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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O NARCISISMO NO FILHO OU FILHA CAÇULA

Apesar de unidos, haverá sempre uma medida
de forças entre um homem e sua parceira
"mulher-Afrodite".
Vou falar, também muito superficialmente, sobre a criança caçula. E quero começar recordando a Psicologia Individual, criada por Alfred Adler. Segundo a Teoria de Adler, a criança caçula é a aquela mais mimada da família. Depois do primogênito, é a mais provável candidata a se tornar uma criança-problema e um adulto neurótico desajustado.
Segundo a Psicologia Individual, de Alfred Adler, o filho mais novo representa geralmente um tipo especial, um filho privilegiado e tratado com maior solicitude, maior mimo. É o mais novo, o menor, o mais necessitado e cresce mimado por pais e irmãos que, mais velhos e independentes, ganham superioridade ao mantê-lo em posição de inferioridade. Esta é uma “guerra” silenciosa entre o caçula e os outros. O caçula nunca aceita de bom grado ser mantido na posição de inferioridade e luta denodadamente para superar seus irmãos.  Pode ser mimado, superprotegido, mas nunca é destronado de sua posição, tal como acontece com o filho único. Tem, no entanto, irmão com quem competir e luta para superá-los; isto pode levar a fortes sentimentos de inferioridade e despertar a competitividade acirrada, assim como o desejo de provar que é tão bom como os outros e capaz de fazer tudo o que eles fazem. Até melhor. Por isto o filho caçula, com muita freqüência, é definido como o mais arteiro do grupo. Rebelde, “nariz arrebitado”, independente, são alguns cognomes que lhe dão os demais membros da família, os quais, por isto mesmo, cerram fileira ao redor dele para “protegê-lo”.  Algumas crianças mais novas tornam-se os mais bem sucedidos membros das suas famílias. Munidos de uma enorme motivação para superar os irmãos, são descritos como lutadores, só se mostrando satisfeitos quando obtêm a vitória. Aliás, perder é um verbo que o filho caçula não aceita de modo algum. Há também entre os filhos mais novos aqueles que, mantendo o desejo de superar os outros, não possuem a atividade e confiança necessárias para o fazer. Fogem, então, dos seus deveres e tornam-se medrosos; adotam uma ambição que os força a evitar situações que testem as suas capacidades e envolvem-se noutras situações que se desviam das necessidades da vida. Agem como se tivessem sido abandonados e transportassem um torturante sentimento de inferioridade.
Filho Primogênito – na visão de Adler, o primogênito recebe muita atenção até o advento do segundo filho; o primogênito, então, percebe-se destronado de sua posição privilegiada e, pior, percebe que precisa dividir a afeição dos pais com o novo bebê. Tal vivência pode condicionar o filho mais velho de vários modos, tais como odiar as autoridades, agir proativamente com vistas a proteger-se de súbitos reveses do destino e, em todos os casos, sentir-se sempre inseguros.
OBS: Os neuróticos, os criminosos, os bêbados e os perversos, observa Adler, geralmente são primogênitos. Se os pais manejam sabiamente a situação preparando a criança para o aparecimento de um rival, o primogênito tem maior probabilidade de transformar-se em uma pessoa responsável, protetora, capaz de aceitar os irmãos posteriores sem traumas.
O segundo filho, ou o filho do meio, caracteriza-se por desenvolver muita ambição. Devido à sua posição de inferioridade diante do mais velho, mantém-se constantemente buscando meios de superá-lo e, com isto, mobiliza seu “Narciso interior” no sentido de se esforçar para conseguir ser o melhor e o mais perfeito. Tende a ser rebelde e invejoso, mas de modo geral é mais bem-ajustado do que o primogênito ou o caçula.
O caçula é o filho mimado. Seu “Narciso interior” já cresce recebendo forte reforço positivo quanto às suas belíssimas qualidades. Devido a isto, depois do primogênito é ele o mais provável a se tornar uma criança-problema e um adulto neurótico desajustado.
Já na visão de David Laing, ao fazerem atribuições a seus filhos, os pais tendem a seguir uma regra que ele chama "das três atribuições básicas". Se têm três filhos, os pais usualmente buscam fazer de um deles, geralmente o mais velho, a criança prodígio. Outro filho, provavelmente o segundo, será treinado para ser responsável e prestativo, útil à família sob variadas formas. Outro, possivelmente o terceiro, será treinado para ser o filho difícil, podendo no entanto ser charmoso e desligado, ou repulsivo e estúpido, ou mesmo o bobo da família. Essa ordem pode, é claro, ser modificada e, no caso de mais filhos, diluída e cada posição compartilhada por dois ou mais.
Evidentemente, as teorias estudadas no Brasil foram elaboradas dentro de culturas milenárias, como a Européia, ou dentro de uma cultura nascente — a norte-americana — que traz consigo não somente a tradição européia, através dos antigos colonizadores daquela parte da América, mas também a mutação sofrida pelo grande desenvolvimento tecnológico que passou a ter após a Segunda Grande Guerra Mundial. Embora já despontem alguns tímidos Doutores em nossos canteiros das psicologias, das psiquiatrias e das psicopatologias, tudo ainda se embasa no conhecimento europeu para o europeu. É verdade que o mundo está-se globalizando rapidamente e as culturas estão-se nivelando por baixo, como sói acontecer em fenômenos sociais deste tipo. Mesmo assim, nossa incipiente cultura brasileira possui nuances que diferenciam substancialmente o pensar e o agir de nosso povo daquele europeu ou norte-americano. Sabemos que a Psicanálise supõe que suas hipóteses são universais, ou seja, valem para qualquer tipo de pessoa em qualquer tempo e em qualquer cultura e a Psicopatologia nascente aceita esta premissa, mas se nos dedicamos a ler também as hipóteses dos paleontólogos e antropólogos culturais vemos que nem tudo o que a psicanálise supõe é válido para muitos povos. Há, indubitavelmente, premissas que são consistentes em quaisquer culturas, mas isto não valida a psicanálise para todas as culturas humanas. No Nordeste brasileiro, por exemplo, as famílias não se preocupam em fazer do filho mais velho o garoto prodígio, não. Geralmente procuram realizar nele, a frustração de pais ou avós. No meu caso, por exemplo, meu avô materno era católico carola e queria um membro da família como padre. Eu era o primogênito e fui escolhido, contra minha vontade, para me tornar padre. Graças ao meu pai, que não era um cristão convicto e era praticante de ocultismo, terminei encontrando um meio de pular fora daquela arapuca. Os nordestinos, pelo menos os de minha época (décadas de 40 a 60) preocupavam-se, sim, em transformar o primogênito rapidamente em mais dois braços fortes ao lado do pai para sustentar o restante da família, que ainda continua sendo numerosa. Desde cedo ele recebia doutrinamento no sentido de cuidar da família na falta do pai. E tão logo o filho do meio atingisse a idade de também poder trabalhar arduamente, seguia os passos de seu irmão mais velho, a mesma coisa acontecendo com os filhos caçulas. No entanto, as filhas mulheres tinham, e creio que ainda têm, alguns privilégios. Elas eram — e creio que continuam sendo — criadas para casar. Este é o ponto norteador da vida das nordestinas. Agora mais enfraquecido, mas inda forte na subcultura daquelas paragens. É raro, porém, nos dias atuais, famílias matriarcais. Geralmente o macho dominante manda e o resto obedece. Entretanto, aqui e ali podemos deparar-nos com matriarcados familiares em famílias nordestinas. Algumas migraram para os grandes centros urbanos, como São Paulo ou Rio de Janeiro, mas o regime matriarcal nunca se desfez. E tais famílias são fechadas para o exterior. As festas que dão são estritamente do grupo familiar. Quase nunca se irá encontrara estranhos dentro delas. Por serem quase sempre famílias com vinte, trinta ou mais familiares, entre irmãos, primos, primas, sobrinhos, sobrinhas etc... o núcleo familiar não precisa de ninguém de fora para perturbar a tradição e o modo de ser do imenso matriarcado.

Outro ponto de grande diferença entre nós e os europeus ou norte-americanos é no que tange ao calor humano. Somos muito mais emotivos e muito mais apegados aos nossos familiares, com destaque para as mulheres de nossas famílias. Ainda vige entre os nordestinos (e creio que também entre os nortistas) a idéia de que a mulher deve sempre ser protegida pelo homem. As irmãs de homens nordestinos quase sempre se sentem sufocadas por eles, que as vigiam de perto e são muito “caretas” no quesito liberdade com o corpo. Quando um estranho se aproxima de uma jovem nordestina, todos os seus parentes se eriçam e se aproximam com desconfiança e dispostos à briga em defesa da fêmea que se encontra em risco de ser “raptada” pelo “alienígena”. Claro está que neste mundo em processo de globalização rápida, muito deste modo de ser dos nordestinos mudou radicalmente e as mulheres daquela região, mormente as moradoras em cidades mais populosas ou transformadas em cidades turísticas, o comportamento tanto do macho quanto da fêmea nordestina equipara-se rapidamente àquele dos adventícios. Mas sempre subjaz a tradição da terra, o que mantém o nordestino, neste momento de transição, em um terreno inseguro, onde ele tem de apresentar “duas caras”. Uma, para o estrangeiro e para o Governo verem; a outra, mais recatada, mais reprimida, para o povo do local se sentir irmanado e ainda preservado da invasão de costumes que são considerados “devassos”. Por exemplo: em muitos núcleos familiares nordestinos, homem casado que namora uma mulher fora de casa é safado e deve ser radicalmente evitado pelas moças dos demais núcleos familiares. E mesmo que o “safado” se separe da sua consorte, ainda assim continuará sendo considerado “safado” e um ser que não presta para outra moça “direita”. Se aprontou com a primeira, certamente vai aprontar com a mocinha da família, também. Entretanto, em que pese o “avanço cultural” das famílias nordestinas, a criança caçula de família numerosa matriarcal representa um tipo especial, privilegiada e tratada com a maior solicitude. Suas vontades raramente são contrariadas e ela sempre é elogiada por todos: irmãos, irmãs, tios, tias, pais, primos, cunhados, cunhadas etc... Quase sempre é a criança superprotegida do grupo familiar. Nestas condições, ao mesmo tempo em que se sente “a rainha da cocada preta”, também se sente sufocada e procura lutar com todas as forças para escapar desta posição de inferioridade. Não luta como lutaria um macho, mas sim servindo-se das artimanhas femininas, muitas aprendidas pela observação do modo como a matriarca domina o clã. Devido a isto, termina por se tornar exímia em fugir de situações onde possa vir a se sentir aprisionada, cerceada em sua liberdade de ser e de fazer. Se se tratar de menina dentro de um grupo onde predominam irmãos homens, ela se tornará exímia em observar seus “adversários” para poder aproveitar suas fraquezas e, assim, atacá-los de modo seguro. E se pertence a um grupo familiar onde a mãe é a matriarca todo-poderosa; a que manda, determina, orienta e distribui tarefas e trabalhos a todos; a que decide o que seus filhos devem fazer; a que se serve de sarcasmo e de ferinidade quando deseja humilhar ou desfazer de alguém; a que procura dominar pela culpa; a que controla tudo com mão de ferro e palavras de veludo, então, a caçula introjeta aquele modelo materno e no futuro seu comportamento tenderá a ser muito semelhante ao de sua mãe.
 Verificando o “Narciso interior” de uma criança feminina nas condições acima – o que não é raro, ao menos em nosso país — vemos que ele, o “Narciso interior”, é um verdadeiro pavão. Ele é mais que bom; é mais que perfeito; em um menino, ele é verdadeiramente o Deus Apolo, o senhor da Beleza; em uma menina, ele é a Deusa Afrodite, também a Deusa da Beleza. E se é um deus ou uma deusa da beleza, então, nada pode haver acima dele. Nesta beleza se inclui a perfeição em tudo e a posse de tudo. Ninguém possui nada que não lhe pertença. Se há alguém que tenha algo bom e que esteja ao lado da mulher-Afrodite, ela envidará todos os esforços possíveis para tomar aquilo para si, mesmo que não valorize tanto aquele objeto. Note o leitor que não estou tomando o substantivo Narciso como um ser verdadeiro, não. Apenas busco tornar mais leve a compreensão do processo narcisista em cada pessoa, processo sobre o qual já falei em artigo anterior.
