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terça-feira, 28 de setembro de 2010

"NOSSO LAR" - UM FILME QUE TEM TUDO A VER COM O QUE VENHO ABORDANDO AQUI

Às vezes as "coincidências" surgem em momentos altamente significativos, como é este de que falo. Estou justamente tentando dar algumas informações que ajudem o leitor a encontrar respostas para as perguntas que angustiam o homem e lhe espicaçam a curiosidade desde que surgiu na Terra, e que são: De onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? E eis que é lançado um filme que coloca diante de nossa vista míope e restrita, mundos que estão aí, interpenetrando nossos corpos físicos densos, mas dos quais não temos a mínima noção de existência. Exceto quando despertamos de um "pesadelo", olhos esbugalhados e suando frio de medo por termos estado momentaneamente diante de monstros ou em locais intensamente apavorantes, quando, então, suponho eu, estivemos, por um desprendimento momentâneo de nosso Espírito, visitando um lugar para onde possivelmente seremos remetidos quando "desencarnarmos". Embora seja Psicólogo por formação e tenha uma intensa tendência à experimentação científica de tudo o que me cai diante dos olhos ou em experiências vivenciais, ultimamente tenho tendido a crer que nenhum pesadelo deixa de ter vinculação com aqueles mundos ocultos de que o NOSSO LAR fala. Mesmo quando se trata de pesadelos que são fonte de interpretações psicanalíticas, ainda assim creio que de algum modo eles são como um alerta para nós enquanto seres "encarnados". É como se estivéssemos sendo avisados sobre a reserva de lugar que estamos fazendo lá, no submundo chamado de Limbo pelos espíritas e algumas escolas ocultistas, e de Purgatório, pelos cristãos católicos e outros.
Que lugares ou mundos são estes de que falo? Bom, primeiramente é necessário que o leitor comprenda bem esta informação - que está contida em qualquer livro teosófico ou ocultista adquirível em livrarias pelo Brasil a fora. Cada Plano de Matéria Cósmica está divido em Sete Subplanos. Assim, o Plano de Matéria Densa, onde nos encontramos e se encontram todos os astros que vemos acima de nossas cabeças, compreende Sete Subplanos que são:
1 - Subplano Sólido - conhecido por todos os "encarnados";
2 - Subplano Líquido - idem;
3 - Subplano Gasoso - idem;
4 - Subplano Etérico - aquele cujos "átomos" constituintes são extremamente menores que a menor partícula subatômica conhecida e estudada pelos químicos de nossas Ciências pragmáticas; átomos que preenchem os espaços que existem nos nossos átomos químicos e que não são percebidos nem conhecidos pelos pesquisadores de nossa terceira dimensão;
5 -Subplano Superetérico - um subplano constituído de átomos que são infinitamente menores que aqueles que constituem o Subplano de Matéria Etérica e que, por sua vez, preenchem os espaços existentes entre os átomos do Subplano Etérico;
6 - Subplano Subatômico - um subplano constituído de átomos que, por sua vez, são infinitamente menores que aqueles que constituem o subplano anterior e preenchem os espaços vazios que existem neles;
7 - Subplano Atômico - um subplano constituído de uma espécie de "caldo de partículas subatômicas" infinitamente menores que os átomos do subplano anterior e que têm uma única finalidade: organizarem-se e se reorganizarem para dar existência aos átomos dos subplanos de matéria mais densa, até o subplano Sólido. Nos Subplanos Atômicos de Todos os Planos de Matéria Cósmica não existem mundos nem seres nem nada, mas somente o caldo constituído de átomos ultérrimos que se agrupam e reagrupam para formar os átomos dos subplanos do Plano de Matéria considerado.
Entretanto, as subdivisões não param por aí, não. Cada Subplano se subdivide, por sua vez, em Sete Sub-subplanos e estes, em mais sete outros sub-sub-subplanos. E assim sucessivamente até que em cada um dos Sete Subplanos de Matéria Densa, haja 7x7 sub-subdivisões. Compreendendo-se que em cada uma destas sub-sub-subdivisões existe um infinito de mundos habitáveis, alguns belíssimos, outros horrorosos, e que todos eles nos interpenetram seja no corpo físico, seja no emocional, seja no psíquico, então, compreende-se com mais amplitude a frase dita pelo Rei dos Reis: "A casa de meu Pai tem muitas moradas". E estas "moradas" não estão em algum lugar longe, perdido no Espaço, não. Estão bem aqui, interpenetrando tanto o nosso corpo quanto tudo o que nos rodeia, até mesmo o ar que respiramos. Eles entram em nosso ser e dele saem a todo momento e nós não nos apercebemos disto, assim como os que lá habitam não têm consciência deste fantástico fenômeno cósmico. E aí, penso eu, aquela sub-sub-subdivisão com a qual nossas ações, nossas emoções, nossos pensamentos e nossos desejos e impulsos têm afinidade, nos impregnam o Espírito, de modo que a partir daí podemos ter uma porta aberta para, num descuido, mergulharmos ou num mundo terrífico - um pesadelo - ou num mundo belíssimo - um sonho "divino". Ora, em todas as filosofias religiosas sérias, não dogmáticas nem cerceadoras e dominadoras, é dito que todos somos um. E neste todos não estão incluídos somente os seres humanos, mas TUDO O QUE HÁ NO ESPAÇO manvantárico, assim entendo eu. E se isto é verdadeiro, então, também é verdadeiro que TODOS INTERAGIMOS COM TODOS, logo, de um modo ainda desconhecido até mesmo pelos investigadores ocultistas, enquanto aprisionados na prisão de um corpo denso, fisiológico, nós, ao estimularmos nossos três corpos de manifestação - físico, astral e mental - estimulamos aqueles mundos invisíveis que nos interepenetram e dentre eles atraímos com mais intensidade os que têm a mesma