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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

QUAL A DIFERENÇA ENTRE SENTIMENTO E EMOÇÃO?


O Deus Hermes

Esta é uma pergunta excepcional, tendo em vista que não se encontra nenhum trabalho nem em psicologia, nem em psiquiatria nem em psicanálise voltado para este assunto. O que é curioso, visto que estas ciências trabalham justamente na área específica destas energias. Geralmente toma-se um pela outra. Até no dicionário é assim. Diz ali, no Michaelis que sentimento é “emoção terna ou elevada, tal como amor, amizade, patriotismo”...
Há muitas coisas com as quais a Ciência trabalha que não têm uma definição concisa, clara, precisa. É o caso, na Física, da eletricidade. O que é isto? Há uma piada que conta que numa prova de Física, a última do último ano, logo, crucial, o professor pergunta ao aluno: O que é eletricidade? O aluno pensou cuidadosamente e, então, com um suspiro respondeu: Sinceramente, não sei. Mas sei que é alguma coisa que se alguém meter o dedo na tomada se dana todo. Foi aprovado.

Nas ciências humanas somos obrigados a trabalhar com conceitos nebulosos, inconsistentes. Por exemplo: o que é o humano? Esta pergunta não se refere ao ser social bípede, que anda sobre duas pernas e tem uma cultura complexa. Não. Humano, aqui, diz respeito a algo insubstantivo que teoricamente se apoderou do ou se incorporou no (ou qualquer coisa semelhante) hominídeo de há milhões de séculos passados. Somente após ser tomado pelo humano foi que o hominídeo obteve a condição de evoluir para chegar até onde estamos. É um conceito impreciso aquilo que tornou o hominídeo um ser humano. O que é Personalidade? Se o leitor pesquisar vai encontrar um milheiro de definições para este vocábulo. Mas nenhum o define satisfatoriamente. E há tantos conceitos imprecisos, inconsistentes, nebulosos, mormente na Psicanálise e na Psicopatologia, que às vezes é muito cansativo ler um livro destes ramos das Ciências Humanas, pois seus autores fazem verdadeiros malabarismos verbais para conseguir dar a um determinado vocábulo o significado que acham que exprime aquilo que desejam que exprima. Mas terminam frustrados, pois este termo quase sempre é inconsistente, insubstantivo, etéreo demais, abstrato demais. Tomemos, por exemplo, o vocábulo personalidade. Vamos decompô-lo em suas partes, a fim de chegarmos à origem etimológica de sua formação. Este vocábulo contém as seguintes partes:
per = preposição latina que evoluiu para o português na forma por;
sonus = vocábulo latino que evoluiu para o português na forma som;
dade = sufixo português para formar vocábulos derivados de outros vocábulos e que empresta ao vocábulo formado o sentido de qualidade de (ex: frágil+i+dade = fragilidade =  qualidade de frágil);
“i” = vogal eufônica, introduzida para facilitar a pronúncia da palavra portuguesa.
Então, etimologicamente, personalidade quer dizer o que tem a qualidade do som; ou o que se comunica pelo som. Ora, tudo sobre nosso planeta tem a qualidade do som. A pedra, a madeira, a água, o vento, o ferro, o bronze, a areia... enfim, tudo tem a qualidade do som. Na visão Ocultista tudo não somente tem a qualidade do som, como também só existe através do som. O Som (Verbo, Logos) forma tudo e a tudo impregna. Também, quase todos os seres vivos e, até mesmo, alguns seres vegetais se comunicam pelo som. Nem é necessário citar algumas aves conhecidas no mundo inteiro, como o corvo, por exemplo. Também não é necessário falar aqui da comunicação entre as belugas, entre os golfinhos, entre os elefantes, entre os lobos e vai por aí. E quando carecem de som para se comunicar, alguns seres apelam para o movimento representativo, como é o caso da abelha que executa uma dança específica diante de seus pares para lhes informar em que lugar encontrou determinada flor com pólen suficiente para valer a pena se deslocar até lá.
