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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CUIDADO, A LEI COMPLICA MAIS AINDA O CASAMENTO OU AJUNTAMENTO...

Se casamento ou ajuntamento já era complicado, quando a Lei da Pensão Alimentícia era totalmente feminista e não permitia ao homem pedir pensão à mulher, agora, a coisa piorou 100%. Se não, vejamos:
Ana casa-se ou se junta com João. Vivem juntos por cinco anos e têm dois filhos. A união desanda e os dois resolvem-se separar. João tem de negociar com o Juiz (através de um advogado, claro) o teto da pensão que deverá dar para os filhos. Mas acontece que um ano depois da separação, João perde o emprego e tem de passar a viver às custas de seus velhos pais. Vai ao juiz (e aí tem de recorrer ao Ministério Público, visto que não terá dinheiro para pagar o advogado) e apresenta suas razões para não dar a pensão. O juiz, então, o que faz? Pela nova legislação, o magistrado intima os pais de João e avós das crianças a assumirem a pensão. Se estes não tiverem condições, o magistrado intima os irmãos de João (machos e fêmeas) e eles terão de assumir a pensão. Se João não tem irmãos, então o magistrado intima os tios de João. E se não houver tios capazes, então o magistrado intima os primos de João. Se não há primos disponíveis, o magistrado rateia a pensão pelos parentes válidos de João, de modo que todos assumam a pensão. Vocês já pensaram bem a implicação disto?
Em uma família, TODOS deverão, a partir de agora, se envolver desde o princípio nos namoros dos filhos (até primos, tios, tias, pais etc...) pois todos têm que se prevenir de uma possível burrada que o João esteja programando para sua vida (e, por extensão, para a dos demais). Atualmente, os ajuntamentos e casamentos dão-se ao sabor do prazer coital imediato. O casal geralmente não leva em consideração as diferenças gritantes de gênio e de educação familiar entre eles e se ajuntam cheio de sonhos impossíveis para uma vida em comum totalmente feliz e "para sempre". Mas tão logo tais diferenças começam a aparecer e predominar na relação o pau canta em casa. É briga a todo momento; é contrariedade; é irritação constante; é perda do intesse copulativo; é azedume no sexo (o prazer de viver em comum)... Enfim, desce o inferno na casa do casal e o diabo nada de braçada entre eles. E vai sobrar para quem nada tem a ver com a besteira que os dois idiotas fizeram. Imagine-se primo do tal João. Um primo afastado, que raramente se encontra com o dito cujo. Tem sua vida arrumadinha e a ilusão do "para sempre" ainda vigora forte na família. Ganha o suficiente para fazer uma caderneta de poupança para seus filhos. De repente recebe uma intimação para comparecer a uma audiência diante de um juíz. Você vai não somente curioso, mas tenso, não é? E aí recebe a notícia revoltante: você está intimado a dar pensão à destrambelhada mulher de seu primo idiota, imbecil, irresponsável, canalha etc... em lugar dele. Qual brasileiro se conformará sem espernear a uma situação destas? A ordem judicial deesorganiza sua família e coloca tremenda tensão em sua casa. Acidentes e incidentes inopinados, como uma doença grave de um de seus filhos, obriga-o a recorrer à poupança que fazia para ele ou a se endividar em bancos (e se escravizar ao sistema), tudo porque o infeliz, retardado, sem-vergonha daquele primo amaldiçoado que não devia ter nascido, fez uma baita burrada na vida. E enquanto você se descabela e seu lar se desmorona, o desgraçado do João, graças à Lei superprotetora e incompleta, flana por aí, totalmente aliviado do peso das criaças que gerou com a baranga com quem inocentemente havia casado. O que digo está meio teatralizado, mas acontecerá realmente, pois o senso de separatividade do brasileiro é muito forte. Primeiro, minha família. Depois, se der e se sobrar, a dos outros. Só em caso de calamidade pública é que o brasileiro se solidariza de boa vontade. Mas