disto é que o Grande Mestre não assumiu a responsabilidade de atender aos pedidos do orador, pois era conhecedor de que o homem fraco só ora quando está tomado de medo ou de terror mesmo. E ainda assim só o faz visando seu próprio bem-estar; só o faz pensando em si; em se safar do apuro ou do perigo em que se meteu, seja por vontade própria, seja por ignorância, seja por preguiça de se assumir totalmente. Os cristãos meus amigos acham que eu detrato a Bíblia em que eles acreditam. Não, em absoluto eu faço tal coisa. Combato, sim, a cegueira e aqueles que pugnam por mantê-la como venda na mente de seus seguidores. Faz mais de dois mil anos que este costume horrível foi desenvolvido na humanidade e eu creio, piamente, que a Religião Exotérica transformou-se num freio monumental à Evolução Espiritual do Ser Humano. Em última análise é justamente às Religiões Exotéricas que se devem as guerras fratricidas em nome de Deus. Vejam-se os terroristas fundamentalistas islâmicos. Matam-se e procuram assassinar com sua morte o máximo de pessoas que possam, tudo em nome de Alá. Tenho certeza que Alá jamais, em tempo algum, sanciona tamanha loucura. O prêmio almejado pelos suicidas enlouquecidos pela fé cega de uma religião exotérica? Setenta virgens. Isto é que é desejar o inferno, pois o que o suicida poderá fazer com as setenta virgens? Lá em cima não há corpo material, logo, não há coito nem prazer carnal... Durma-se com um barulho desses!!!

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ALGUMA INFORMAÇÃO SOBRE O PRINCÍPIO

