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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ADOLESCENTE DE 13 ANOS FOI ASSASSINADA POR NAMORADO ENCIUMADO.

Eles estão iniciando a fase adulta... E tem gente que
acha isto muito engraçado. Será?
Ouvi a notícia na BAND e fiquei-me perguntando: "Alguém com 13 anos já é adolescente?" Há 30 ou 40 anos atrás, 13 anos fazia parte da etapa conhecida como pré-adolescência. Nesta etapa a menina queria brincar de roda e o menino, de pular corda. Pique-esconde, girar bambolê e coisas assim eram as brincadeiras comuns nos recreios escolares. Hoje, não há mais as etapas que se estudava naqueles idos. Antigamente havia a infância (de zero anos a cinco anos); a meninice (de 5 anos a 8 anos); a pré-puberdade (de 8 ou 9 anos a 10 ou 12 anos); a puberdade (de 10 ou 12 anos a 13 ou 15 anos); a pré-adolescência (de 13 ou 15 anos a 15 ou 16 anos); a adolescência (de 16 ou 17 anos a 18 ou 19 anos) e o jovem adulto, entre 20 e 25 anos. Hoje há somente a infância (que tende rapidamente a desaparecer) e a adolescência, que também vai desaparecer para dar lugar a somente duas etapas: a infância - até os sete anos, e o jovem adulto dos 8 anos até os 16 anos; depois dito é a fase adulta: dos 17 em diante. Sim, a percepção social e o excesso de Leis regulando, castrando e freando os pais na Educação de sua prole, tornará o homem ao passado, ao século XVII ou XVIII, quando a criança não passava de um adulto em miniatura.
Por que este retrocesso está acontecendo?

