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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

RETORNANDO À TEOSOFIA


Imagine a Mônada Humana como um Gigantesco
Balão do qual gotículas se desprendem, mas
permanecem a ela ligadas pelo Sutratma, o fio de ouro
constituído de Matéria Espiritual.

Vamos novamente fugir do quotidiano monótono, transitório, decepcionante e vazio de alegria, de felicidade, de paz. Este quotidiano que absorve a vida e as atenções, os desejos e os anseios de gente como políticos e aplicadores em bolsas de valores. Um quotidiano que se apaga tão logo a pessoa que vive para o Mâyâ e pelo Mâyâ, coloca a cabeça no travesseiro e dorme. Vamos retomar nossos vôos por plagas incertas, brumosas, distantes de nosso dia-a-dia e tão intrínsecas ao nosso Ser que não somos capazes de perceber sua presença. Falo do Ocultismo, que por momentos deixei para mergulhar na intrigante e decepcionante política brasileira e mundial.


Vamos voltar ao início de tudo, quando a Mônada Mineral é chamada à ação, tão logo o Plano de Matéria Sólida ou Plano Tridimensional está pronto até o Subplano Etérico. Neste, como já vimos, muitos seres perambulam afanosamente nos Globos existentes. E entre tais seres, estão os modelos que os Pitris lunares criam seqüencialmente, moldando as gotas monádicas da Mônada Humana, na tentativa de encontrar uma forma perfeita para a encomenda divina. Depois de muitas tentativas, os Barhishads e os Agnishvattâs conseguem encontrar a forma desejada. O fantasma astral-etérico do homem recomendado pelo Criador está pronto. Deve, então, ser enviado para a longa caminhada evolutiva através do longo sofrimento da aprendizagem no Mundo de Trevas de como ser um Deus no Plano Divino. E este Mundo de Trevas cabe à Mônada Mineral criar.
Vimos que os Pitris Agnishvattâs são os que mais se sacrificam, pois retornam ao Plano Denso naqueles “fantasmas” habitando um casulo conhecido como Corpo Egóico. Por serem muito adiantados em evolução e por terem atingido o grau de Iniciados (Ahrats e, alguns, até mesmo o grau de nirmanakaya) na Cadeia Planetária Lunar, onde evoluíram por uma longa seqüência de manvantaras e pralayas, funcionarão por muitos manvantaras e muitos pralayas na Cadeia Planetária Terrestre como a Consciência Divina e o Verdadeiro Deus para os humanos em criação. Todos os apelos desesperados; todos os rogos; todas as preces que os humanos dirigirem a Deus, mesmo que pensando num Deus antropomórfico perdido em algum lugar entre as estrelas, não passarão além do Corpo Egóico. Somente serão ouvidos pelo Ahrat que habita este corpo que lhe é próprio, e cabe a este Ahrat atender ou não, ao rogo, à prece ou ao pedido e só o fará se o pedinte possuir merecimento diante daquele Juiz.
Como é que as preces e os rogos do homem chegam ao seu Ahrat? Esta é uma pergunta bem oportuna e muito importante por sua resposta.
Claro que não basta apenas mover os lábios ou direcionar o pensamento para o que é desejado. Também não basta que tal pedido seja feito somente durante os momentos de aflição gerados pela vida mayávica do sofredor. É preciso que a intensidade da prece, do ato devocional, tenha força suficiente para fazer vibrar o finíssimo “cordão de ouro” denominado Antakarana. Este fio de matéria búdica dourada, que liga a glândula pineal, no cérebro físico-denso, ao Corpo Egóico, no Ovo Áurico, onde habita nosso “Deus interior”, quando vibrado, desperta a atenção do Ahrat que ali habita e este se volta, então, para pesar, medir e julgar o merecimento daquele que pede. É, então, através do mesmo cordão de ouro, que a resposta é enviada ao cérebro e a todo o Sistema Energético daquele que rogou por ajuda. Este Sistema Energético está ao redor do sistema de cérebros físico-etérico-astral-mental e constitui um processo sistemático de força tal que pode interferir com aqueles fenomênicos ao redor de quem teve merecimento, alterando-os e os redirecionando ou reorganizando para a realização do bem solicitado. É assim que se explicam as “curas milagrosas” de doenças que a Medicina pragmática julga sem salvação; que se explicam os súbitos “insights” que levam o pedinte a safar-se de situações angustiosas; ou que se explicam as mudanças de fenômenos geológicos ou climáticos, como a cessação da seca em uma região castigada por um verão inclemente que, subitamente, se vê dessedentada por uma chuva benfazeja, atemporal e não prevista.