Então, quando se fala de sentimento e de emoção, uma pergunta embaraçosa é justamente aquela que deseja saber como se constituem, de que são formadas e como se diferenciam entre si estas duas entidades abstratas e simultaneamente concretas que podemos vivenciar a todo instante em nosso viver.
Li vários trabalhos de doutos senhores que se esforçam tenazmente para abolir da matéria qualquer mínimo resquício de subjetividade ou transcendentalidade. Tais senhores querem explicar tudo pela matéria. Entretanto, no que tange ao organismo humano, falham redondamente. Quando eu era estudante de Psicologia, na Universidade Gama Filho (que, nas décadas de 60 e 70, era considerada a melhor universidade sul-americana, a ponto de haver uma centena de estudantes norte-americanos nela matriculados), tínhamos aula com os estudantes de Medicina com especialização em Neurologia. Nosso curso nesta área tinha a duração de quatro semestres ou dois anos. Havia na Universidade um microscópio eletrônico que era uma maravilha. A gente fazia a coloração química de um tecido e o colocava sob a lente daquele aparelho. A imagem, então, era projetada num telão de dois metros quadrados e tínhamos uma visão ampla e muito clara do que estávamos estudando.
Os professores de neuranatomia espicaçavam os estudantes de psicologia com o seguinte experimento. Retiravam tecidos neuronais de áreas tidas como específicas no cérebro para a audição, a visão, a fala falada, o olfato, o paladar, o equilíbrio e de outras áreas cerebrais e cerebelares. Coloriam estas “peças” e as colocavam sob a lente do microscópio eletrônico. As figuras que nos surgiam eram de neurônios absolutamente idênticos entre si. Então, os professores retiravam “peças” neuronais de sob as unhas dos artelhos; do fígado; do coração; da parte cinzenta da coluna vertebral; do ânus; das nádegas; da palma da mão ou de outra parte qualquer do corpo, coloriam-nas e as colocavam sob as poderosas lentes. Os neurônios ali contidos eram, também, absolutamente iguais entre si e àqueles das áreas “nobres” cerebrais. Aí, viravam-se para nós e diziam:  “Senhores psicólogos, os neurônios que se encontram no cérebro humano, em áreas especializadíssimas para a realização das funções nobres como a visão, o olfato, o paladar e a audição não se diferenciam entre si, o que é estranho. Os estímulos químicos que atuam sobre as papilas gustativas ou sobre os cílios do ouvido só chegam ao cérebro através dos neurônios. Sem eles não se perceberia nem o gosto nem o som. É a mesma coisa com tudo o mais em nosso corpo. O sistema mestre é o sistema nervoso. Mas mais estranho ainda que a não diferenciação dos neurônios situados nas áreas “nobres” de nosso cérebro; áreas especiais para determinados tipos de sensação, é que eles também são iguais àqueles colhidos nas mais diversas partes do corpo. Perguntamos: por que não ouvimos pelos pés? Os processos neuroquímicos são iguais ali também. Por que não vemos pelo ânus? Por que não sentimos gosto pela palma das mãos? Isto, a Medicina ou a Genética não conseguem explicar. Com a palavra os senhores psicólogos. Expliquem-nos o mistério... Se puderem”.
