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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PSICOLOGIA - A DIFÍCIL RELAÇÃO HOMEM-MULHER (4)

ANTIGO CÃO PASTOR INGLÊS (http://arcadenoe.sapo.pt/raca/)

A EDUCAÇÃO FAMILAR

Findo os comentários sobre a parte relativa à Religião, no que diz respeito ao desequilíbrio da pessoa em suas três dimensões, vou, agora, abordar a segunda, que é aquela da Educação Familiar. Não existe tema mais espinhoso e mais polêmico que este, na atualidade. Foi por isto que escolhi para encimar este tema a figura do belíssimo cão acima, pois, afinal, a família deve ser o cão pastor dos seus integrantes.
Outrora, a família possuía padrões Morais e Éticos pelos quais se guiar para educar as crianças. Desde a época do namoro, quando o homem tinha de primeiro conhecer e ser conhecido pelos pais da moça, até o momento do primeiro vagido do primogênito ou da primogênita, as regras para a constituição de uma família eram bem defindas, bem claras e rigidamente cobrada pela sociedade.
Havia complicações que nunca encontraram solução adequada naquelas épocas, a não ser quebrar com toda a estrutura tradicional e religiosa das famílias. Era o caso do costume de não permitir o coito entre os casais antes do famoso "sim" diante do altar. A alternativa mais fácil e mais recomendada por debaixo dos panos era o dono do "borrachinha" apressado procurar socorro junto às mulheres discriminadas na sociedade: as meretrizes. Outra, era a questão religiosa que, entre os cristãos católicos, era tremendamente controladora e acusadora, o que perturbava profundamente o conhecimento mútuo entre os pares do casal, preocupados que estavam em seguir rigidamente os ditames da Santa Madre Igreja. Mais uma, era a exigência dos pais da futura noiva de o pretendente possuir condições financeiras que lhe permitissem constituir uma família, oferecendo todo o conforto com que a futura mãe contava, agora, quando ainda era "virgem" e sob o teto paterno, a ela mesma e à sua prole. Aos olhos da juventude de hoje tudo aquilo pode ser enquadrado na expressão "que porre!", mas se por um lado podia ser extenuante, por outro era um costume bem salutar.

Ao homem cabia ser honesto, digno, honrado, trabalhador e cumpridor das obrigações assumidas perante a sociedade e para com sua consorte. Ao macho competia promover a perpetuação da espécie, gerando filhos entre os quais a primogenitura, de preferência, devia caber também a um macho. Este, devia ser educado para vir a se tornar também um homem, seguidor das leis do país e cumpridor com a Ética e a Moral religiosa.

A educação familiar era bem rígida. Se o rebento arrebentava nas traquinagens ou se ousava desobedecer às ordens de seus pais, avós, tios ou tias, não tinha conversa: apanhava, muitas vezes de palmatória, e ainda tomava um castigo para não se esquecer da obediência. Mas não havia a brutalidade que hoje se vê nos pais atuais, que quebram ossos de seus filhos ou até mesmo os matam violentamente. Os pais de outrora procuravam causar sofrimento, até mesmo incentivados e orientados pela Santa Madre Igreja, a qual também não dispensava nem a palmatória nem os castigos que quebrantavam o corpo e a moral do indivíduo (eu que o diga, pois experienciei aquele sistema). Nenhum pai de antigamente batia na cabeça de seus filhos, como hoje acontece. Sabiam que isto era perigoso e podia causar até a morte. também não usavam o ferro de passar para torturar seus filhos. Havia os instrumentos de punição e os filhos bem os conheciam: o chicote, o relho, a palmatória ou o chinelo. Nenhum pai ou mãe servia-se de outro artefato para agredir sua prole, como facas, pedaços de madeira usados como cacetes, pedaços de cano, cadeiras, pregos, agulhas etc... 

Os filhos deviam aprender bem cedo a:
1 - respeitar a Deus;
2 - respeitar os pais e as famílias. A sua, a de parentes e a de amigos;
3 - respeitar a pátria e seus símbolos;
4 - respeitar os mais velhos, as moças e os deficientes;
5 - respeitar as leis e os costumes;
6 - honrar a palavra empenhada;
7 - evitar mentir ou enganar para obter proveito de terceiros;
8 - não se envolver com drogas (que, nos tempos de outrora, restringiam-se ao tabaco e ao álcool);
9 - não desonrar a futura família que deveria criar;
10 - não gazetear as aulas;
11 - estudar com afinco para obter boas notas;
12 - respeitar os professores e obedecer às normas de sua escola.

Este era basicamente o dodecálogo da educação familiar até o início dos anos 60 do Século XX. Mas uma reviravolta tremendamente desastrosa estava se iniciando na EUROPA e nos E.U.A e logo viria desaguar no Brasil. Uma reviravolta que, de certa forma, era contra os dogmas e preconceitos rígidos da Santa Madre Igreja, castradora e inibidora do Ser Humano. Vai ser o tema seguinte, mais amplo e muito rico, que vou-me esforçar para resumir em "poucas" linhas. Até lá.

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http://asombraqueveiodassombras24x7.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Conheci um senhor de nome Areoval, que além da palmatória usava o cinto que era de puro couro, poristo bastante resistente.

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  2. Eu também o conheci. Mas apesar de ele dar uma educação vitoriana aos seus filhos, todos, atualmente, são homens fortes, honestos e inquebrantáveis em sua honra e moral. Que o Criador de todos nós o abençoe onde quer que esteja.

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