Notem que eu frisei que o Antakarana é constituído de matéria búdica. Notem, também, que já foi dito por mim que só temos ativado a matéria até os quatro subplanos da Divisão Inferior do Plano de Matéria Mental de nosso sistema cerebral. Só para recordar: O Plano de Matéria Mental é dividido em duas partes. A primeira parte comporta os quatro subplanos de Matéria Mental Inferior, onde geramos nossos pensamentos rûpa ou com forma (IMAGENS MENTAIS). A segunda parte comporta os três subplanos de Matéria Mental Superior, onde geramos nossos pensamentos arûpa ou sem formas. Estes pensamentos são aqueles devocionais, científicos ou filosóficos que não se expressam através de formas idealizadas. São difíceis de tradução – como é o caso da matemática superior, científica; ou o caso das filosofias altamente desenvolvidas, simbólicas.
A maioria esmagadora da humanidade apenas consegue servir-se dos quatro subplanos inferiores do Plano de Matéria Mental. Só uma pequena parcela ativa os três subplanos superiores desta Matéria. E são muito, mas muito escassos, os que conseguem fazer vibrar por devoção a matéria búdica do Antakarana. Por isto os “milagres” são raríssimos.
Adiantei o assunto acima, de grande interesse para os religiosos que vivem perguntando “como? Por que?” e seus pastores, padres, babalorixás, rabinos, aiatolás etc... não sabem responder, para mostrar o quanto o Ahrat tem de esperar até que o homem criado por eles atinja a condição de fazer uma comunicação rápida com seu íntimo, seu Corpo Egóico. Só quando isto for possível, o Ahrat poderá, finalmente, abandonar o Corpo Egóico e seguir seu caminho, pois o Homem desejado pelo Criador estará pronto. Nestes tempos ditos pós-modernos (Séc. XXI cristão) a humanidade está mais materialista e reducionista que nunca. Vive totalmente voltada para o Mâyâ, a Ilusão ou, como bem o diz a Qaballah, a Vaidade. Com isto, prioriza a Mente Mortal, o Intelecto, em detrimento da Mente Imortal. Até que ultrapasse este estado de fascinação material vai demorar muito.
Agora, que lhe dei o que pensar para ampliar sua dimensão mental sobre sua enorme grandeza e para compreender que os milagres são perfeitamente compreensíveis e naturais, quando vistos de uma dimensão acima do Mâyâ, vamos retornar ao Princípio.
Pronto e acabado o fantasma do Homem, o Châyâ, era necessário que ele se revestisse do manto de pele, como diz a Qaballah. Era necessário que finalmente sofresse a queda na Matéria Densa, como simbolizado na Bíblia cristã e desse origem ao Manushya, o homem adâmico. Ele, enquanto Châyâ, já havia caído na geração, isto é, já havia sido dividido em duas polaridades complementares: a polaridade macho e a polaridade fêmea. Agora, tinha de dar início à geração de corpos densos capazes de não somente receber outros seres humanos como, também, de lhes proporcionar novos corpos, toda vez que deixasse de habitar um por envelhecimento ou por acidente. Segundo a Doutrina Secreta, surgiu na Terra não um Adão, isto é, não uma Raça Adâmica, mas sete grupos de Adãos ou sete raças humanas, cada qual em uma determinada região do planeta. A cada uma destas raças coube a direção de um Deus específico. Assim, se aos Hebreus coube o “Deus” Jeovah, a outras raças couberam deuses com designações e atribuições diferentes, de conformidade com o Raio Evolutivo de cada Raça Adâmica, que, como se sabe, são sete ao todo. A Torá, portanto, é o livro sagrado dos Hebreus e não devia nem deve ser divulgado para outras raças adâmicas. Ela só serve para aquele povo. Então, ao espalhar o Cristianismo pelos quatro cantos do Mundo, evangelizando, catequizando e eliminando outras modalidades religiosas, os cristãos cometeram um monumental erro no programa evolutivo de outros povos. O correto teria sido que eles respeitassem a religião de outros povos e aprendessem a conviver com outras crenças, outros ritos e outras necessidades evolutivas específicas das outras raças e sub-raças derivadas...
