Páginas

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

AINDA NOSSO PROCESSO DE "ENCARNAÇÃO" (A MÔNADA HUMANA - 2)

Falei dos Pitris, os "Senhores da Lua". Bom, vou explicar esta história de "senhores da Lua". Antes, porém, você deve tomar de lápis, papel, régua e compasso. Afinal, aprende-se melhor tabalhando psique e corpo simultaneamente, não é?

Trace uma linha vertical - não importa o comprimento, mas aconselho que não ultrapasse a metade de sua folha de papel. Então, traceje quatro linhas horizontais, eqüidistantes entre si, cortando a linha cheia, vertical. A última linha horizontal tracejada deve situar-se na ponta inferior da linha cheia vertical. Coloque-as a distâncias iguais entre si.  Ponha marcas nas linhas horizontais a cada meio centímetro em toda a extensão das linhas.
Na extremidade inferior da linha cheia vertical trace uma circunferência com aproximadamente 2 cm de diâmetro. Depois, à distância de 3,5cm à direita e à esquerda da linha vertical e sobre a primeira linha horizontal tracejada, trace novamente duas circunferências de iguais diâmetros. A seguir, na horizontal logo acima, trace mais duas circunferências com a distância de 4cm a direita e à esquerda em relação à linha vertical. A seguir, na linha horizontal tracejada superior, trace mais duas circunferências com a distância de 3,5 cm à direita e à esquerda da linha vertical. Escureça a circunferência inferior, sozinha, na base da linha cheia vertical. Pronto! Você acabou de esquematizar aquilo que é conhecido como A Cadeia Planetária Setenária dos Planetas do nosso Sistema Solar.  Pelo lado esquerdo da Cadeia Planetária ocorre a descida das "almas" rumo ao mundo denso da cadeia, onde deverão alcançar a "iluminação". Pelo lado direito da Cadeia Planetária ascendem as almas que ultrapassaram a barreira da Ignorância e da Lei do Karma. Contando a partir de baixo, você tem dois Globos ao nível de Plano de Matéria Etérica, um na Alça Descendente e outro na Alça Ascendente; dois Globos ao nível de Plano de Matéria Astral nas mesmas condições e dois Globos ao nível de Plano de Matéria Mental do mesmo modo descrito para os Globos Etéricos. Então, começamos nossa viagem descendente a partir de um Globo Mental. Daí, descemos para o Globo Astral. Depois para o Globo Etérico e, finalmente, para o Globo Terrestre.

Agora, voltemos à Lua. Muitos manvantaras antes de a Terra surgir, talvez, contudo, após o surgimento do Sol, a Lua, segundo a Teosofia e o Livro de Dzyan, era um planeta que possuía uma Cadeia Setenária e nele viveu uma humanidade específica. Aquela humanidade passou por todo um processo de Evolução em busca da "Iluminação"(ou desenvolvimento da Consciência e da Sabedoria Espiritual) até que pelo menos 1/3 dela atingiu os propósitos Cósmicos - atingiu a Iluminação até onde era possível naquela Cadeia Planetária Lunar. Uma vez chegada à sua fase mais adiantada, quando, então, não mais era necessário viver em um corpo denso, a humanidade lunar avançou na alça ascendente da Cadeia Lunar para viver em um Globo Mais Sutil, constituído de Matéria do Plano Astral ou de Matéria do Plano Mental. A Lua, enquanto ser pertencente ao Plano Denso, deixou de ter validade para os propósitos Cósmicos e "morreu". Por isto é que, na atual Cadeia Planetária Terrestre, ela é somente um satélite da Terra, morto e desertificado. Os humanos lunares daquela época são os Pitris (pais; geradores; anjos ou devas lunares; senhores lunares) a que o Livro de Dzyan faz referência. Vivem ali, mas apenas nos Globos ascendentes da Cadeia Planetária Lunar, que não são feitos de matéria densa nem dependem dos atributos físico-químicos desta matéria para existir. Entendeu isto? Então, vamos em frente. Se não entendeu volte ao seu desenho, reveja-o, releia tudo e repense até que a compreensão se faça em seu ser. O assunto é complexo e difícil, eu sei. Mas eu não disse que Teosofia ou Buddhismo era fácil, não é? E olha que estou omitindo e reduzindo muito o assunto para que se torne deglutível por quem não tem iniciação em Ocultismo.