O ÁTOMO ULTÉRRIMO (CONFORME LEADBEATHER)
Antes de prosseguir discorrendo sobre a tese de Blavatsky e Mestre K.H. a respeito da criação do Homem na Terra, creio que devo chamar a atenção para um assunto de grande relevância. E este assunto está na internet, no canal da TV Escola (tv por assinatura). É maravilhoso ter a internet disponibilizando para todos assuntos que ficariam restritos aos muros das Universidades ou encerrados em vetustos livros técnicos e científicos, cuja linguagem é inacessível à maioria dos leigos naquela parte da Ciência. Graças a este fabuloso divulgador de Conhecimento, posso discorrer leigamente, logo, de modo superficial, mas suficientemente claro para que meus leitores consigam acompanhar meu raciocínio e compreender a profundidade do Arcano (mistério) chamado Cósmos e Matéria Densa.
Físicos tão grandes ou maiores em inteligência e perspicácia que Einstein descobriram, a partir da idéia deste grande pesquisador, mistérios sobre o átomo e suas partículas subatômicas que nos aproximam dos ensinamentos ditos "Ocultos".  O primeiro destes grandes pesquisadores da Mecânica Quântica a ser citado aqui é Paul Dirac. Ele descobriu uma fórmula que o assustou, depois de se dedicar durante anos à pesquisa neste ramo do conhecimento. Sua fórmula, até simples de se ver, assustou-o porque, conforme ele mesmo afirmou: "minha fórmula sabe mais que eu". Analisando a fórmula que sintetizava todas as suas pesquisas, Dirac concluiu que ela lhe revelava a existência de um Universo até então totalmente desconhecido dos homens de ciência: o Universo Paralelo.
O que é o Universo Paralelo? É um Universo em tudo igual ao que vemos e onde vivemos, porém constituído de antimatéria.
E o que é antimatéria? É um tipo de matéria constituída de prótons com carga negativa e elétrons com carga positiva (o que está contrário à constituição do átomo material, visto que neste, os prótons possuem carga elétrica positiva e os elétrons, negativa).
Paul Dirac descobriu este segredo fantástico do Universo em 1928 e sua hipótese foi comprovada em 1955, com o surgimento dos aceleradores de partículas. A origem da antimatéria, entretanto, continua desconhecida. Veja você esta curiosidade: a partícula de antimatéria, como tem carga energética negativa, se surgisse em um laboratório e fosse empurrada para a frente, ela se deslocaria para trás. Solta na superfície da Terra, ela subiria em vez de cair. Como se vê, tudo na antimatéria é contrário à matéria. Se isto já o impressiona, como impressionou a mim, então, vamos a outro físico notável: Richard Feynman. Estudando o vazio do vácuo, ele criou a teoria da Eletrodinâmica Quântica. Esta sua teoria afirma categoricamente que o vácuo não é vazio. Ao contrário, ele está cheio de fenômenos e partículas que ali sucedem intensamente. Entre os fenômenos mais interessantes está o surgimento e o desaparecimento de partículas subatômicas da matéria densa que constitui todas as coisas no Universo que conhecemos e onde vivemos. Sim, esta mesma matéria de que nosso corpo é constituído e que constitui todos os astros no Universo. Fantástico, não é? A conclusão dos cientistas é: o mundo que vemos, sentimos e onde vivemos é uma ILUSÃO. Ele não existe realmente, ou melhor, ele surge e desaparece bilhões de vezes em um segundo. A matéria se faz e se desfaz em bilionésimos de segundo.
Bom, vejamos como transportei estas sensacionais descobertas para meu pensamento dentro da Teosofia. Primeiro chamo a atenção para a designação que os Teosofistas e Budhistas dão à Ilusão em que nos encontramos: Mâyâ. Para a Qaballah hebréia, esta mesma idéia é chamada de Vaidade. Então, Mâyâ= Vaidade = Ilusão.
Se você pensar um pouco na imagem que sugiro, verá que ela é factível de representar a terceira dimensão, que é aquela onde o mundo material denso tem existência. Imagine um maçarico com a chama apontando para baixo. As labaredas na ponta da chama sempre se voltam para o alto; sempre estão querendo subir, não é mesmo? Pois bem: tome a labareda como aquela energia fundamental, da qual já falei antes, denominada pelos Teosofistas de Energia Fôhat. Esta energia é aquela que, na Bíblia, foi representada como a voz de Deus ao ordenar que a Luz fosse feita (o famoso "fiat lux!, lembram-se?). É lógico que tal ordem jamais foi verbalizada tal e qual nós o fazemos e em nenhum idioma terrestre. O Inominado não precisa de um corpo com formato e órgãos idênticos aos do homem comum. Só pessoas demasiadamente ingênuas ou demasiadamente preguiçosas para pensar por si mesmas podem acreditar nisto. Prosseguindo, transportemos para a Energia Fôhat aquela tendência para o alto, que observamos na ponta da labareda de um maçarico. Isto significa que a Energia Cósmica responsável pela formação e organização do Plano de Matéria Densa, o Plano da Terceira Dimensão, tem de ser forçada ao máximo para conseguir realizar esta tremenda tarefa. Sua tendência é retornar ao Princípio, onde nada a forçava para baixo, para o denso. Com esta imagem mental quero representar o que entendo quanto à formação desta nossa dimensão: ela só existe porque há uma força superior impulsionando a Energia Criadora Fôhat para baixo, embora ela esteja constantemente e permanentemente voltando-se para o alto, para os Planos de Matéria sutis. Por isto, esta dimensão não existe senão por alguns picos segundos. Como temos corpos e vida dentro da terceira dimensão sofremos a ilusão de que o que aqui vemos e sentimos é real. Nossa terceira dimensão é recusada o tempo todo pela Energia que deve mantê-la em existência. Possivelmente porque é densa, pesada, difícil para uma energia que é toda sutilíssima.
Nossos corpos são construídos de átomos densos, logo, átomos cuja existência nesta dimensão é intermitente. Assim, nossos corpos orgânicos também são uma ilusão. Na dimensão Cósmica, nossa vida consciente nesta terceira dimensão não passa de um sonho ou um pesadelo. Mas, então, o que somos nós? A pergunta é muito válida visto que na visão dos teologistas existem 7 Planos de matéria no Espaço. A contar do Plano mais denso, o da Terceira Dimensão, seguem-se o primeiro Plano mais sutil, o Plano astral, cujos "átomos" interpenetram e preenchem o espaço existente entre os átomos do Plano Denso. A seguir, o terceiro Plano mais sutil, o Plano Mental, cujos átomos preenchem os espaços que existem nos átomos do Plano Astral. Depois, segue-se o Plano Íntuicional, o quarto Plano de Matéria sutil, cujos átomos preenchem por sua vez os espaços existentes entre os "átomos" do Plano Mental. E assim se seguem os planos sutis Búdico, Espiritual e Divino. Afirmam os teosofistas que temos corpos constituídos em todos estes Planos de Matéria Cósmica, logo, somos algo que se reveste destes corpos, sendo o corpo mais denso este orgânico onde temos nossa consciência tridimensional. O que quer que sejamos é algo que está além destes Planos Sutis de Matéria Cósmica. Algo em criação, conforme a visão Teosófica contida na Dotrina Secreta de Mme Blavatsky. Algo que precisa, por algum motivo, conhecer as agruras, as durezas, as imperfeições e os processos fenomênicos que acontecem na Terceira Dimensão, a mais inferior dentre todas as outras. Nesta dimensão imperam três reações emocionais fundamentais para impulsionar o ser humano: o medo; a culpa e o ódio. Sem o acicate destas emoções básicas, provavelmente o ser humano tenderia à entropia, ou seja, a permanecer quieto, sem ação, sem Evolução. Alguém poderia responder-me que somos espíritos, mas esta é uma resposta muito cômoda e simplória, pois a indagação continua: o que é o Espírito? De que é constituído? Nós vamos ver o que nos diz a Doutrina Secreta sobre a criação do Ser Humano, mas ainda lá não encontrei a resposta para esta pergunta: De que se constitui o Espírito Humano?

AS QUATRO LEIS INVIOLÁVEIS DO GRANDE ARQUITETO (VII)

O BUDDHA DE 4 FACES
(Continuação...)