Estas vivências universitárias me espicaçavam sobremodo a curiosidade e eu me atirava com ganas a estudar e a ler tudo o que de algum modo me trouxesse qualquer luz a respeito de fatos tão intrigantes. Não sei quantas teorias li em português, espanhol, inglês e francês buscando uma resposta esclarecedora para mistérios como esses citados acima. Foi uma seqüência de frustrações. Meu aprendizado de psicologia foi muito centrado na experimentação. Eu não saía do laboratório de Psicologia Experimental replicando quantos experimentos pudesse replicar. Até que finalmente joguei a toalha. No campo da ciência pragmática não é possível encontrar respostas para o que busquei durante anos. Então, atirei-me de cabeça ao estudo e à pesquisa no Espiritismo, na Umbanda, no Candomblé, na Teosofia, no Budhismo, no Druidismo, no Rosacrucianismo e afins. Pratiquei todas estas filosofias religiosas por anos; cheguei ao grau de Mestre na Teosofia e, no entanto, minha curiosidade jamais ficou totalmente saciada. Vi e vivenciei acontecimentos dos quais os pragmáticos fugiriam horrorizados, como, por exemplo, ver fogo acender “espontaneamente” em uma fogueira armada sob intenso temporal e a lenha queimar toda, até virar cinzas, sem que a torrencial água que despencava das nuvens pudesse apagar as chamas. Vi budhistas, em São Paulo, homens, mulheres e crianças, caminharem serenamente sobre um braseiro intenso com a extensão de mais de 6 metros, vestindo quimonos de seda, sem que se queimassem ou suas vestes pegassem fogo. Vi, no Terreiro de Menininha de Gantuá, na Bahia, iaôs (filhas de santo) com seus “santos” nas cabeças, enfiarem os braços em tachos de azeite fervente e retirarem do fundo do vasilhame uma moeda de cobre e, no entanto, não sofrerem nenhuma queimadura com aquele ato temerário. Vi Exu (uma entidade de Umbanda que é o correspondente do deus grego Hermes, que se tornou Mercúrio entre os romanos) tomar vinte e uma garrafas de cachaça, uma seguida da outra, e soprar um hálito de rosas sobre nós, da assistência. Quando se retiravam, contra toda a lógica, os médiuns não estavam bêbedos nem entravam em coma alcoólico. Vivenciei a projeção astral e me desprendi de meu corpo, flutuando sobre a cidade do Rio de Janeiro e indo dali a Teresina, no Piauí, a uma distância de dois mil, seiscentos e vinte quilômetros de onde eu me encontrava, onde vi e ouvi minha mãe trabalhando em casa. E tudo em picossegundo. Fui totalmente curado da alergia que ia me matar, visto que os alergistas, depois de anos me tratando com vacinas e mais vacinas, jogaram a toalha quando passei a ter reações alérgicas a capim, a famosa “febre do feno”. Há seis anos um espírito que se identifica nos centros espíritas com o nome de Dr. Renato me fez uma “transfusão de sangue”, trocando todo aquele “estragado” que corria em meu corpo por outro são, etérico. Nunca mais tive alergia a absolutamente nada. Desde aquela época que posso dormir tranqüilo, sem acordar sufocando porque minhas narinas estivessem entupidas. Livrei-me do Adnax que usei por mais de quarenta anos. Sem suas gotas pingadas de tempos em tempos em minhas narinas, elas entupiam de modo tão intenso que dificultava até mesmo minha deglutição. No entanto, não somente eu como qualquer médico sabe, que a Medicina não tem remédio para curar alergia. Fui, pois, agraciado com um milagre espírita. E friso que fui curado num centro espírita e por um “desencarnado”. O mesmo que me extraiu um câncer de próstata numa operação espírita; e que me livrou de uma tendinite crônica no joelho da perna direita, adquirida graças à minha vida nos tatamis, da qual nenhum médico tinha conseguido me livrar. E que também me livrou de operar fisicamente minha vesícula que se encontrava entupida com cálculos. E muitas e muitas outras vivências supranormais eu vivi. Por isto, abdiquei totalmente do pragmatismo científico. Passei a aceitar e a crer na existência do que nos parece sobrenatural porque ainda não estamos devidamente evoluídos para compreendê-lo. Hoje, olho com dó os escritos dos doutos que tentam provar inquestionavelmente que tudo se resume ao corpo. Não, o corpo é ínfimo diante do que há além dele e que dele se serve somente como instrumento de uso e descarte. Quem vive com a atenção voltada para ele é como aquele que olha o dedo que aponta a lua e perde, assim, a visão magnífica da abóboda celeste.