Antes de cair no sexo ou na geração pelo coito, o Manushya, ainda Châyâ, viveu como segunda-raça raiz, da qual já falei em outro artigo. Naquela raça, com corpos etéricos e destituídos do fogo da geração, multiplicavam-se por exsudação ou brotamento. Este tipo de multiplicação não era adequado porque o outro ser resultante era em tudo igual à sua matriz. Só na metade da Terceira Raça Raiz foi que finalmente o Châyâ realmente nasceu na Terra na condição de Manushya ou homem. E aqui há uma diferença enorme entre a Teoria de Darwin e o que ensina a Doutrina Secreta. Darwin teorizou uma espécie distinta de símio do qual surgiu a raça humana. A Doutrina ensina que o Manushya surgiu no Planeta na forma humana mesmo. Só que era uma forma gigantesca, capaz de enfrentar e vencer os enormes lagartões que inicialmente havia na Terra. Assim como os dinossauros foram exterminados porque atingiram o máximo de evolução possível naquelas formas grotescas, também aqueles Manushyas iniciais desapareceram naquelas formas. Se os gigantescos dinossauros terminaram originando nossos belíssimos pássaros, os homens gigantes de outrora evoluíram para as formas atuais. Acima, à esquerda, vemos uma ossada de um ser gigantesco, mais ou menos da altura de um prédio de 6 ou 7 andares (18 metros). Supõe-se que ele era capaz de arrancar uma árvore pela raiz usando somente uma das mãos. Se era assim, certamente que poderia bater-se de igual para igual com um tiranossauro, por exemplo. É curioso que na Bíblia, no Gênesis, capítulo 6, versículo 32, lê-se: “Ora, naquele tempo havia gigantes na Terra.” Também na Bíblia, em Números, capítulo 13, versículo 32 se lê: “... e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura.” Mesmo que seja verdade a alegação de que a foto não passa de uma piada de mau gosto  (a Universidade de Cornell diz que as imagens foram elaboradas no seu laboratório de Imagens Digitais e resultam da montagem de um conjunto de fotos feitas por Stephen H. Westin, um dos membros de seu staff) ela pode nos dar uma visão do que teria sido aquela raça adâmica de gigantes, de que nos fala a Verdadeira Tradição. Particularmente creio que nunca poderemos encontrar um esqueleto dos gigantes de outrora, pois eles teriam vivido na lendária Atlântida e até antes, e ido parar no fundo do oceano, onde ossos se dissolvem após bilhões de anos.
Não posso afirmar que os Adãos gigantes existiram, mas também não posso descartar esta hipótese. Sou tendente a aceitá-la como verdadeira, visto que ela me parece plausível. Entretanto, sei que sou suspeito, uma vez que adotei os ensinamentos Teosóficos e os Taoístas como os que a mim fornecem a Verdade. Mas é necessário considerar que tal Verdade me chega através da palavra e todos sabemos que a palavra é dúbia. Se podemos convencer alguém da hipótese X, podemos convencer este mesmo alguém da hipótese não-X servindo-nos de quase todos os argumentos inicialmente utilizados na primeira argumentação. Toda palavra contém em si sua negação, assim como todo Bem contém em si seu Mal. Esta é a cruz do encarnado; é a cruz do Manushya; é sua desorientação, de onde só pode safar-se pela Fé. Não a fé religiosa exotérica – que é cega, burra e inibidora do pleno desenvolvimento da nossa Humanidade e de nossa concomitante Divindade. Falo da Fé que não necessita de palavras nem de hipóteses para se explicar ou ao fenômeno da Vida. Falo da Fé que só nos chega após abstrairmos de nosso íntimo todo apego à Mente Mortal, ou seja: nosso Intelecto. Falo da Fé que é tão-só percebida interiormente, mas jamais passível de ser expressada em símbolos lingüísticos. Finalmente, falo da Fé que só se nos revela através da dor e do sofrimento causados pela luta denodada e feroz de nosso Espírito para vencer os Elementais Físico, Emocional e Psíquico (as três peles de couro que reveste Adão e das quais nos fala a Qaballah), o que nos permite ir, aos poucos, levantando a ponta do véu que oculta ao imprudente o conhecimento da Verdade. Portanto, quero deixar claro que não prego aqui como um Pastor de Ovelhas para o rebanho do Cristo. Falo aqui sobre o que estudei e sobre o que aprendi. Mostro a senda por onde andei em silêncio por muitos e muitos anos, mas isto não significa que deseje que quem me leia me aceite como seu guru, seu Pastor ou seja lá o que seja. Cada qual tem seu próprio guru e a ele deve buscar em primeiro lugar. Nenhum guru exotérico me levou a nenhum lugar firme e apassivador. Ao contrário, todos eles pregam o medo, o temor a Deus, o arrependimento (sem dizer exatamente o que isto seja) e a obediência cega a regras altamente suspeitas, visto que mais refletem divagações oniróides de pessoas fanáticas do que um sinal apontando o Verdadeiro Caminho.