Chegara minha vez. O medium incorporado aproximou-se de mim, calçando luvas médicas. Limpou meu joelho com éter, tomou da faca e fez um profundo corte em redor do joelho, na parte externa da perna. A dor foi lancinante e eu quase pulei fora da maca, mas fui segurado ali por dois fortes ajudantes. Mesmo assim, levantei a cabeça e olhei para minha perna. Não tinha corte nenhum visível, mas eu sentia o talho e sentia o sangue "invisível" correndo para debaixo da curva da perna. O medium tomou da tesoura e enfiou-a pelo corte até o osso. Eu senti a penetração do instrumento e mais uma vez a dor foi tremenda. Trinquei os dentes e gemi forte. Mantive a cabeça levantada olhando o que ele fazia. Só vi a tesoura cortando acima de minha perna, mais ou menos três milímetros acima da pele. No entanto, a sensação era de que ela estava lá dentro, junto ao osso. O medium girou a tesoura para a direita e para a esquerda várias vezes e fisgou alguma coisa longa, que ia do joelho até o pé e puxou para fora. Eu senti algo sendo retirado lá de dentro. O medium colocou a tesoura sobre a mesinha e passou éter no "corte". Agora novamente com a tesoura, ele pinçou a ferida e eu senti cada pinçada; senti que ele colocava grampos fechando um corte invisível. Então, arriou meu short e "cortou" bem próximo de meu púbis. Novamente a dor foi tremenda. Colocou a tesoura sobre a mesinha e "enfiou a mão pelo corte invisível" e eu senti seus dedos mexendo bem na minha próstata. Depois de um tempo que me pareceu uma eternidade e durante o qual eu gritei várias vezes, ele finalmente retirou a mão de dentro de meu baixo ventre e novamente pinçou o ferimento. Depois, olhou-me nos olhos e disse: "Você não está vendo, mas está cortado. Assim, não faça movimentos bruscos e quando chegar a sua casa mantenha-se deitado, em repouso absoluto, por três dias. Só se levante para ir ao banheiro fazer suas necessidades. Vai sentir dor no primeiro dia, o dia todo. Mas às 18 horas eu vou passar em sua casa com minha equipe de enfermeiros. Acenda uma vela próximo de um copo d'água e ore um Pai Nosso e três Ave-Marias. Firme seu pensamento em Jesus. Veja-o próximo de seu leito. O ambiente do quarto pode encher-se do cheiro de éter. Não se preocupe. Somos nós trabalhando nos seus cortes. Quando formos embora, o cheiro vai desaparecer. E assim aconteceu. Quinze dias depois voltei ao Centro e recebi alta. Fui ao médico e pedi que me examinasse. Ele ficou pasmo. A próstata estava normal, o PSA estava nos níveis normais e na radiografia aparecia o corte de uma cirurgia que não era visível a olho nu. Fiz mais três outras operações no CEBM, entre elas uma retirada de pedras na vesícula e outra que me curou de um mal que a medicina ortodoxa afirma que não tem cura: alergia. O espírito fez uma transfusão de sangue, aliás, ele trocou todo o meu sangue por outro, que não vi, e nunca mais, até hoje, apresentei alergia a nada. A operação constituiu-se de duas agulhas de aculpuntura enfiadas nas veias de meu braço direito e esquerdo. Pelo lado esquerdo eu sentia algo quente sendo injetado em mim; pelo lado direito eu sentia meu sangue sendo sugado. A "transfusão" durou hora e meia. E foi só. Todas as operações foram sucessos absolutos. Eu fiquei um entusiasta do CEBM e me tornei um ajudante nos trabalhos internos. Viajava duas vezes por semana cerca de 48 km por vez para ir lá e retornar a casa. Tudo por minha conta - gasolina, pneus etc... Nunca recebi nenhuma ajuda para os gastos. E ainda trazia gente que não tinha outra condução que não os ônibus, os quais demoram uma eternidade para passar por lá. Levei para o CEBM muita gente que sofria de enfermidades "incuráveis" e os vi sairem de lá totalmente curados e assim se mantiveram até o presente momento. Mas tive de parar de ir prestar ajuda por dificuldades pessoais. Dois anos depois retornei buscando ajuda para minha mão direita. Eu caíra de uma escada e sofrera uma forte luxação em dois carpos - dos dedos anular e médio. Antônio me reconheceu e à minha esposa e quis saber a razão de termos "desaparecido". Explicamos o que tinha acontecido: não havia mais tempo disponível. O CEBM era distante e as vias de acesso estavam cada vez mais engarrafadas. Para chegar até lá a tempo de ajudar nos trabalhos teríamos de saír uma hora mais cedo de casa, o que não era possível, pois minha mulher chegava de seu trabalho uma hora mais tarde. Quando saímos da consulta, fomos encaminhados para a farmácia. Os remédios receitados custavam 220,00. Estrilei e me disseram que ou eu pagava, ou não seria atendido. Fui embora danado da vida. Revoltava-me não somente a falta de consideração para com alguém que havia trabalhado lá ajudando o Centro, como também o disparate da cobrança. Fui cambono de Terreiro de Umbanda e nunca vi o guia que eu cambonei (por 16 anos) cobrar pela caridade feita. E olha que ele não somente desmanchava mandinga, mas também fazia curas físicas. Por isto, por ter visto a Caridade realmente praticada com seriedade por um espírito de luz, eu não me conformava com aquele tipo de exploração. Mesmo assim, oito meses depois, por insistência de minha mulher, voltamos lá e fomos supreendidos com outro tipo de cobrança. Para preencher a ficha de chamada tivemos de pagar R$ 10,00 cada um. Já entrei no salão irritado com aquilo. Novamente fomos "receitados", só que, desta feita, a receita foi passada em letra muito miúda e no canto inferior esquerdo do papel da chamada e, não, no receituário que conhecíamos. Viemos embora sem ir à farmácia, porque pensávamos que não tinha sido receitado nenhum remédio para nós. Se esta era a nova modalidade de cobrança, bom, eu concordava, pois afinal no Centro havia gastos com luz, água, sopa (oferecida a todos, pacientes e acompanhantes, após a realização da intervenção cirúrgica) impostos etc... No dia seguinte, quando voltamos para a cirurgia e já estávamos dentro do salão esperando há quase duas horas, um dos "irmãos mediuns", com quem tínhamos trabalhado ajudando nos trabalhos por quase um ano, nos mandou ir até à recepção. Não compreendemos seu ato, visto que estávamos ali há mais de duas horas, depois da organização das pessoas por número de chamada feita exatamente por ele. Aquele homem nos conhecia bem, pois tínhamos trabalhado ao seu lado. Embora sempre tivesse sido alguém muito antipático para conosco, nunca havíamos entrado em atrito. Sem questionar nada, para não chamar a atenção da platéia, fomos. A recepcionista tomou nossos papéis e os olhou rapidamente. Depois, jogou-os para debaixo do balcão. Perguntei o que estava acontecendo e ela: "Vocês não compraram os remédios. Não serão atendidos". explicamos que não sabíamos de nenhum remédio e que, naquele momento, não tínhamos dinheiro para pagar a tal receita. A atendente, apanhando de novo o papel, mostrou no canto inferior, em letra muito miúda, a receita. Propus voltar lá depois e realizar o pagamento - bem verdade que muito contrariado e revoltado com isto. Mas a mulher, com uma arrogância e uma grosseria indignas de quem se diz trabalhar em uma Casa de Caridade Espiritual, atirou novamente a receita para debaixo do balcão e se voltou para continuar a conversa que eu tinha interrompido, passando a ignorar minha presença como se eu tivesse desaparecido de sua frente. Chateado perguntei quanto ficava a despesa: Trezentos e trinta rais. Mais os R$ 20,00 do preenchimento do papel de controle de chamada, a despesa deveria ser de nada menos queR$ 350,00. Ali estavam mais de 500 pessoas, só naquele dia, o que significa que nos quatro atendimentos mensais o medium arrecada, em média, entre R$ 500.000,00 e R$ 700.000,00 líquidos, sem impostos. Muitos dos presentes teriam de sacrificar muita coisa em casa para pagar os tais remédios, visto que eram, na maioria, pessoas sem posses. Em outras palavras: no meu modo de ver, o Antônio tinha transformado o Centro em lucrativa fonte de renda, vendendo a caridade própria e a espiritual. Saí furioso e não armei um banzé daqueles lá mesmo porque minha mulher é muito mais comedida e conseguiu convencer-me a não fazer nada. Afinal a casa estava cheia e minha gritaria - talvez até agressões físicas, pois eu estava disposto a reagir com violência se algum dos ajudantes tentasse me segurar ou me empurrar para fora - causaria um tumulto de conseqüências imprevisíveis. Não volto mais ao CEBM, pois a Caridade, ali, está totalmente por conta somente dos Guias. Eles continuam operando, sim. Mas até quando a usura do medium não vai interferir com o trabalho deles? Até quando a falta de Caridade no corpo mediúnico não vai terminar por prejudicar a todos? Os guias podem-se afastar e deixar o medium chefe em sérios apuros, mas o perigo está em ele prosseguir mistificando para continuar auferindo lucro. Contei este caso para mostrar que os vícios pessoais podem - e geralmente o fazem - estragar totalmente uma boa iniciativa. A Lei da Caridade não é fácil de ser praticada porque requer uma fortaleza Moral e Ética que nem sempre a pessoa possui. No caso do Espiritismo a Caridade não é exclusiva dos Guias, mas, e principalmente, deve ser do corpo mediúnico acima e antes de tudo. É certo que Antônio se sacrifica muito, pois é sozinho para atender, mensalmente, uma média de 1250 pessoas com todas as mazelas imagináveis. Mas a escolha de continuar com este trabalho caritativo foi dele. Não é lícito que empregue ali o pensamento dos pastores que, para justificar a ganância, dizem que "Jesus foi pobre por nós. Portanto, temos o direito de cobrar pelo que fazemos". Pela televisão vemos que o que tais pastores fazem é vender milagres e realizar mímica de expulsão de demônios dos que caem nos seus engodos. Rituais que em tudo copiam os trabalhos de Umbanda, embora vociferem furiosamente contra esta linha espírita. Como o Antônio estava no fim de uma faculdade para ser Pastor, creio que aquele pensamento torto o dominou. Que lástima.
A Lei da Caridade é absolutamente indispensável ao ser humano. Sem sua prática leal e verdadeira, não há evolução espiritual e sem esta evolução, para que está servindo a humanidade? O Deus cristão (não o Verdadeiro) é vingativo e rancoroso e mais dia menos dia, cansa-se da ingratidão destes filhos usurários e aí... Haja Apocalipse, haja Juízo Final e haja Ragnarock...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