Os Pitris ou Senhores Lunares receberam a ordem de criar o homem com a natureza igual à deles tão logo a Cadeia Planetária Terrestre ficou pronta, com seus sete globos, sendo a Terra o quarto globo na alça descendente (aquele que não tem par) e o primeiro na alça ascendente desta cadeia (daí a razão de o número 4 ser o número da Matéria, o Número da Terra, na significação Esotérica dos Números). E aí começou o dilema porque acontecia que três classes destes Pitris eram arûpa (isto é: sem forma. Isto significa que habitavam o Globo da Cadeia Lunar constituído de Matéria do Plano Mental Superior, onde não há forma de espécie alguma) e quatro eram rûpa, ou seja, tinham forma (logo, habitavam o Globo Lunar constituído de Matéria dos Subplanos Mental-Astral Inferiores, onde a forma predomina).

Você deve estar lembrado que o Plano Sutil de Matéria Mental está dividido em duas classes: a classe de matéria superior ou matéria arûpa (com 3 subníveis) e a classe de matéria inferior ou matéria rûpa (com 4 subníveis), acontecendo a mesma coisa com o Plano de Matéria Astral.

Na segunda classe - rûpa - dão-se os pensamentos concretos e as respectivas emoções concretas. Tais pensamentos são aqueles que precisam de imagens mentais, isto é: precisam de formas imagéticas para se desenvolverem e estão sempre vinculados ao Sentimento na forma de reações emocionais.

Já a primeira classe - arûpa - contém os pensamentos abstratos, amórficos, como é o caso dos pensamentos matemáticos ou filosóficos, os quais não se vinculam ao Sentimento Concreto e quando há uma vinculação sentimental, ela é feita com reações emoconais puras, amorosas ou devocionais. Recordada esta informação, acrescento que a Alça Evolutiva da Cadeia Setenária Lunar, corresponde à Alça Descendente da Cadeia Planetária Terrestre, pois esta cadeia é, em evolução, bem superior àquela. A humanidade que evoluiu até o ponto máximo na Cadeia Planetária Lunar, apenas conseguiu adentrar a Alça Descendente da Cadeia Planetária Terrestre no Globo de Matéria Mental, de onde recomeça sua epopéia de "queda" ou "descida". Compreendido isto, voltemos ao tema em desenvolvimento.

Os Pitris da primeira classe (arûpa) são entidades espirituais e intelectuais puras, enquanto os da segunda classe (rûpa) são desprovidos de intelecto elevado e são impuros porque se vinculam a reações emocionais rudes, logo, ainda são almas primitivas. Almas que não conseguiram a iluminação necessária para avançar na alça ascendente da Cadeia Planetária Lunar. A época Evolutiva passou para aquela Cadeia Planetária e elas não conseguiram a "salvação" que deviam ter alcançado. Agora, terão de aguardar "o final dos tempos" na condição de Pitris rûpa, para poderem recomeçar a longa jornada novamente. Atenção! Em nossa Cadeia Planetária, quase 75% da humanidade está nesta condição. Então, leitor, é tempo de você rever seu modo de viver; rever suas crenças, seus pensamentos,  seus APEGOS enfim. É tempo de mudar. Não adianta adorar histericamente um Deus antropomórfico, não. Você tem de radicalizar na mudança de seu íntimo. Vou falar de APEGOS em outro artigo e aí, você certamente vai-me entender. Por enquanto, vamos retornar ao tema que estou desenvolvendo e que é bastante complexo e espinhoso. 