Vejam o resultado da falta de controle dos pais na "comelança" de seus filhos...
Vejam o resultado da falta de controle dos pais na "comelança" de seus filhos...
A desregulação na Educação Alimentar da criança começa já muito cedo. A parafernália tecnológica e a explosão de "fast-foods" está aleijando as crianças do mundo inteiro. Como sempre, o criminoso não pode ir para a cadeia, pois é o Deus mais reverenciado da nossa atualidade - O Lucro.
Os "fast-foods", brada a Medicina, é o maior perigo para crianças em desenvolvimento. Com alimentos totalmente errados, rapidamente põem o organismo fora de sintonia consigo mesmo e o resultado são crianças disformes, feias, gorduchas demais e já sofrendo de doenças que, no meu tempo, há 50 anos, só ocorriam nos adultos plenos (acima dos 30 anos).
Semana passada fui ao cardiologista para fazer um checape de rotina (se não vou, o médico me paga aquela bronca e eu detesto ser bronqueado). Qual não é minha surpresa ao ver seis crianças entre cinco e nove anos também sentadinhas, gordonas, esperando atendimento. Todas elas sofrendo de pressão alta. A mesma doença que só me atingiu aos 68 anos de idade. E isto como resultante de quatro infartos e um AVC, mercê das tremendas tensões que tive de encarar no meu viver. E me peguei pensando: "Se algum deles tiver de encarar metade das tensões que eu encarei, entre 13 e 50 anos, vai aguentar? Acho que não. Empacota no primeiro embate". E empacotarão mesmo. No entanto, tensões tão grandes ou até maiores que as que eu tive de enfrentar estão à espera dos "gordinhos" abandonados por pais e mães incompetentes. E digo "abandonados", mesmo quando pais e mães estão ao lado deles, porque tais "geradores de outros seres humanos" são frutos desta mesma geração de perdidos. Foram pais sem terem tido tempo de se preparar um mínimo para isto. Aliás, a TV Globo mostra, de modo caricaturado, a realidade cruel desta geração de perdidos, em sua novela "Fina Estampa". A trama desta novela está muito boa, embora haja, como sempre, atores com desempenhos medíocres devido mesmo às personagens que não se encaixam na trama. Estão ali para fazer número e para "encher linguiça". Entretanto, há a caricatura de uma "piriguete" da alta sociedade, casada com um doente por trabalho, um advogado. Ela batalhou para "ser mãe". Dizia que seu maior elã na vida era ser mãe. O marido tinha feito vasectomia porque, desde cedo, ser pai não era seu desejo, e teve de pagar uma baba para que ela fosse fazer inseminação artificial (com esperma cedido a troco de um milhão de dólares, pelo seu irmão), nos EUA. Depois de parir a criança, a "piriguete" abandona-a aos cuidados de uma babá e fica toda nervosinha quando o filho lhe solicita atenção. Ela está sempre às voltas com academias e salões de beleza e isto lhe toma todo o tempo. Não que na vida real não ocorram fatos como este, mas sim que é lamentável que tais fatos estejam se multiplicando ao infinito, graças mesmo à falta de controle e Educação Familiar das crianças que, hoje, são mortas aos 13 anos por namorados ciumentos.
Futuros criminosos? Futuros ansiosos? Futuros marginais? Só a Sociedade desregulada poderá dizer.
Futuros criminosos? Futuros ansiosos? Futuros marginais? Só a Sociedade desregulada poderá dizer.
Este descontrole e esta falta de Educação Familiar que já está gerando uma sociedade perdida em relação à Educação das crianças, põe nas mãos de aloprados "polititicas" uma oportunidade de ouro para dizer que "trabalham". Eles aproveitam qualquer falha para elaborar Leis absurdas, que em vez de orientar o povo, atrapalha-o e torna mais complicado ainda o processo de Educar para a Vida. E eis que os adultos de hoje se vêem acossados por dois dilemas dos quais não sabem sair: um, educar sua prole sem a punir, pois tapinhas ou repreensões zangadas podem trazer-lhes encrenca com a Lei; dois, total falta de tempo para ficar ao lado de seus filhos e permitir que o sentido de paternidade e maternidade aflua naturalmente em seus seres, pois ser pai e ser mãe é  genético e traz, desde mesmo os genes dos machos e das fêmeas humanos, um direcionamento sobre como fazer para regular e orientar a prole durante o período mais crítico de sua formação. Até os primatas, os cães, os gatos, os gansos, as galinhas, as onças, os leões, os chacais, enfim, todos os bichos nos mostram isto sobejamente. Mas nós, humanos, não mais temos esta força instintiva em atuação porque a sufocamos sob o tacão do Consumismo e do Mercado, dois tiranos que são piores que o hitlerismo.
Na foto acima e ao lado, dois meninos se engalfinham em briga. Ainda estão com as mochilas escolares. No tempo em que eu tinha a idade deles era obrigado a andar fardado com a farda da escola (e tínhamos orgulho de a vestir) e se fôssemos pegados pelos bedéis (fiscais que andavam pelas ruas fiscalizando os alunos de seus colégios) metido em briga ou fazendo alguma traquinagem com a roupa escolar, o fato era comunicado à Direção da Escola e os pais eram chamados às falas. Isto inibia e muito a ação agressiva que todo pré-púbere e púbere tende a expressar em seu comportamento. Nesta atualidade de "perdidos", com muita freqüência os pais só ficam sabendo do que aconteceu com seus filhos quando a polícia ou, pior, o hospital lhes telefona para lhes dar uma triste notícia. E aí é aquele puxar de cabelos, é aquele choro diante das câmeras de TV dirigidas por repórteres vagabundos, que pensam que o que traz IBOPE é a miséria exposta a nu e cru no ar diariamente.
Um conselho aos verdadeiros políticos: esqueçam ou ponham de lado o interesse Econômico do Mercado de Consumo e estudem Leis que inibam a ações de empresas que visam lucrar às custas de nossa juventude. Freiem a disseminação da Violência em todas as áreas, desde a de lutas e crimes à granel até ao sexo de modo geral, em horários que atingem em cheio a formação da "Identidade" das futuras pessoas. Não embarquem na conversa da "Liberdade de Imprensa". Os senhores não estarão trazendo de volta nenhuma censura, mas colocando ordem no bacanal.
E bom trabalho.

Um comentário:

  1. Não há nem o que comentar! Como sempre, bem escrito, bem postado, com clareza em sua exposição. Concordo em gênero, número e grau com vc, caro escritor; como sempre, dou-lhe meus parabéns por todos os assuntos abordados e expostos. Que continue e nunca pare!

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