RESPONDA RAPIDINHO...

1 Como se chama uma mulher que sabe onde está seu marido, todas as noites?...
2 Como se define adultério?
3 Se a pessoa que lhe ama comete uma traição, não se jogue pela janela. Por que?
4 O que consegue uma mulher que, para chantagear o marido, faz greve de sexo?

RESPOSTAS
1 Chama-se VIÚVA.
2 A democracia aplicada ao Amor.
3 Porque você tem chifres, não asas.
4 Um belo par de cornos...

sábado, 14 de agosto de 2010

LIVRO I - CAPÍTULO 1 - ROMA


Entardecia. O ancião olhava distraidamente para o velho calvário e balançava a cabeça branca com um estranho sorriso na face. Estava longe do morro, mas sua visão, em que pese a idade, ainda era boa o suficiente para lhe ver as pedras e a desertificação. Não precisava ir lá em cima. Sabia que milhares de ossos de mortos em suplício estavam espalhados entre elas ou enterrados sob aquelas pedras. Sua casa era humilde, simples, mas limpa e bem cuidada. Um cavaleiro se aproximou e parou bem diante do velho, que se sentava em uma tora à guisa de banco. Suas costas recostavam-se no tronco da velha oliveira, de onde bebera muito óleo extraído dos frutos verdes.

