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quarta-feira, 2 de março de 2011

QUAL A DIFERENÇA ENTRE EMOÇÃO E SENTIMENTO? (Continuação)

Este é o Átomo Ultérrimo, muito importante
no estudo da Emoção e do Sentimento
No artigo anterior disse quase tudo o que a emoção não é. Digo quase porque provavelmente há outras hipóteses reducionistas que não abordei e que, sinceramente, em meu modo de compreender a Vida e o Homem não vale a pena abordar. Agora, quero trasladar para cá alguns trechos do livro de Manoel Tosta Berlinck, intitulado Psicopatologia Fundamental.
“Na visão freudiana, o estado nirvânico, que corresponderia a uma normalidade edênica, que se encontra descrita no livro do Gênesis, foi perdido graças a uma catástrofe ecológica denominada Era Glacial, em que a crosta da Terra se congelou e o hominídeo sofreu conseqüências tão avassaladoras que foi obrigado a se transformar em humano. Assim, por exemplo, foi obrigado a abandonar a posição quadrúpede e adquirir a posição bípede para alcançar alimentos em arbustos e árvores, já que o verde que nascia rente à superfície da Terra ficou congelado (pg.28). (...) O fator responsável pela humanidade do ser humano, nessa teoria psicopatológica da humanidade, seria a catástrofe, ou seja, a violência que ameaça a espécie vinda do exterior. (...) Sabe-se muito pouco ainda sobre essa fundamental passagem, mas é certo que o rompimento do equilíbrio nirvânico – provocado pela violência da catástrofe – permitiu que o investimento libidinal no objeto (entenda-se genitálias da hominídea) se voltasse para o corpo do primata e começasse a produzir a angústia. A humanidade nasce, então, angustiada, vale dizer, nasce criativa, pois essa angústia inicial é uma tremenda invenção (pg.34). (...) Finalmente, mas não mais importante, a questão filogenética nos remete a um problema da mais alta importância: o da transformação do cérebro em mente, ou seja, como se deu a constituição do psiquismo a partir do cérebro. (...) Edelman (...) argumenta que a mente é o produto de uma evolução neuronal (pg.40). (...) Dentre as numerosas possibilidades de compreensão da psicopatologia, que a teoria psicopatológica da humanidade nos oferece, duas merecem ser destacadas aqui. (...). A segunda refere-se à natureza mesma do psiquismo humano. O chamado aparelho psíquico faz parte, nessa ótica, do sistema imunológico, pois se trata de uma organização que se desenvolve para proteger o ser humano de ataques destrutivos externos e internos (pg.53).” (negritos meus).
 
Por que insisto em tomar o pensamento de Pierre Fédida difundido por Tosta Berlinck para falar de Emoção e Sentimento? Não parece que tenham qualquer relação com este tema, mas têm. Evidentemente não sou louco o suficiente para contradizer totalmente as hipóteses destes dois luminares da novel ciência da Psicopatologia Fundamental, não. Mas não aceito de modo algum as premissas básicas de que se servem para chegar a conclusões brilhantes relativamente à psicopatologia humana. As colocações de Berlinck sobre a angústia são fenomenais, esclarecedoras e muito convincentes. Contudo, Berlinck cita Freud em seus escritos onde considera a ocorrência de um estado nirvânico, de uma normalidade edênica que ele aceita por princípio. No entanto, se tudo é matéria e Nirvana e Éden são conceitos referentes a condições transmateriais, altamente subjetivos, creio que é incoerente aceitar tais conceitos numa teoria que assevera que o cérebro se transforma em mente e esta é o produto de uma evolução neuronal, enquanto o aparelho psíquico faz parte do sistema imunológico. Além disto, desde a vida microscópica até a vida do maior mamífero que atualmente ainda existe no planeta, a vida não passa por nenhum estágio nirvânico. As “catástrofes” estão acontecendo constantemente, sejam elas ambientais, sejam elas por imposição mesma da Natureza, pois uma espécie, para sobreviver, necessita devorar outra espécie. Neste sentido, todas as espécies são doloridas, sofridas e angustiadas. Para mim, que viajei por outras plagas que não aquelas cerceadas pelos sisudos muros das Universidades e que aceito a transcendentalidade do Homem porque a senti em mim mesmo, não consigo compreender os doutores Fédida e Berlinck senão como pessoas que andam na contramão da verdade ainda oculta ao Saber humano. E não é oculta porque esteja sendo assim feita, mas sim porque os cientistas fizeram a opção errada de compreender todos os fenômenos do Universo pela matéria e só na matéria. Eles se deslumbram, neste século XXI cristão, quando descobrem, por exemplo, que há uma ordem ou Lei Universal “misteriosa” que determina todos os fenômenos na Natureza, por menores que eles sejam – veja-se artigo na Scientif America. Assim, a Mecânica Quântica já afirma taxativamente que nada acontece por acaso. No entanto, os budhistas, os teosofistas, os taoístas, os espíritas, os xintoístas e todos os grandes filósofos gregos do passado já afirmavam isto como teorema inquestionável.
Em minha longa peregrinação pelas filosofias não pragmáticas e religiosas, encontro-me, agora, praticando o Taoísmo. Não costumo dizer “sou isto ou aquilo”. Eu sou quem sou e nestes setenta anos de vida bem vividos ainda não me descobri para mim mesmo, o que me deslumbra. Portanto, o máximo que posso dizer é que “estou taoísta”, como já estive  umbandista, xintoístas, Kardecista, teosofista e druidista. Neste momento mesmo em que escrevo este pequeno artigo estou em pleno estado de esquizofrenia, graças a um incidente emocional súbito e violentíssimo que experienciei dentro do Templo taoísta que freqüento, após a reunião, neste último domingo, 27 de fevereiro de 2011. Um choque emocional causado por uma pessoa por quem eu tinha grande consideração e estima de avô para neta, e de quem jamais esperei aquela reação depreciativa e ameaçadora, muito menos que fizesse de mim um juízo aviltante, lançou-me num átimo em esquizofrenia. Para não revidar com uma violência além do imaginável, (considerando meu histórico de vida e minha experiência em artes marciais) eu percebi claramente que havia rachado em dois. Aquilo, naquele momento, desorientou-me e me comportei como alguém abobalhado, desnorteado, que estivesse tentando apagar o sol com a peneira. No entanto, alguém que eu nunca antes havia percebido em mim, imediatamente segurou as rédeas das duas identidades totalmente antagônicas entre si, que se confrontavam dentro de meu insondável Ser. E, embora a experiência tenha sido aterradora, pois senti e percebi claramente quando me biparti subitamente em dois seres antinômicos, pude compreender de modo profundo, agora que me venho observando sofregamente, o que acontece com uma criança de tenra idade (dois, três ou quatro aninhos) que sofre súbito e inesperado ataque censuroso de seus pais ou de um adulto que lhe seja afim. Adultos que lhe tiram de repente o chão de sob os pés e a deixam sem norte. Compreendi o “aarrhhhh” que a criança faz, enquanto inspira com o tronco constrito pela surpresa; e compreendi porque, depois do choque inicial, a criança reage com violência, batendo furiosamente no adulo insultuoso aos gritos de ira. Se a criança subitamente crescesse e se tornasse possuidora da capacidade destrutiva que um adulto amealha no seu processo de amadurecimento fisiológico e psicológico, ela certamente reagiria como um esquizofrênico em fúria descontrolada. Compreendi, também, o sentido de catástrofe que Ferenczi, Freud, Fédida e Berlinck tanto citam em seus trabalhos e  compreendi que não é necessário voar na dimensão tempo-espaço para se chegar a ela. Compreendi que eles têm razão quando tomam um incidente catastrófico como base para o desenvolvimento tanto da Psicanálise quanto da Psicopatologia. A “catástrofe”, contudo, está em nós, no nosso aqui-e-agora, na nossa ontogenia e, não, em nossa filogenia. É aqui que, agora, sei que erram. Somos seres “catastróficos” não porque perdemos objeto libidinal, mas sim porque, em algum momento de nossa educação sócio-familiar sofremos inexoravelmente choques emocionais violentíssimos causados, quase sempre, por pessoas a quem estimamos e de quem nunca esperaríamos uma atitude ameaçadora sem razão, sem fundamento e injusta. A “catástrofe” é de agora, e não do passado avoengo. Sim, estou esquizofrenizado e não terminei indo parar nas mãos de um psiquiatra ou tendo outro AVC porque aquele Eu misterioso conseguiu controlar a situação e usou a mesma pessoa que me feriu como instrumento de controle da fúria assassina que ela me despertara. Agora, estou saindo deste estado apavorante e deslumbrante ao mesmo tempo, tal e qual o faz a criança. Só que esta, depois do ataque de fúria esquizofrênica, tende a entrar em sono comatoso, profundo, do qual, quando desperta, todo o processo de reorganização de sua frágil Identidade já aconteceu. E eu, adulto em todas as minhas dimensões humanas, não necessito da fuga através do sono. Posso fazer isto conscientemente, liberando e encarando minhas fantasias ora assassinas e destrutivas, ora bondosas e construtivas, sem me deixar emocionar por quaisquer delas. Sei perfeitamente que são originadas da violenta reação emocional de ira e servem para aliviar a pressão desta emoção em meu ser social e meu ser fisiológico. Aproveito isto para executar violentos movimentos da arte marcial do Tai-Chi-Tchuen, o que me faz enorme bem á saúde física. Por uma hora, diariamente, depois que todos os meus parentes saem para seus respectivos trabalhos e fico sozinho em casa, pratico os exercícios de Tai-Chi-Tchuen na modalidade wushu. Termino suado, ofegante, com braços, mãos e canelas machucados, mas esvaziado da energia negativa da ira que se esvai lentamente na medida em que eu ataco e destruo adversários imaginários, cujos corpos são as colunas de minha varanda ou o pé de cajá-manga diante de minha casa. Invariavelmente, após os exercícios, sinto-me sonolento e me deixo adormecer por uns quinze minutos, não mais. Desperto distenso e bem humorado. Mais uma vez sou aquele Eu misterioso que não somente controla minhas reações emocionais e psicológicas, mas também as analisa claramente, lançando-me numa profusão de conclusões que temo perder, quando todo o processo de reestruturação de minha Identidade Individual estiver concluído. E isto está acontecendo mais depressa do que eu previa. Por isto, coloco aqui um resumo do que venho vivenciando desde domingo, 28/fev/2011, até hoje, quarta-feira, 02/mar/2011. Uma pergunta que será motivo de estudo futuro de minha parte é a que me faço até agora, quando compreendi que tive uma experiência única, que talvez pouquíssimas pessoas tenham semelhante e pouquíssimas mais tenham conhecimento e acuidade suficientes para aproveita o momento para se fazer seu próprio objeto de observação. E a pergunta é: “Porque esta experiência aconteceu justamente dentro de um Templo Taoísta? Uma vez que nada acontece por acaso, o que algum Buda desejava me ensinar fazendo-me passar por isto ali dentro?” Eu vejo as fantasias paranóides em minha mente, organizando-se e se desorganizando como figuras que as nuvens formam no céu.
A experiência altamente subjetiva me levou até o mundo dos “loucos” e, agora, tenho plena consciência de como eles sofrem e de como tal mundo é terrível. No entanto, sou um homem muito bem treinado pela vida e por meus conhecimentos e, assim, ainda que esquizofrenizado, não perdi contato nem com a realidade externa, dita objetiva, nem com a realidade interna, subjetiva, que já controlo. Neste momento estou três em um. Há uma identidade assustadora, explosiva, impetuosa, disposta a destruir o que quer que a provoque e que é muito difícil de ser controlada. Ela é muito real, muito forte, muito presente em mim e, creio, em qualquer pessoa. Ela é meu animal interior. Há, também, uma identidade totalmente oposta à primeira e que vejo e sinto, tal como vejo e sinto aquela outra. Ela é resistente à violência; repugna-lhe ferir o que quer que seja. É pacífica, é cordata, é dialogativa e tende para o perdão sem cobrança nenhuma. Uma Identidade opõe-se à outra em nosso Ser e o equilíbrio entre elas é tão sutil que me inquieta. Digo nosso e não meu porque estou convencido de que todos temos ambas estas Identidades.
Além das duas Identidades antagônicas, produtos de minhas vivências, minhas aprendizagens e meus condicionamentos nesta vida desde mesmo quando ainda era feto, há aquilo que sou eu realmente. E este “aquilo”, sinto-o e mim e o vivencio desde domingo, é o Senhor que controla aquelas duas oponentes; aqueles dois extremos de meu ser social. Não sei se me faço compreender, pois falo para leigos e para pessoas que, provavelmente, estão muito longe de tal vivência. Mas fui agraciado com ela por alguma razão. E afirmo que Berlinck está correto quando diz que as psicopatologias são “invenções” da entidade humana para se defender de ataques, sejam eles externos, sejam internos. Apenas quero complementar que estas “invenções” também nos defendem de atacar, de destruir. Não fosse a “invenção” esquizofrenia tenho certeza de que minha reação seria ditada pela Identidade Destrutiva, impiedosa, odiosa, naquele momento crítico de violenta explosão emocional de ira quase incontrolável que vivenciei. E não haveria meios de explicar, depois, nos estreitos limites dos juízos de valor da realidade objetiva, a razão de minha explosão destrutiva. Uma vivência como esta, semelhante àquela da projeção astral, não se pode reduzir a funcionamento neuronal, por mais que alguém se esforce para tanto. Pode-se até provar verbalmente que assim é, como se pode provar matematicamente que o besouro não pode voar. No entanto, ele voa. A palavra não nos ajuda a chegar à realidade, porquanto em si mesma já contém sua contradição. É necessário ir além da palavra; além do verbo. É necessário ir à realidade da não-realidade.
Nos estudos taoístas fiquei sabendo que nos laboratórios de pesquisas médicas avançadas na Europa e nos EUA – lamentavelmente o palestrante não os citou nominalmente – pesquisas estão sendo levadas adiante a partir de um fato curioso observado com aquelas pessoas que estiveram tecnicamente mortas por até vinte minutos. O cérebro não estava mais ativo. Todos os sinais vitais haviam cessado. Os olhos estavam embaçados; os cílios do ouvido se tinham aquietado e a bigorna e o martelo, ossículos do ouvido interno que são fundamentais para que possamos ouvir sons, não mais funcionavam. Todo movimento vital cessara em tais pessoas. No entanto, quando retornaram à vida, relataram ter ouvido conversas e visto pessoas executando atos que aconteceram após a morte ser tecnicamente constatada. A pergunta que passou a incomodar os pesquisadores foi: então, quem ouvia? Quem via? Não era aquele corpo já totalmente desativado. Era alguma coisa além dele, mas o quê? Ora, para relatar o que vira e o que ouvira, a pessoa tinha de ter mantido todo o sistema mental e psíquico ativo, logo, ambos não podem ser produtos neuronais, visto que todos os neurônios do corpo do “morto” não mais estavam em ação durante a “morte”. Este fato, que se afirma ter-se transformado em motivo de pesquisa científica, contradiz as hipóteses do Dr. Berlinck e de seu mestre, Fédida.
Eu disse que os doutores Fédida e Berlinck são pessoas na contramão da verdade. E o fiz porque nem daqui a um milênio, acredito eu, qualquer reducionista chegará a alguma conclusão mínima que seja, capaz de validar a tese de que a mente é uma transformação dos neurônios cerebrais, assim como não se provará concreta e objetivamente que o psiquismo é uma extensão de nosso sistema defensivo orgânico. E o mais curioso é que nenhum dos dois cientistas citados aqui se preocupa com o tema deste artigo: emoção e sentimento. Voltam-se todos para duas entidades abstratas que também são tangidas pela emoção, pelo sentimento. Estudam o tronco, mas se esquecem das pernas.
A emoção, como já o disse, não pode ser explicada por qualquer extrato neuronal ou por qualquer sistema glandular, hormonal. Ela os transcende e, para nosso espanto, quando a seguimos além do físico, verificamos que ela também não se origina nos processos mentais, psicológicos. A emoção é fundamentalmente dependente dos processos cognitivos e principalmente destes. Ela, então, arraiga-se na cognição.
Mas o que é a Emoção?
Para responder a esta pergunta é mister que vejamos como se deve compreender o Sentimento. Já ficou patente que nosso corpo é totalmente dependente da energia elétrica. Sem ela, não há a vida manifestada na forma. No organismo, tudo principia com a eletricidade, uma entidade que só tem uma designação absolutamente indefinível: energia. Energia pode ser força física; pode ser produção de trabalho; pode ser atividade; pode ser vigor etc... No entanto, isto são somente formas vernaculares para ampliar o conceito. Não o definem realmente. Similarmente, Emoção é uma manifestação energética que não está restrita ao corpo humano, tal e qual a eletricidade, ainda quando os produtos químicos necessários à manifestação desta (sódio e potássio) estejam nos pedúnculos neuronais.
Com a eletricidade podemos obter calor, trabalho, luz, cor, movimento etc... Basta somente que disponhamos da aparelhagem de que nos vamos servimos para qualificar a eletricidade na modalidade de que estamos necessitados. Devemos transportar este exemplo para a energia conhecida como Emoção. Enquanto a energia eletricidade é material, densa a ponto de atuar em elementos químicos densos, como os ferrosos, a energia emoção é sutil e só se manifesta no organismo físico a partir do sistema psicológico e através dos mediadores hormonais no corpo denso. Assim como a energia eletricidade é encontrada em toda a parte de nosso Universo e em qualquer parte de nosso planeta Terra – no solo, na água e no ar – também assim acontece com a energia Sentimento. Só que esta, quando não qualificada para manifestar-se como reação emocional, permanece em tudo na forma de Sentimento.
A Qaballah judaica nos mostra a formação da “copa” da Árvore Sephirotal como abaixo. Faço uma correspondência entre ela e o que compreendo como a manifestação da Energia Sentimento no Ser Humano.
Sem me prolongar em discorrer sobre a Qaballah, quero somente mostrar que a Energia Criadora de Deus, ou Brahma, ou Aïn Soph Aor que, vindo além da Matéria, inunda o Espaço, é a mesma que se manifesta na Terra na forma de Energia Sentimento. A partir do Sol, que lhe serviria de lente de ressonância, esta Energia fantástica é qualificada para adaptar-se ao nosso Planeta e, neste, novamente qualificada para poder energizar a entidade humana e todas as demais vidas que neste planeta se desenvolvem. Assim, na Terra, a Energia Sentimento se manifesta qualificada em três modalidades específicas, todas absolutamente necessárias à Vida e à Evolução do Espírito encarnado. Considerando o triângulo como o centro energético do Ser Humano, a Energia Sentimento o inunda na qualidade Amor.
Nos ângulos do triângulo estão representados o que denomino de Sentimentos Básicos. Não que sejam espécies diferentes da Energia Sentimento, mas sim que são as três qualificações básicas desta energia cósmica no Ser Humano. A partir delas é que este ser irá evoluir e desenvolver as reações emocionais necessárias às suas respostas comportamentais aos estímulos ambientes. No centro do triângulo está representado o Sentimento Fundamental, aquele que o Ser Humano tem que aprender a desenvolver plenamente durante sua Evolução Espiritual na Terra.
Cada Sentimento Básico gerará de si, em função dos processos  psíquicos e da aprendizagem e vivência individual, uma família de emoções, do seguinte modo:

O sentimento básico Medo gerará a família de emoções que lhe são afins:
            - temor;
            - receio;
            - ansiedade;
            - medo;
            - horror;
            - pânico;
            - terror;
            - pavor.

Evidentemente cada uma destas emoções afins com o Sentimento Qualificado Medo vai eliciar comportamentos que são compatíveis com seu impulso característico, que é o de fuga ou de evitação com vistas à segurança do organismo humano e de seu equilíbrio psíquico. Para tanto, a reação emocional vai necessitar de que o organismo disponha de um bom sistema glandular capacitado a lhe propiciar a base hormonal que lhe permita influir em todo o sistema neuronal e, deste modo, em todo o corpo. Este aperfeiçoamento orgânico acontece no lento processo de adaptação do corpo às solicitações ambientais e psicológicas que estimulam o homem. Adaptação que conhecemos sob a designação de Evolução.

Ora, uma vez que a Energia Sentimento se manifesta vinda de fora do corpo, como é explicado linhas acima, todo o processo de formação, desenvolvimento e aprimoramento das estruturas psicossomáticas de nosso corpo não nascem nele, mas nele são forçadas a surgir e se desenvolver por pressão energética vinda de fora. Por isto, por entender assim a formação do ser humano, não me é possível aceitar o sentido do pensamento científico de que se servem os modernos Psicopatologistas Fundamentais. Para mim o psiquismo não nasce a partir dos neurônios transformados, mas sim a partir de uma estrutura muito mais sutil e muito além desta orgânica que podemos esmiuçar com nossos instrumentos médicos. Ele nasce no Espírito e é criado justamente para que este tenha condições de aprender, julgar, escolher, decidir e crescer em conhecimento e sabedoria. Claro que este psiquismo desaparece com o falecimento da pessoa, o que significa que a Mente Social também falece. Mas há uma outra mente, a imortal, a espiritual, que não se acaba quando a vida deixa de habitar o corpo e que leva consigo toda a experiência que adquiriu através de seus instrumentos de aprendizagem – o corpo e seus sistemas, o psiquismo e seus processos e a Mente Social Mortal, que engloba ambos os dois anteriores.

Este artigo e o anterior foram escritos para dar uma resposta alternativa ao meu leitor Raul Ivan Espinosa. Espero que eu lhe tenha aberto uma porta interessante para continuar seus estudos, assim como eu o faço.

NAMASTÊ!

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