quando o assunto é ser solidário por causa do erro de alguém e à força, aí a história muda. A irritação, a contrariedade da pessoa intimada a assumir a responsabilidade de um primo distante não sai na urina, não. Toda vez que a pessoa envolvida contra a vontade no drama de outro se vir em apuros em função daquela obrigação, aquela tensão  acumulada vai explodir dentro de casa e no relacionamento. As brigas começarão a parecer e o diabo se apronta afiando seu tridente, pois certamente há uma família que se aproxima do fim, também. E temos de considerar que atualmente o salário que se ganha na iniciativa privada é uma "merreca" miserável, graças à gula dos tais investidores, os novos pratrões e eternos inalcançáveis pelos assalariados. Mesmo o empregado público, se não ocupa um cargo de alto escalão na máquina adminstrativa, não  ganha grande coisa, não. Mas o legislador que bolou a nova lei só olhou para os "piralhos" e, possivelmente, buscou apresentar trabalho diante de seu eleitorado, não considerando a situação do brasileiro médio. No meu ponto de vista, quem devia assumir a responsabilidade pela educação, pela saúde, pela segurança e pelo bem-estar social da prole dos irresponsáveis é o ESTADO. Não lhe cabe jogar sobre os ombros de outros cidadãos tais responsabilidades. Afinal, aqui no Brasil, o Governo engole 5 meses de salário dos brasileiros a título de imposto. Mesmo tirando o dinheiro desviado para os cofres dos corruptos, ainda sobra bastante para que o Estado crie creches e institutos especializados na formação da pessoa e do cidadão. Ou será que estou errado? Bom, se eu pudesse faria uma grande mobilização para corrigir este viés legal e colocar o Estado como o responsável primeiro pela prole infeliz. Mas...
Bom, mas a história não termina aqui, não. Você, que assumiu a responsabilidade pela prole de seu maldito primo, ora aos céus para que eles cheguem à maior idade e o livrem da carga. Supondo que sua família tenha conseguido sobreviver ao desastre legalmente imposto a ela, quando os pestes atingem a maior idade, você, através de um advogado (o que gerará mais despesa) recorre ao juíz para suspender a pensão. Mas o juíz chama os filhos abandonados por João e lhes pergunta se eles já têm condição de se sustentarem sozinhos. E eles dizem que não, que ainda precisam de suporte. Pronto! Você se danou, pois o juiz não suspenderá a pensão e sua família vai ser obrigada a se manter sustentando os pestinhas que agora são pestões. Imagine se os dito cujos se tornaram malandros e não querem nada com o batente? Até que você prove que focinho de porco não é tomada, seu advogado vai encher a burra às suas custas, sua mulher vai ficar amarga como fel e sua vida vai pro brejo... Que coisa, não? Quem terá sido o político F.D.P. que bolou este sistema de tortura sádica? Ele devia ser obrigado a passar por isto, ah se devia....
E aí, você está disposto a criar um movimento de correção desta safadeza legal? Então, ponha mãos à obra. Eu não tenho mais nem saúde nem disposição para tanto. Até porque meus filhos já estão mais que adultos e não precisam de mim. Ao contrário, eu é que posso, segundo a Lei, intimá-los a me darem pensão, pois sou o pai, sou idoso, e se me vir em apuro o Estado é que não vai assumir nada por mim. Afinal, segundo o infeliz ex-Presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, aposentados são parasitas da nação, não é mesmo? E se o aposentado é do INSS então, LASCOU-SE, DANOU-SE, FUDEU-SE...

Pense nisto e visite este outro blog, que também é meu. Compre meu livro. Ele contém aventura policial, thriller, ação, intriga, sexo, terror e muito mais. Divirta-se e por uns momentos viva num mundo paralelo, mas não tão distante de nossa realidade, se você for capaz de pensar bem sobre o tema, trazendo-o para nosso dia-a-dia cru e selvagem:
http://asombraqueveiodassombras24x7.blogspot.com/

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