O cavaleiro apeou-se e se aproximou. Sua roupa de centurião romano era nova e os adereços metálicos brilhavam à luz do Sol. Era forte, muito forte, como todo centurião devia ser.

- Lindo entardecer, não? - perguntou, à guisa de cumprimento.

- Sim, lindo. O que não é linda é a paisagem que olho...

- O calvário?

- Sim.

- Por que olhas para aquilo de que não gostas?

- Por que faz parte de minha vida. Porque faz parte do que te prometi contar... Porque teu destino, assim como o meu, está ligado àquele lugar.

- Vim exatamente para isto. E não sei a razão de afirmares que meu destino está ligado àquele lugar macabro... Podemos começar?

- Por que tu, um escriba, vestes roupa de centurião?

- O imperador cumpriu a promessa que me fez. Voltei vitorioso da guerra; então, ele me concedeu ser membro do grupo dos escribas do palácio, mas com a patente que consegui nos campos de Marte por onde andei. Sabes bem que não gosto de matar. Por isto é que me interessa tanto saber sobre a vida do tal messias judeu, que tu dizes ter conhecido. Alguma coisa me diz que Sua história deve constar da biblioteca real. Ele morreu lá em cima, não foi?

- Não.

- Não?! - O escriba centurião sentou-se ao lado do ancião. Seu espanto era sincero.

- Não.

- Mas está registrado em nossos documentos, no Palácio do Imperador, que Ele foi crucificado lá em cima. Eu vi a anotação... A comunicação de Pilatos a...

- Política, meu jovem, política - cortou o ancião olhando pela primeira vez para a face de seu visitante. O Governador da Judéia, à época, Pôncio Pilatos, não desejava ser contestado para não perder o respeito. Mas adorava o ouro dos judeus. Então, uma barganha foi feita e Ele não morreu lá em cima.

O centurião permaneceu um tempo calado, estudando cuidadosamente a face pétrea do ancião diante de si.

- Então...