Os Pitris arûpa (também chamados de Dhyânis - deuses - lunares), diz o livro de Dzyan, "recusaram-se a fazer o homem terrestre" simplesmente porque não podiam legar sentimento ou "o fogo da geração" à criatura. Podiam emprestar-lhe suas consciências divinas, seus intelectos puros, mas não podiam descer com eles aos "mundos inferiores". E é bom notar que por serem demasiadamente puros e divinos também foram chamados, e assim são reconhecidos até hoje, como Pitris Agnishvâtta (Pitris Vazios do Fogo). Já os que não tinham esta condição de pureza e se encontravam mais próximos da Terra, pois possuíam o "fogo da geração", os Pitris Rûpa, ou Pitris Barhishad (Senhores do Fogo), se converteram nas falanges dos ELOHIM criadores da Forma ou do Adão de barro. O Jeovah hebreu era (e é), portanto, um Pitri Barishad lunar (se você é cristão ortodoxo vai tomar um susto danado com esta revelação, pois certamente lhe ensinaram que o nome JEOVAH é o "Sagrado Nome de Deus" Mas... A verdade nem sempre é aquela em que se crê). 

Os Pitris Barhishad (ou Elohins) geraram sombras astrais sem mente (sem a consciência divina, mas prenhes do "fogo da geração", a mesma coisa que dizer que possuíam emoções e desejos), as quais, por sua vez, criaram reflexos iguais a si no Subplano Etérico do Plano Denso. Estas sombras eram como fantasmas sem pureza espiritual, mas intensamente carregados do impulso geracional. Daí que os Dhyânis Choans (Os Anjos Senhores, os mesmos Pitris Agnishvâtta) quando viram tais "fantasmas" não os aceitaram, porque os percebiam como demasiadamente rudes; demasiadamente brutos e demasiadamente carregados do "fogo geracional".

Chamo a atenção para o que afirma Mme Blavatsky: esta recusa dos Pitris Agnishvâtta as religiões Exotéricas, como a Judaico-Cristã, mitificaram na fábula da "rebelião dos anjos contra o Criador". Note o leitor que todo este drama está acontecendo nos dois Globos de Matéria Sutil integrantes da Alça Descendente da Cadeia Planetária Terrestre (o céu onde miticamente teria acontecido a revolta de Luzbel e seus seguidores contra Deus). Os "homens" ou seus "fantasmas" ainda não tinham corpos densos e eram somente aquelas gotículas de matéria monádica para a qual os Pitris Lunares batalhavam a fim de dar um corpo integrante do Subplano Etérico do Plano de Matéria Densa. Estavam, portanto, quase no físico, mas ainda não haviam atingido tal estado de descida ou "queda".

Os Pitris Agnishvâtta foram, então, "condenados" a, eles mesmos, assumirem os fantasmas, emprestando-lhes seu Intelecto ou Mente Divina. Esta condenação é alegórica, pois eles mesmos decidiram assumir a tarefa. Afinal, eram Dhyânis e tinham alcançado o mais elevado grau de Iluminação naquela cadeia planetária lunar.  Encarnar nos "fantasmas humanóides" era um sacrifício necessário para o bem da salvação da humanidade espiritual em criação na Cadeia Planetária Terrestre, caso contrário esta humanidade levaria, talvez, o dobro ou o triplo de tempo necessário para chegar onde estamos nós, agora.