qualidade eletromagnética que apresentamos em nossos corpos de manifestação. Se estas qualidades são tendenciosamente más, então, vinculamos-nos, ainda na vida física, àqueles mundos de dor, sofrimento e purgação e irremediavelmente vamos dar com os costados lá, quando abandonarmos nossa vestimenta carnal. Se, ao contrário, nossas qualidades energéticas são predominantemente positivas, boas, então, vinculamos-nos com mundos invisíveis que têm tais energias como parâmetros de existência e iremos para lá, ao deixarmos nossa vida encarnada. Isto me parece bem lógico, mas devo ressaltar que esta é uma especulação minha, na qual venho meditando e trabalhando para construir uma hipótese se não de pesquisa, pelo menos filosófica. Uma vez que sou um homem muito racional, é-me difícil, por exemplo, dar saltos como os que se exigem dos que praticam certas meditações ocultistas a fim de simplesmente abandonar os apegos que a sociedade nos ensina fortemente a aceitar e defender. Um exemplo? A questão da traição marital sobre a qual falei alguns artigos atrás. Sou nordestino brasileiro, educado sob o regime severo da era vitoriana, e ainda tenho muito fortemente impregnado em minha Identidade a idéia de que se minha mulher partilhar nosso leito com outro macho eu não aceito. Isto é um dos apegos sociais de cunho religioso e, ao agir assim, sigo o velho dogma de que ao homem pertencem o corpo e a liberdade da mulher, o que sei que é um erro. Mas eu o sei só intelectualmente, não tendo sido capaz de colocar totalmente em prática a teoria. Todas as vezes em que fui "traído" (e o fui muito), não agi como os nordestinos, isto é, lançando mão de uma arma para matar a "traidora" e o "Ricadão". Eduquei-me sozinho, sob grande, titânico esforço, para reconhecer que ela tinha o direito de ir em busca de outro porque nossa relação, gasta por brigas e desencontros emocionais constantes, já não estava mais lhe sendo prazerosa. Mas chegar ao ponto de aceitar isto como natural requereu de mim uma luta feroz contra os condicionamentos sociais e religiosos dos nordestinos brasileiros. Ainda assim, ao me afastar, tornei-me indiferente relativamente às "traidoras" e só depois de muitos anos foi que consegui aceitá-las novamente como amigas e retirar de meu ser aquele rancor amargo pela "traição" sofrida, quando, a bem da verdade, aquela "traição" eu a tinha construído com minhas próprias mãos. A algumas eu até "traí" primeiro e era muita covardia de minha parte esconder-me atrás de uma alegação que, de justiça, não me cabia usar como desculpa para a raiva acéfala que ardia em meu ser. Então, desde há muito tateio em busca de uma hipótese de trabalho interior que facilite às pessoas como eu o caminho para a libertação pessoal daquelas vinculações com mundos pesados, terríficos, e que todos tememos "inconscientemente" porque, a nível espiritual profundo, sentimos que estamos agindo de modo a sermos premiados com uma estada desagradável em suas paragens morbosas. Nunca fui um psicoterapeuta convicto e dogmático, que seguia à risca os ditames escolásticos e as teorias livrescas. Ao contrário, sempre conduzi as terapias como experimentos laboratoriais e todos os meus clientes foram cobaias em que cuidadosa e perigosamente eu testava minhas teorias. Tenho a alegria de dizer que jamais perdi um único caso e cheguei a tirar pessoas de sofrimentos atrozes, que eram clientes de meus ex-professores, em menos tempo do que eu mesmo tinha pensado conseguir. E é esta tendência científica que me guia na procura de uma hipótese de trabalho que possa colocar aqueles realmente interessados em também safar-se daquela estada horrorosa em mundos invisíveis terríficos, a salvo de tais estadas.
O filme nos mostra duas das Subdivisões do Mundo Etérico - uma, terrível; outra, paradisíaca. Sendo que para que um Espírito "desencarnado" chegue à segunda geralmente tem de passar um tempo na primeira, o que não é um prognóstico agradável a ninguém, não é mesmo? Entretanto, a variação de Mundos só no Plano de Matéria Densa, quero dizer, sem considerar o Plano de Matéria Astral, o Plano de Matéria Mental etc..., é quase infinita e seria impossível que houvesse uma película capaz de abranger toda essa quase infinitude.
O filme também nos coloca de imediato a questão da suposta comunicabilidade entre os "encarnados" e os "desencarnados", uma questão que racha de modo quase inconcordável a Igreja Católica tradicional e o Espiritismo. Aquela, prega a morte definitiva. Segundo sua doutrina dogmática, o Espírito fica inconsciente e em total estado de paralisação, no cemitério mesmo, aguardando o dia do Juízo Final, quando Deus surgirá tendo Jesus assentado ao seu lado direito para julgar tanto os que se encontrem ainda vivos, como aqueles que morreram há milhões e milhões de anos passados. Estes, serão ressuscitados (daí a profissão de fé que os católicos fazem quando oram o Creio em Deus Pai e dizem: "creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na Ressurreição dos Mortos, na Vida Eterna, amém". Quatro dogmas ou "cláusulas pétreas" do cristianismo católico apostólico romano). Os considerados "bons", ganham a salvação, isto é, são chamados para ocupar lugares à direita do Filho de Deus e irem com ele para os páramos celestes do Paraíso. Os perdidos são lançados ao inferno, onde sofrerão torturas e sofrimentos inauditos por toda a Eternidade... Que crueldade incomensurável, não é mesmo? Por uma vidinha de minimérrima duração, um desgraçado "filho de Deus" é condenado por seu Pai, justamente o Pai da Justiça, da Bondade e do Perdão, a arder eternamente em atroz agonia no tão terrífico inferno...