E falando em corpo, vou começar pela emoção e sua relação com o sistema glandular e neuronal. Todo ser animal vivo e de sangue quente tem a imperiosa necessidade de um mínimo de emoção para que possa estar desperto, viver e agir no ambiente em que se insere. Quando estudamos nosso sistema nervoso central aprendemos que este “quantum” emocional centra-se, no homem, num substrato neuronal localizado no bulbo raquídeo e conhecido como Sistema Reticular Ativador Ascendente – SRA. Este sistema reticular é o responsável pelo nosso estado desperto. Quando ele é deprimido por drogas ou outros meios mecânicos quaisquer, sobrevém a obnubilação da consciência e o sono. O que mantém o funcionamento útil do SRA são os hormônios noradenérgicos, seratoninérgicos e colinérgicos. Sem a ação hormonal o sistema nervoso ficaria reduzido a muito pouco.
E chego ao que mais importa no estudo da Emoção a partir do organismo: os hormônios. Não cabe aqui dissertar sobre eles, mas cabe dizer que os suprarrenais são importantíssimos no que tange à emoção. E deles, os que mais têm afinidade com a reação emocional são aqueles produzidos pela medula das glândulas suprarrenais, a adrenalina (epinefrina) e a noradrenalina (norepinefrina). A quantidade destes hormônios na corrente sanguínea provoca a variação da intensidade da reação comportamental à manifestação emocional em nós. Muita gente boa confunde isto e acredita que estes hormônios são os causadores da emoção. Nada mais errado. A emoção faz disparar o gatilho que lança no sangue uma quantidade extra de tais hormônios, pois eles preparam nosso organismo para a fuga ou a luta. E a reação emocional depende dos processos sensoriais (neurônios que captam os estímulos visuais, auditivos, táteis etc... e os levam aos respectivos centros cerebrais para serem “decodificados e interpretados”), perceptuais e cognitivos de nossos sistemas psíquicos. Então, o leitor poder ver que, no corpo somente não é possível ancorar a Emoção. Ela vem de algo mais sutil e muito, mas muito mais complexo: o psiquismo. E este depende da aprendizagem. É o que o psiquismo aprende como perigoso ou agradável que vai definir a qualidade da reação emocional da pessoa. Um citadino, se vir um escorpião negro, cujo aspecto para ele é assustador e repugnante, foge esbaforido e gritando de medo. Um silvícola ou um japonês que têm como hábito comer estes insetos, cairá sobre ele procurando capturá-lo. Na primeira pessoa, a visão do escorpião negro eliciou (despertou) uma resposta emocional de medo; na segunda pessoa ele eliciou uma reação emocional de excitação expectante. Eis senão quando a definição do que seja Emoção nos foge ao alcance. Ela não pode ser definida pelo sistema nervoso; ela não pode ser definida pelo sistema adrenérgico; ela não pode ser definida pelos processos cognitivos nem, também, pelos sistemas de aprendizagem. Então, o que diabos é isto? Que é essa “coisa” da qual não podemos prescindir e que pode até mesmo se constituir numa disfunção orgânica e comportamental seriíssima, como é o caso das crises de pânico? Tal qual Sigmund Freud, o maior reducionista que se conhece na área da Medicina e da Psicanálise, teve de apelar quando buscou explicar como se deu a passagem da condição hominídea para a condição homo sapiens de conformidade com a teoria darwiniana, que ele e todos os de sua época adotaram como base para suas teorias, hoje os pesquisadores reducionistas também têm de apelar para conceitos que não lhes agradam muito. Ao chegar a formular a teoria dos instintos o pai da psicanálise engasgou. Os instintos não eram suficientes para explicar a fenomenal transformação de um ser animalizado em uma espécie que evoluiria para terminar dando origem ao mais espetacular destruidor do Planeta Terra – o homem. Era preciso encontrar alguma coisa que servisse de ponte intermediária entre o estágio hominídeo e aquele do homo sapiens. O que seria? Freud teve uma sacada de gênio – o que ele realmente foi. Partindo de uma idéia “maluca” de um tal Dr. Fritz Wittels, idéia que lhe foi apresentada por Sándor Ferencz, segundo a qual a raça humana atual surgiu a partir de uma catástrofe glaciária, quando, obrigado