- O tempo é pouco e o cansaço é grande - cortou o ancião. - Deixa-me contar-te a história toda. Não me interrompas. Somente ouve e anota. Talvez um dia alguém leia na tua letra minha história e, então, saberá a verdade. Pelo menos, a minha verdade. Quanto àqueles que te mandaram a mim... Bem, a esses, o esquecimento eterno. E não te espantes. Sei que não vieste por tua livre vontade, mas sim porque há políticos que temem que eu abra a boca e conte o que não desejam que seja contado. Temem que minha história dê forças à nova religião que está ganhando cada vez mais espaço na História romana e isto deixará para trás, no esquecimento, nossos deuses pagãos. Roma anda preocupada porque o cristanismo, após vinte anos decorridos da crucificação do Rei dos Judeus, ainda não caiu no esquecimento. Ao contrário, cresce cada vez mais e o que é pior, entre os romanos. Muitos romanos já se declaram abertamente cristãos e isto não é bom para o imperador Tibério. Sei bem que não desejamos passar à História como deicidas... Para tanto, é preciso apertar os discípulos do Mestre para que alterem a verdade. Um meio só existe para isto: a perseguição implacável aos cristãos. Matá-los, crucificá-los, tomar seu bens, condená-los às galés, torná-los escravos nas minas de Roma pelo mundo a fora, aterrorizá-los... Enfim, esmagar no coração de todos esta fé que Ele fez nascer e que não se apaga. Os discípulos d'Ele ver-se-ão obrigados a lançar sobre os judeus o crime cometido pelos romanos. Sei que é este o plano do Senado de Roma e de Tibério... Talvez de todos os que se sigam a ele, pois sinto que a batalha não será vencida em um só império... Ah, sim, não temo a ordem que certamente te deram e não te culparei quando decidires cumpri-la pela glória do Império...
O centurião não disse nada. Puxou dos papiros e dos pincéis e se preparou para tomar nota das palavras que o velho ia falando lentamente, ao escurecer do dia...
- Estou velho, muito velho. Minhas forças já não suportam o peso de meus músculos e ossos. O frio estranho do tempo já enregela meu ser. Tudo está, em mim, travado. Mover-me é difícil. Meu corpo reclama; nele tudo dói, graças às recordações que guarda dos combates e das brigas em que andei-me envolvendo e, por isso, quer somente ficar quieto a um canto esperando por ela... Estou beirando os cento e vinte e oito anos, o que é um assombro para os que me conhecem. Muitos poucos dentre nós, romanos, chegam a tanto. E não me lembro de ter feito nada para evitar a Magra...
Como sabes, centurião, sou descendente de uma longa estirpe de gente longeva. De meu avô, Worlkrieg, um bárbaro germânico, diz-se que morreu aos cento e trinta e cinco anos e o fez de espada em punho. Não o conheci, se não pelas palavras de meu pai, Warmukrig, depois chamado Vinicius Primus.
Warmukrig, meu pai, tinha somente dezesseis anos quando foi capturado e feito escravo por um comandante romano. Como era muito forte e um cabeça quente, foi mandado para uma escola de gladiadores com a promessa de que, se sobrevivesse por cinco anos nos espetáculos dos Circus de Roma, ganharia a liberdade. Cinco anos era uma eternidade a que muitos poucos podiam aspirar, quando se tratava de sobreviver aos combates sangrentos naquele lugar de martírio e morte. Tinha dezoito anos quando entrou pela primeira vez no teatro do Hades romano. A turba ululava. Meu pai trazia a azagaia e a rede. Trajava um capacete que lhe cobria toda a cabeça e o rosto e isto não tinha outra finalidade que não a de ocultar dos assistentes as feições às vezes infantis dos que eram jogados à morte para o prazer selvagem dos romanos. Warmukrig venceu os quatro combatentes e a todos matou quando o polegar decrépito de Sila voltou-se para baixo. Fez nome no Circus e o fez tanto que seu dono decidiu vendê-lo para uma afamada escola de gladiadores. Aquilo quebrava o acordo, pois o dono da escola não pensava em livrar-se de meu pai assim, tão cedo. Ele era a certeza de muitos sestércios na bolsa do ganancioso Alvércius Tércius, mais conhecido pelas iniciais A.T., marca que colocava a ferro em brasa nas pernas de seus gladiadores. Meu pai teve febre por dois dias quando foi ferrado com aquele caráter na parte interna da coxa esquerda. Mancou por mais de duas semanas, após escapar de uma gangrena que certamente o faria perder a perna e, talvez, a vida, pois ninguém quereria um gladiador perneta.
Assim como os germanos, os gauleses eram insubordinados, arrogantes e sempre prontos à luta pela liberdade. E foi em Cápua que estourou a rebelião deles, liderada pelo escravo trácio chamado Spartacus, um homem a quem não se fazia curvar os joelhos. Ele era da escola de gladiadores de Cápua, na Campânia, e se rebelou devido aos maus-tratos que recebiam os gladiadores daquela escola, pertencente ao lanista Lêntulo Batiato. Um frenesi tomou conta quase incontinente de todos os que eram obrigados a matar para divertir e meu pai liderou, por sua vez, a rebelião na escola A.T. Dos duzentos e trinta homens que eram treinados ali, somente oitenta e sete conseguiram escapar com vida, entre eles o meu pai. Foram todos juntar-se ao, agora, líder dos rebelados, Spartacus, o trácio. Foi entre os revoltosos que Warmukrig foi curado por um homem idoso, caladão, forte como um touro, peludo como um urso e de olhar penetrante como uma lança. Seu nome era Vercingix, o druida. Era gaulês e conhecia de ervas como ninguém. Um dia, ele e Warmukrig se desentenderam por causa de uma bela rapariga hebréia, também ela escrava fugida, e se engalfinharam num combate furioso. Eram dois ursos pardos enlouquecidos e ninguém ousou intervir para os separar, nem mesmo o temido e respeitado Spartacus. Dizem que a briga começara cedo, quando o Sol ainda se espreguiçava por detrás do Vesúvio e só terminou quando os últimos raios do Astro Rei avermelhavam o céu do entardecer. Os dois caíram de cansaço e foi necessário mais de dois dias para que se recuperassem. A partir daí respeitavam-se mutuamente, mas nunca mais se falaram. A rapariga deu preferência a Vercingix e isto deixou meu pai muito triste e arredio.