Ao assumirem aqueles "fantasmas", os Pitris Agnishvâtta  concederam-lhes o primeiro princípio de ligação necessário para cimentar a Alma Espiritual (a gotícula monádica) ao fantasma físico. Este princípio foi o que é conhecido no Esoterismo Budhista sob a denominação de Manas (mente divina). Mas ainda faltava um segundo princípio, que eles não possuíam. Tratava-se do princípio do "fogo da geração", denominado de Kâma (sentimento). Entram em ação os Pitris Barhishad, pois só eles é que possuíam este princípio. Pronto. Os Pitris tinham construído um Ovo Áurico específico para a gotícula monádica que animaria o futuro Homem e lhe tinham dado Manas e Kâmas. Faltava, porém, o terceiro e definitivo princípio necessário para a ancoragem daquela gotícula tanto no corpo Astral-Etérico que lhes tinham sido construídos, como também no Mundo Tridimensional Denso. Este terceiro princípo, Tamas (corpo sensitivo) o próprio Planeta forneceu. Daí a razão de se dizer que somos seres manásicos, kamásicos e tamásicos  e se afirmar que o Homem é o elo de ligação entre o Divino e o Mundano; o Céu e a Terra. Note o leitor que os Pitris Barhishad regem o corpo astral ou Corpo Emocional do Homem terráqueo, enquanto os Pitris Agnishvâtta regem a Mente Superior desta criatura. Estes últimos residem naquele "ovo" de que já falei em artigo anterior; o "Ovo Egóico", que se situa na parte superior do Ovo Áurico de qualquer pessoa. Sendo verdadeiro Boddhisattwa, o Pitri Agnishvâtta é o verdadeiro Deus que pode ouvir pedidos e súplicas do homem carnal e pode decidir premiá-lo ou não, dependendo do merecimento que avalie ter ele conseguido. E o leitor já deve ter concluído que a Criação Divina na Cadeia Planetária Terrestre tem de ser superior aos Pitris Lunares, pois deve, ao final do manvantara, ter reunido em si, em perfeito equilíbrio e sob total controle, os três princípios de que foi construído, o que não aconteceu com os Pitris Lunares (Anjos ou Senhores Lunares).

A propósito, se você é cristão e tem dificulades com a interpretação do Apocalipse de São João, então, de presente da autora do livro A Doutrina Secreta, aí vai esta preciosa informação: a queda dos Pitris Agnishvâttas na Matéria é simbolizada naquela passagem do Apocalípse (Cap. XII, ver. 3 e 4)  onde é dito que "um grande dragão vermelho (Fôhat, a Energia Cósmica da Criação) de sete cabeças (A Cadeia Planetária Setenária da Terra) e dez chifres (As Dez Sephirot da Qaballah hebraica) e com sete diademas (as setes raças humanas) arrastou com a cauda a terça parte das estrelas do céu e as lançou sobre a Terra"... Bonito, não? Pelo menos, agora, você está livre do terror de vir a enxergar um tremendo e indescrítivel dragão vermelho no céu acima de sua cabeça balançando uma cauda asquerosa e jogando sobre a terra uma imensidão de estrelas pegando fogo...

Neste artigo você viu que:
a) Somos a continuação evolutiva da Humanidade que evoluiu na Cadeia Lunar;
b) Os que não foram aprovados naquela cadeia seguem na condição de Pitris Barhishad e permanecerão assim até o final do Mâha Yuga para nosso Universo.
c) Os que não conseguirem a "iluminação" ou "salvação" na Cadeia Planetária Terrestre, também permanecerão na mesma condição dos não "salvos" da cadeia planetária lunar e terão de recomeçar a longa jornada daqui a muitas eternidades, quando tudo irá recomeçar...

Acho que você deve ter um tempo para reler estes artigos, pois sei que são complexos e meus esforços para torná-los mais "deglutíveis" parece que não atingiram o objetivo plenamente, ainda que reconhecidamente eu tenha facilitado bastante sua apreensão psicológica. Assim, vamos ficar por aqui, por enquanto.
Namastê.

Visite este outro blog, que também é meu. Compre meu livro. Ele contém aventura policial, thriller, ação, intriga, sexo, terror e muito mais. Divirta-se e por uns momentos viva num mundo paralelo, mas não tão distante de nossa realidade, se você for capaz de pensar bem sobre o tema, trazendo-o para nosso dia-a-dia cru e selvagem:

http://asombraqueveiodassombras24x7.blogspot.com/







2 comentários:

  1. Profundo pra mim ... melhor não comentar...

    ResponderExcluir
  2. Não é tão profundo não, Tetê. É apenas um assunto que você não está acostumada a ler, apenas isto. Mas vá lendo e vá lendo que, um dia, a luz se faz em sua mente e aí tudo fica fácil, pode crer.

    ResponderExcluir