a se erguer sobre as pernas por não mais encontrar a comida ao rés do chão, o hominídeo teria perdido o contato com o que o pai da psicanálise chamou de “regularidade sexual” (ou seja, a regularidade menstrual das fêmeas hominídeas) e, com isso, teria perdido contato com o objeto sexual (a genitália da fêmea). O hominídeo, angustiado, deprimido, teria dado início a todas as psicopatologias fundamentais que viriam a engendrar o psiquismo. Não haveria, então, a sanidade. Todos eles eram angustiados e doloridos, pois foi a dor da perda da regularidade sexual que marcou a ferro e fogo o humano que se revelaria a partir da postura em pé do hominídeo. Freud partiu desta idéia que, para mim, é estapafúrdia, para construir sua teoria na qual somos todos desde sempre psicopatas. A partir daquela “catástrofe” toda a Igreja teórica da Psicanálise surgiu e o francês Pierre Fédida, nosso contemporâneo, lançou as bases da novel ciência da Psicopatologia Fundamental embasado naquele estranho mito witteliano. Como eu dizia, a partir da hipótese aventada por Fritz Wittels e endossada por Sándor Ferencz, Freud elaborou o construto “pulsão”. O que é isto? Pulsão seria uma energia inicialmente nascida dos instintos, mas que deles se teria tornado independente e que passou a gerir todos os processos transformacionais que levaram o hominídeo a chegar à condição de humano. Genialmente Freud deu um “jeitinho” de manter o primado da matéria em sua teoria. A pulsão, ainda que energia, é material e pronto. Em pouquíssimas palavras, isto é a pulsão de Freud.
Por que citei nosso amigo Freud? Porque até ele teve que se render à existência de forças energéticas além do físico, além do orgânico, além da matéria. E digo além do orgânico porque, ainda quando Freud tenha mantido o primado da matéria em sua belíssima teoria, ele não conseguiu determinar onde, em que órgão do corpo humano radica a pulsão. O máximo que os psicanalistas hodiernos conseguem avançar é tão-só até onde o próprio Freud foi: a pulsão, ainda que não obediente ao que lhe deu origem, os instintos, está a eles ligada.
Entretanto, eu lhes digo e não creio que haja quem o negue, nós funcionamos porque somos produtos da energia elétrica. Nem hormônios, nem neurônios, nem músculos, nem ossos nem nada em nós funcionaria se não fosse a energia elétrica. E eis que adentro o terreno do imponderável, pois, conforme citei na piada do início deste artigo, até hoje a Ciência pragmática não tem uma definição objetiva e clara do que seja a eletricidade. Tal e qual como os Físicos, nós, médicos e paramédicos, não temos definição clara e objetiva, concreta, para o que é Emoção. Sabemos, entretanto, que a emoção é sempre eruptiva. Não há emoção que seja calminha, suave. Ela sempre se manifesta como uma erupção súbita. E uma erupção de pouca duração. E isto tem uma razão de ser, a saber: a Emoção se manifesta em um eixo com duas direções. Uma direção volta-se para agredir; a outra volta-se para fugir. A etimologia do vocábulo português “agredir” é latina e vem do termo agregare que quer dizer juntar, aproximar, acoplar. Nosso linguajar vulgar deu ao termo agressão a conotação de bater, surrar, quebrar, violentar. Talvez devido aos caracteres conativos do termo latino. Para quebrar algo ou nele bater precisamos inicialmente de aproximar aquilo de nós. Nos combates circenses de antigamente (e, hoje, nos combates de lutas de competição), era necessário que o combatente fizesse o outro se aproximar de si; ou então, que o puxasse para si a fim de colocá-lo ao alcance de sua arma ou de seus punhos. Esta visão do ato de aproximar, puxar, associada ao termo latino terminou trazendo para o português a conotação que comumente se dá a agredir.
Funcionando nesse eixo – aproximar X afastar – a emoção não pode ser duradoura ou termina por enfarar o organismo onde se manifesta. Tudo bem, meu leitor dirá, certamente você me convenceu do que disse. No entanto, não deu uma definição para o que é Emoção.
Sim, concordo. Não dei. Mas vou dizer o que entendo por emoção no próximo artigo, quando falar de Sentimento. Até lá
NAMASTÊ!

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