Os escravos revoltados eram valentes e grandes lutadores, mas não eram soldados; não tinham o conhecimento das táticas de guerra como as possuíam os romanos. Mesmo assim, por três anos deram grandes dores de cabeça ao Imperador de Roma. Agora, já eram mais de sete mil almas em euforia. Assaltavam as caravanas que se dirigiam a Roma e pilhavam de tudo. Vendiam para comerciantes vindos das mais diversas partes do mundo, principalmente para os comerciantes lágidas, que dominavam o Egito; e para os Selêucidas, cujo império ia da Ásia Menor até o Indo, e pensavam já em fundarem uma cidade só deles. Organizavam uma incipiente força de defesa, sendo Spartacus o seu general e meu pai seu vice em comando. Mas Roma era Roma, a senhora do mundo. E não o era à-toa. Desde Cipião Emiliano, uns 222 anos antes dos acontecimentos que realmente me intessam narrar-te, a cidade crescera e os romanos se espraiaram pelo mundo a tudo conquistando e a tudo romanizando. A coisa começou de verdade quando Marcelo ocupou a Gália Cisalpina e nela impôs o seu jugo. A partir de então, a Gália Transalpina tornou-se a meta e logo foi aliciada através de uma aliança com a colônia focense de Massília. Esta colônia estava prisioneira das tribos bárbaras dos alobrogos e dos avernos. Estes, eram povos aguerridos e sanguinários, que atacavam as colônias fracas e desprotegidas para raptar suas mulheres, saquear seus parcos haveres e fazer escravos os jovens em idade produtiva. A guerra foi renhida e muita gente morreu nos campos de batalha, mas o sábio Marcelo não dizimou os bárbaros. Ao contrário, conservou-lhes os territórios e os deixou em relativa independência, cerceando-lhes, contudo, a fúria escravagista. Com muito tato político e transformano os bárbaros em aliados, Marcelo estendeu-lhes os territórios para o Oeste, até as faldas dos Pirineus, onde edificou a cidade de Narbona e formou a província da Gália Narbonense. daqui viria o poderia fantástico de Roma.
- Como amealhaste tanto conhecimento histórico sobre nosso povo, ancião?
- Já fui um dignitário da corte, meu amigo centurião. Já tive acesso a muita coisa considerada secreta pelos donos do Poder em Roma. E, acima de tudo, já fui um grande comandante das coortes romanas pelo mundo a fora. Isto fez de mim um homem tanto vivido quanto instruído. Mas deixa-me continuar.
- Está bem, desculpa-me. Continua, pois.
- Até o nascimento da Gália Narbonense não havia propriamente dito um império romano. Havia, sim, generalíssimos que lutavam e venciam gueras aqui e acolá, acumulando experiência em comando, em táticas marciais e em política de dominação. Além disto, formavam um povo de têmpera de ferro, homens destemidos e sempre prontos para a batalha com olho no botim. Quem estivesse ao lado dos italianos conquistadores tinha grandes perspectivas de riqueza e poder. Isto era uma isca irresistível.
Finalmente, como tinha de ser, dado o tamanho dos territórios conquistados espalhados pela África e transformados em províncias de Roma, começou-se a fazer a organização destas províncias de forma que um poder central as dirigisse e estabelecesse as Leis que deveriam ser obedecidas por todos. Roma já era uma cidade populosa e para onde convergia de todas as partes o comércio do mundo. Naturalmente foi a cidade escolhida para a sede do governo que se iniciava. As províncias não eram tratadas com a mesma liberalidade dispensada aos aliados de Roma. Ao contrário, a elas foi imposto o pagamento do tributum que incidia sobre os bens particulares dos que tinham posses. O dinheiro arrecadado pela coleta do tributum fez a riqueza e a felicidade de muitos cidadãos romanos. E também lhes despertou de modo assustador a cobiça e a ganância. O tributum era uma espécie de dízimo recolhido a título de vectigal e pago na maioria das vezes em dinheiro vivo. Era recolhido não só dos que, nas províncias, tinham bens e fortuna, mas também sobre os direitos alfandegários, os pedágios nas estradas e sobre tudo o que os Administrasdores Provinciais, nomeados por Roma, extorquiam das cidades que administravam. Tais administradores tinham o direito absoluto e ilimitado de requisição sobre os provincianos e exerciam com a maior plenitude o Imperium, isto é, exerciam todos os poderes - administrativos, legislativos e executivos. Um administrador era, em sua província, uma espécie de Rei Absoluto. A doutrina entre eles era a de que em um país conquistado, tanto o domínio público quanto o privado pertenciam ao Estado, de modo completo e inconteste. Os impostos fixos eram recolhidos pelos publicani, uma corja de sanguessugas sem princípios e movidos pela ganância e pela corrupção. As populações conquistadas vivam em um verdadeiro inferno, pois de um lado eram atacadas feerozmente pelos publicani - odiados por todos em todas as partes, a ponto de as casas dos que tinham posses serem permanentemente guardadas por mercenários pagos a peso de ouro. Do outro lado, pelos procônsules que buscavam enriquecer o mais rápido possível para poderem garantir bons empregos a seus descendentes, pois um bom emprego em Roma custava muito dinheiro. No Senado, tudo era vendido, até a honra. O ideal do cidadão romano era consegir fazer carreira na Política e ocupar uma cátedra no Senado. Era a glória para qualquer um, mas chegar lá era um feito hercúleo. A política exigia rios de dinheiro e só os Senadores podiam ser nobiles e só os nobiles tinham empregos públicos de destaque. As cátedras eram passadas de pais para filhos, pois, como descendentes de ricos, estes eram os candidatos naturais aos assentos vagos. Um general que se distinguisse em uma guerra de grande importância ou que houvesse agido corajosamente em defesa da cidade, este, sim, tinha alguma possibilidade de ser indicado para um emprego de destaque no Senado e, com o tempo e bons padrinhos, até mesmo ocupar uma cátedra naquela casa do Poder, altamente venal.
- O senhor quer mesmo que eu anote isso? Os Senadores lerão o que eu lhes levar e tenha a certeza de que não gostarão nada do que está dizendo. O senhor coloca às claras, de modo muito cru, os meandros do Poder em Roma...
- Não me intimidam. Agora, deixa-me continuar, pois meu relato é o único meio de se retificar erros grosseiros colocados na História por escribas corruptos. Desde o princípio Roma foi corrupta. E creio que seu exemplo, por alguns milênios, regerá os novos impérios que a ela se sucederão, pois não acrtedito que Roma seja eterna, como atualmente se crê. Sua filosofia política e o modo de pensar altamente venal e desprezível de seus Senadores, sim, poderão passar de geração a geração por muitos milênios e infectar muitas nações no futuro, pois eu sei que os homens têm a corrupção na alma e gostam de chafurdar na lama onde viceja esta flor maldita. Antes de Roma, houve grandes impérios, como o de Filipe da Macedônia, o de Alexandre, chamado de O Grande, o do bárbaro Temujin, mais conhecido como Gengis Khan, ou o de Nabuconodosor, na Mesopotâmia, para citar somente estes três. Todos ruíram por terra. O mal foi a corrupção e a ganância. O mal foi a perda dos limites, da decência e da moral. Mas o homem não aprende com a História e seja em que parte do mundo for, seja em que época for, ele sempre repete os mesmos erros... Talvez mais aprimorados, mas sempre os mesmos erros. Seu progesso é lento, muito lento. Somos as lesmas da evolução...