Bom, há quem acredite piamente naquele absurdo. Eu, não. Acho que no passado fui queimado em alguma fogueira da malfadada "Santa Iquisição" da Igreja Católica, pois desde bem moleque eu era contra tais idéias e continuo cada vez mais acirradamente contra... Mas voltando ao NOSSO LAR, aconselho aos católicos, aos protestantes de todos os ramos e com maior ênfase aos evangélicos que assistam a película. Retirem os antolhos que seus padres e pastores lhes colocaram nos olhos espirituais porque eles mesmos são covardes e medrosos, e vejam o filme como um caminho para ser explorado. Armem-se de coragem para dizer a si mesmos "que pequei por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa de preguiça, comodismo, covardia e derrotismo íntimo. E portanto, nada peço, senão que agradeço o esforço de centenas de abnegados atores que trabalharam duro para me colocar diante dos olhos míopes uma visão mais ampla e profunda de ensinamentos que, até agora, estupidamente ignorei. Amém!".

Fiz esta "pausa" na linha de raciocínio e "ensinamentos" que venho desenvolvendo porque achei oportuno e necessário fazê-la, já que o filme O NOSSO LAR não ficará muito tempo mais em cartaz. Mas este tema será novamente abordado futuramente, dentro do que venho colocando aqui para os leigos e interessados em OCULTISMO e na VERDADEIRA RELIGIÃO: A Doutrina Secreta. Até outro dia.

Um comentário:

  1. É, tô pretendendo ver esse filme, tão logo chegue às locadoras daqui; concordo com algumas coisas e discordo de outras, colocadas pelo escritor; depois do filme, tirarei minhas próprias conclusões.

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