 A “mulher-Afrodite”, que já foi uma “criança-Afrodite”, é uma guerreira tenaz no que toca ao que lhe interessa. Mas tem um defeito: quando consegue tomar do outro o objeto de sua cobiça, este perde valor. Mas ai de quem ouse disputar o que já lhe pertence. Mesmo que ela não valorize mais aquele objeto, levantar-se-á em armas para defender aquela posse. E sendo uma “mulher-Deusa”, é implacável em sua ira. Ela é capaz até de realizar “sacrifícios” aparentemente altruísticos para defender sua posse, mas isto é aparente. A “mulher-Afrodite” luta movida pelo seu “Narciso interior” e seu objetivo, do qual não tem nenhuma consciência, é tão-só não permitir que o “lago espelho” escape ao controle de Narciso.
O Narciso-interior de uma menina mimada integrante de uma família numerosa torna-a incapaz de dar. Ela também não sabe receber, pois quem recebe tem para com o doador uma reação de gratidão e isto não faz parte da menina com um “Narciso interior” inflado ao extremo. Um Narciso hipertrofiado leva o Eu da criança a se acreditar não necessitando de nada e ser merecedor de tudo. Ela, enquanto pessoa, é irritante porque sempre se mostra superior a todos e a tudo. Exige que se lhe dê o de que precisa, mas quando recebe ignora solenemente aquele que deu, pois, aos olhos de seu “Narciso interior”, ele não fez mais que sua obrigação. E se há alguém que seja reconhecidamente superior a ela é imediatamente atacado com frases sarcásticas e ferinas, que contêm sempre uma mensagem oculta de diminuição do valor do outro. Só uma estrela pode brilhar onde se encontre o Narciso-interior de uma menina-Afrodite: a sua estrela.
Quando uma adolescente-Afrodite deseja um objeto, arrosta qualquer situação e enfrenta qualquer um. E se há um objeto que é desejado por outras pessoas no ambiente onde uma adolescente-Afrodite se encontre, ela imediatamente entrará na disputa e se servirá de todos os artifícios de que possa dispor, além de seu enorme cabedal educacional no núcleo da família matriarcal de onde provém, para ganhar aquela disputa. Afinal, ali onde ela se encontra, só a sua estrela deve brilhar... E será assim na adolescência e na idade adulta. Torna-se cega para seus próprios defeitos e suas feiúras. Não, de modo algum ela aceita estar errada. Se tem boa instrução, torna-se hábil em se servir das palavras para entortar o significado dos fatos ou das mensagens e voltá-los contra o outro e a seu favor. Uma adolescente-Afrodite, assim como a mulher em que se vai transformar, tem uma boca enorme, mas ouvidos pequenininhos.
Uma jovem egressa de uma família matriarcal, com seu “Narciso interior” inflado, é esperta, impulsiva, teimosa, tenaz na perseguição daquilo que quer. No entanto, só valoriza a si mesma. Só ela é perfeita; só ela pode ter tudo; só ela pode ser tudo. Quando, finalmente, obtém aquilo pelo que lutou ferozmente, se “aquilo” é uma pessoa, desdenha-a e passa a batalhar para transformá-la em mais um “lago” para seu inflado “Narciso interior”. A jovem assim formada não faz nada que não seja para engrandecer dentro de si mesma seu “Narciso interior”. Ainda que não tenha qualquer consciência disto — visto que consciência é Eu e este desconhece o que vai pelo escuro mundo da inconsciência — justamente por isto é que não escapa de ser um instrumento daquele deusinho tirânico. Este, tem que se ver bonito nos olhos dos outros que cercam a adolescente-Afrodite e se isto não acontece a briga é imediata, tirânica e sem tréguas.