O velho parou de falar e permaneceu cismador, fitando o vazio diante de seus olhos. O entardecer continuava e a luz solar mudava sua claridade para aquele prateado místico, que lança a alma das pessoas em um estado de levitação mística. O escriba mexeu-se impaciente, pois dentro em breve a luz lhes faltaria e não poderia mais continuar escrevendo. Então, como que despertando de volta de suas recordações, o velho continuou.
- Mas voltemos ao que nos interessa. Roma tornou-se a mais rica cidade da época. e o dinheiro fez que se tornasse avara. Como uma gigantesca sanguessuga, ela pilhava, afogando em rios de sangue as revoltas dos dominados espoliados. E enquanto aqueles choravam seus mortos, os cofres romanos inchavam com ouro, jóias e pedras preciosas às toneladas. Por volta de uns cem anos antes dos acontecimentos que me interesso em narrar, Roma já estava tão rica que se deu ao luxo de dispensar seus cidadãos do pagamento de impostos. O que recolhia dos subjugados era mais que suficiente para saciar a sede dos cidadãos romanos.
A riqueza logo se fez visível nas vilas luxuosas que explodiam por todas as partes da cidade que, agora, era uma admirável e invejada metrópole. Casas, verdadeiros palácios, eram construídas todas em mármore trazido de lugares tão distantes quanto Carrara e exibiam jardins que só podiam ser igualados pelos que se imaginava existirem no Olimpo. O algodão e o linho nas vestes foram substituídos pela seda que vinha do outro lado do mundo através da Índia e pelas mãos dos comerciantes, principalmente dos árabes, grandes caminhantes e um povo com incrível tino para a exploração deste ramo de negócios. Entre os hebreus, os hierosolimitanos, os judeus e os samaritanos eram as tribos que mais contribuíam com mercadores, embora esse povo, os hebreus, não fosse chegado ao comércio. Eram mais de pesca e do pastoreio.
As vilas dos mais abastados cidadãos romanos - e era difícil dizer-se quem eram eles entre os ricos e poderosos - tinham estátuas gregas encomendadas a famosos escultores daquelas ilhas. As baixelas eram todas em ouro e finamente trabalhadas por artesãos pagos regiamente, pois havia disputa entre os nababos na exibição de suas peças durante as festas que faziam dar para ostentar suas riquezas. Os capitéis das colunas custavam verdadeiras fortunas e tinham os desenhos tanto de origem egípcia quanto grega, siríaca turca ou indiana. O fútil transformou-se no indispensável. A ostentação de exuberância e fausto tornou-se tão exagerada que foi necessário a edição de Leis Suntuárias, que se destinavam a restringir o abuso. Em vão. A trapaça, a extorsão, o assassínio, a traição, enfim, tudo o que de mais ignóbil pode a riqueza sem limites despertar na alma humana fazia nascer do dia para a noite, nos ricos que dominavam e estorquiam os milhares e milhares de pobres e miseráveis que cresciam na cidade, graças à migação do campo, uma avareza descontrolada e desenfreada. E isto vinha ocorrendo porque, devido à tomada dos fartos celeiros da Sicília e da África do Norte, o preço do trigo despencou tanto que não era mais viável para o camponês romano cultivá-lo comercialmente. Assim, eles invadiam as cidades e, com destaque, Roma, passando a residir em cortiços de dois, três ou quatro andares, vivendo do mercadejamento de bugigangas e de objetos roubados. Mercadejamento levado a efeito nas praças, nas ruas e nos mercados públicos e exigindo, em troca de seus apoios a políticos, que lhes fossem dados pão e jogos circenses.
O velho silenciou. A luz solar estava no fim e era difícil enxergar-se, agora.
- E então? - encorajou o jovem centurião, ansioso. Parecia gostar de ouvir aquele história, pois ela lhe era desconhecida e falava de uma época tão distante para ele que lhe parecia algo fantástico. Entretanto, seu olhar era duro e dava a impressão de que escondia algo atrás de suas pupilas negras...
- Agora, Roma é uma cidade em descenso - voltou a falar o ancião, cuja voz já denotava cansaço. - Suas guerras são poucas e quase sempre Roma sai perdendo...
Novo e prolongado silêncio. O centurião voltou a exclamar com voz profunda: "E então?" O velho o olhou inquiridoramente em silêncio. Mas finalmente falou.
- E então tu vais para tua casa e eu me recolho. Morfeu já nos chega e é hora de nos prepararmos para recebê-lo.
Ainda que contrariado, o jovem militar levantou-se e cumprimentou respeitosamente o forte ancião. Este lhe respondeu apenas com um aceno suave de cabeça e permaneceu olhando a figura centáurica que desaparecia ao longe, envolta na poeira da estrada.
A noite chegou de mansinho e o ancião permanecia olhando para a estrada vazia. Com semblante triste e olhar pesado, de olhos úmidos, levantou-se enfim e entrou em sua casa simples. O véu negro da noite espalhou-se sobre a Terra e esta entrou a dormir. O ancião levantou-se e também entrou em casa. Só o silêncio envolvia, agora, aquela planície e a silhueta da casa logo foi engolida pela escuridão de uma noite sem lua.
Os pirilampos, estes milenares companheiros das noites serenas, piscavam silenciosamente voejando na campina. Seu vôo era musicado pelo trilar dos grilos e o zumbido dos mosquitos noturnos. A fraca luz de uma lamparina brilhou por algum tempo dentro da casa singela. Então, apagou-se e tudo mergulhou na magia da noite...
(Este é o início do primeiro livro de uma seqüência de seis que pretendo escrever sobre Yoshua bar Yoseph, mais conhecido como Jesus de Nazaré. A base será toda calcada na História e nas pesquisas levadas a efeito por historiadores, religiosos pesquisadores e paleontologistas que vêm tentando trazer luz sobre a vida do misterioso profeta e Rei. As citações históricas são, todas, verdadeiras. A trama e alguns personagens, contudo, são fictícios. Se você gostou de meu estilo, até que eu possa concluir ao menos o primeiro volume desta saga, leia minha outra saga, esta menos sagrada, intitulada A SOMBRA QUE VEIO DAS SOMBRAS. Você vai encontrá-la no endereço: