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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ATENÇÃO ÀS NOTÍCIAS DA GLOBO

Há muitos parentes dele
no Poder...
“Está aberta a temporada de estágio”, diz a repórter da Globo, “mas as empresas não conseguem preencher as vagas. Falta mão-de-obra qualificada”. Semana passada a notícia era que as empresas estavam com milhares de vagas, mas não conseguiam mão-de-obra qualificada para preenchê-las. Já se pensa até em importar mão-de-obra do exterior. O que os repórteres da Globo estão querendo transmitir com estas notícias alarmantes? Bom, que há alguma mensagem oculta, há. Mas vamos deixar as segundas intenções globais e vamos relembrar um passado recente do Brasil. Quando os militares assumiram o Poder, o Brasil não tinha mão-de-obra qualificada nas tecnologias que, naquela época, eram de ponta – ao menos para o Brasil. Foi o caso, por exemplo, da Engenharia de Telecomunicações ou da Engenharia de Petróleo. Nem por isto se pensou em ir buscar mão-de-obra estrangeira. Como as empresas da época solucionaram o problema? Elas pagaram a especialização de que precisavam. Até para o exterior eram mandados empregados de empresas brasileiras para aprendizagem e aperfeiçoamento dos conhecimentos necessários. Se compararmos a situação do pensar empresarial de anos atrás com o pensar atual, vemos que as empresas globalizadas querem que a pessoa se aperfeiçoe às próprias expensas. Não querem investir um único centavo no treinamento e no aperfeiçoamento da mão-de-obra. Contratar neófitos na profissão, pagar pelos seus estudos e correr o risco de a concorrente tomar o empregado pronto? Nem pensar! Mas acontece que este risco é desde sempre e em qualquer país do mundo. É a famosa concorrência e a tão cantada competição de mercado. Por que estranhar? Além de pagar um salário aviltante – R$ 5.000,00 para engenheiros formados – há a usura quanto ao treinamento de pessoal, imposta pela filosofia neoliberalista do Lucro absoluto e voraz. E eu pergunto: haverá engenheiro civil, de petróleo, de construção, de computação etc... no exterior que deseje vir para o Brasil para ganhar miseráveis R$ 5.000,00 por mês? Duvido! Então, que negócio é esse de importar mão-de-obra estrangeira? Para tanto, a indústria interna terá de desembolsar salários polpudos. Por que pagar tais remunerações a estrangeiros, quando se pode perfeitamente investir no empregado brasileiro?
Ah, sim. Há o problema gravíssimo da banalização do conhecimento universitário. Este, virou mercadoria de venda à granel. Há universidades pipocando por todo o país, cujo nível de ensino é profundamente duvidoso. É realmente péssimo, para ser realista. Alunos mal preparados desde mesmo o ensino fundamental – onde passam de ano ainda quando sejam reconhecidamente incompetentes para isto – até o ensino superior pululam por todo o país. E haja ENEM e outros absurdos que tais. Medidas paliativas que oferecem excelente escudo para ocultar os incompetentes administradores públicos. E o Brasil continua um país de faz-de-conta. E de burros, temos de confessar. Ou são burros, ou são mancomunados com os poderosos lá de fora, pois importar mão-de-obra especializada em detrimento do preparo e do aproveitamento da mão-de-obra interna é burrice ou coisa pior. Tem alguma coisa fedendo a podre no reino do PT... A propósito, os escândalos políticos não diminuem. É uma praga pior que a dengue. Todo dia, em municípios diferentes de Estados também diferentes, vereadores e prefeitos são “encanados” por roubalheira. Mas os senhores juízes, que não pensam senão segundo o estrito determinante da Lei que é criada pelos próprios criminosos de colarinho branco, logo os mandam soltar e tudo volta à “anormalidade”. E grande parte dos corruptos escandalosos é do PT. Hummm.... Será que trocamos seis por meia-dúzia? Os acobertamentos do PT levados a efeito no Governo Lula, como os desastres que ocorrem dentro do famoso Programa de Aceleração do Crescimento que nunca são noticiados e, quando são, sofrem distorções, irão continuar no Governo Dilma? Eu creio que sim...
Onde está a UNE? É tempo de se organizar para ir à luta. Afinal, os jovens estão despendendo rios de suor e dinheiro; estão desperdiçando anos preciosos de suas vidas freqüentando universidades pobres em conhecimento e em professores de alto nível, tudo para se formar e, quando formados, se sujeitarem a ouvir  estas notícias aviltantes... É inadmissível. É tempo de ir bater à porta do Ministério da Educação e chamar a atenção do Senhor Ministro. Afinal, ele está ali não é para esquentar a espetaculosa cadeira que lhe deram com o nosso dinheiro, não. É para batalhar por uma Educação real, digna, de alto nível para nossos jovens. É para que lute por nossos estudantes e defenda nosso mercado de trabalho. E aí, Sr. Ministro da Educação, o que nos tem a dizer?
O Brasil se esboroa, agora sob uma nova direção. A língua brasileira está em frangalhos. Coisas como “cinco delas”; “dar um tapa nelas”; chega delas”; “filha delas” etc... vão para o ar e envenenam o linguajar do brasileiro, empobrecendo-o e enfeando terrivelmente nosso falar. O Brasil, em seu idioma, ficou reduzido ao emprego de DELE e DELAS somente. Seu, sua, sumiram da Gramática. Ao menos aquela falada. O gerundismo veio para ficar e o Servidor Público, assim como os repórteres de TV, usam e abusam dele. Advogados não sabem escrever português e não sabem fazer-se entender. Há coisas escritas por advogados com OAB e tudo, que é de pasmar. A mesma coisa se pode dizer de médicos, professores, escritores, servidores públicos, empresários, políticos etc... Está tudo no lixão da Gramática Nacional. E o Sr. Ministro da Educação, o que faz? NADA! Esquenta a cadeira caríssima comprada com nosso dinheirinho suado para sua bunda flácida...
E certamente, ao ouvir na TV que os empresários brasileiros (e estrangeiros no Brasil) pensam em mandar importar mão-de-obra especializada, apenas suspira com desânimo. E olha que ele tem o poder nas mãos! Gente, estudantes, acordem! Isto é a invasão que o estrangeiro tanto desejou fazer ao Brasil. Só que, agora, em vez de marines, virão através da incompetência acordada (de acordo) nacional. Eu já ouvi esta mesma história no tempo da construção da EMBRATEL. Os norte-americanos, para concordar em nos vender as poderosas antenas de transmissão via satélite, exigiam que a Diretoria da EMBRATEL, por cinqüenta anos, renováveis por igual período, fosse de norte-americanos e todos os cargos de chefia, até o nível de seção, também fossem ocupados por norte-americanos. E eles teriam direito a férias semestrais, com toda a família, pagas pela Empresa e para ser gozada em qualquer país do mundo. Absurdo? NÃO, VERDADE. Pena que a memória da EMBRATEL foi varrida do mapa... Mas o que acontece com as concessionárias dos serviços de telecomunicações? Quase aquilo que eles queriam. Agora, a invasão está a pique de ser realizada e com sólidos fundamentos. Desta vez com a oportuna ajuda de políticos “burros” que não têm capacidade de ver a desgraceira em que está o ensino brasileiro (ou será que me engano? Acho que sim...).

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