A “mulher-Afrodite”, resultado de uma adolescente-Afrodite, se é egressa de uma família matriarcal, tem altíssima probabilidade de jamais conseguir escapar ao domínio tirânico de seu “Narciso interior”. Nunca experimentará a verdadeira felicidade no matrimônio, pois seus filhos serão criados sob regime matriarcal e ela passará às filhas a desgraçada herança da tirania que é característica de toda matriarca. E seu marido tem que se curvar ao império do Narciso interior da mulher-Afrodite, pois, se resistir, será atacado sem tréguas “em pensamentos, palavras e obras”. Os ataques se embasarão nos conceitos e preconceitos sociais; nas crenças e costumes adotados pelo grupo familiar de origem da mulher-Afrodite, pois, afinal, é dali que lhe vêm todos os padrões de comportamento internalizados. E como a mulher-Afrodite nunca desenvolveu uma Identidade somente sua, mas a teve criada segundo o molde materno, ela se apegará “com unhas e dentes” a tais conceitos, pois sem eles se sentirá perdida no norteamento de sua vida.
O casamento de uma “jovem-Afrodite”, se não acontece segundo o que a matriarca tinha traçado, é um verdadeiro parto. E se o pretendente é desgraçadamente um desquitado, separado, divorciado etc... com filhos, o bicho pega pra valer. Todo o clã da matriarca se levanta em guerra para barrar a entrada do alienígena “safado” na família. Os machos gerados em famílias nordestinas brasileiras e criados no sistema que vigia nas décadas de 1900 a 1970, são muito incentivados a se impor através da força, se não conseguirem através de um diálogo que na verdade é curto e monossilábico: “Chispa daqui!” Mas uma coisa fica bem claro: eles são os machos do clã, portanto, compete-lhes o zelo pelas jovens futuras matriarcas no quesito namorado. Qualquer pretendente tem de primeiro preencher as expectativas da matriarca. Depois, durante o período de namoro, tem de aprender a curvar a cabeça para a matriarca e a paparicar as “matriarquinhas”, senão...
É tolo aquele que acredita que ganhou uma jovem futura matriarca. Elas jamais são ganhas pelos zangões da espécie. Elas são aquelas que os escolhem e são as que furiosa e ardilosamente os defenderão perante o clã. Sem esta defesa, nenhum pretendente conseguirá levar “a prenda”.
Felizmente, para o brasileiro em geral e para o nordestino em particular, as famílias matriarcais estão sumindo e em breve serão somente folclore. A globalização nivela tudo por baixo. Em futuro não muito remoto — se é que a humanidade ainda terá futuro — haverá uma única cultura para todos os países. A cultura daquela nação que tiver invadido o máximo de povos e neles tiver implantado seus costumes, seus modos sociais de viver, interagir, pensar, legislar e agir. Até agora, vai disparado na frente o povo da América do Norte. Mas a China despertou e vem que vem... Seguuuuurrraaaaa, americano! O garanhão xucro que chamamos “Mundo” está difícil para alguma nação se manter em seu lombo por muito tempo. E você, peão do Norte, já está com os fundilhos bem gastos e doendo muito, não é mesmo?
A “mulher-Afrodite”, no fundo, é a mais infeliz dentre as demais. Não lhe é permitido enxergar nada que não seja seu reflexo no “espelho” que tenha arrebatado para si. E geralmente estes “espelhos” terminam sem brilho, opacos, quando não se quebram de vez. “Esposas ideais”, elogiadas por quantos venham a conhecê-las “de longe”, isto é, sem nenhuma penetração no núcleo familiar destas pobres mulheres, na verdade elas são infelizes seres humanos quase sempre fadados à infelicidade e a ser a causa da infelicidade dos membros das famílias que venha a gerar. E este sofrimento árduo é infernal se ela arrasta para seu lado um homem que não aceita sela, cabresto, espora, relho e bridão da sua consorte. Ambos viverão numa dura medida de forças até que se separem ou até que morram. Ela, jamais desistirá de reeditar seu núcleo familiar de origem; ele jamais se deixará montar por ela...
NAMASTÊ!
 


 

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