Vou, agora, retomar o fio da meada de nosso estudo teosófico sobre a origem do Homem sobre a Terra – a teoria que nos coloca uma resposta plausível sobre a cruciante pergunta que nos fazemos através dos milênios: de onde viemos?
Em artigo anterior falei de como a Doutrina Secreta nos ensina sobre o nascimento de nossa Segunda Raça Raiz.
Já sabemos que os Grandes Cohans (na Qaballah, os Elohim, plural de Elohah) inicialmente chamaram os Pitris Lunares de Corpos Aéreos, isto é, que habitavam o Plano Astral, visto que o planeta onde tiveram sua evolução e que se tornou nossa Lua já estava morto, e lhes ordenaram: “Produzi Homens com a vossa Natureza (divina). Dai-lhes as Formas Internas, (pois a Terra) construirá as Vestimentas externas (o corpo físico-denso).
Os Grandes Cohans são aquelas entidades que habitam planos sutilíssimos de Matéria Cósmica denominados de Plano de matéria Búdica e Plano de Matéria Espiritual. Claro está que estes seres vieram muitos dias de Brahma antes dos Manushyas serem planejados pelos Pitris Lunares. São chamados, entre cristãos e cabalistas, de Arcanjos e entre estes estão os mais conhecidos: Miguel, Gabriel, Rafael e o discutidíssimo e incompreendidíssimo Arcanjo Jeovah, o Deus dos hebreus adotado pelos cristãos e o principal encarregado da criação do Homem, assim como encarregado também de guiá-lo através dos ínvios caminhos da Evolução para que se torne um verdadeiro Deus Cósmico.
Inicialmente, como já foi dito, os Pitris lunares – que se dividiam em duas classes, os Barhishads e os Agnishvâttas – criaram formas estranhas, rústicas. No mais denso nível do Plano de Matéria Astral surgiram seres esquisitos, como faunos, tritãos, sereias, ogros, titãs, ciclopes, medusas e centenas e centenas de outros, totalmente inadequados para a vida no mundo físico-químico. Além das formas estranhas, eram puro impulso, puro instinto. Não possuíam Mente capaz de criar e modificar o meio ambiente. Além do mais, eram seres que se encontravam demasiadamente próximos de sua fonte divina e se voltavam para ela, em vez de para a Terra. Seus criadores foram os Pitris Barhishads. Os Agnishvattâs eram “desprovidos do fogo criador” – ou seja, eram desprovidos do Desejo e de suas reações derivadas – portanto, eram inaptos para criar. Eles não possuíam Duplo Etérico nem Corpo Astral que pudessem projetar nos subplanos inferiores da Matéria Astral e Densa. Entretanto, somente eles podiam completar o Homem tal e qual Brâhman (Jeovah), o Criador, desejava.
Alegoricamente é dito que os Pitris Agnishvattâs, que não podiam criar o homem espiritual e imortal, lutaram contra os Deuses buscando impedi-los de realizar tal criação. Fariam isto na forma de Kumâras, jovens castos que não aceitavam a “queda” na matéria. Mas isto é somente simbolismo poético para representar a recusa dos Agnishvattâs àquelas formas grosseiras inicialmente geradas pelos Pitris Barhishads. O homem, inicialmente criado, possuía somente cinco atributos ou cinco princípios (os cinco sentidos). Necessitava de mais dois para se tornar realmente humano e divino e, com isto, o Ser Setenário, completo, portanto. Esses dois atributos ou princípios de que carecia eram Manas e Kâma. O primeiro, Manas, geraria a Mente Imortal Humana. O segundo, Kâma, conferir-lhe-ia o atributo ou princípio do Sentimento. Então, para fixação do leitor, o Homem é um ser setenário porque possui sete princípios: os cinco sentidos físicos e mais a) uma Mente Pensante e b) a capacidade do Sentimento. Estes dois princípios superiores requerem o Fogo Espiritual vivente oriundo do Princípio Médio procedente dos Estados Quinto (Matéria Mental Superior) e Terceiro (Matéria Astral Superior) do Pleroma.
Esclarecendo. A Matéria Cósmica tem a seguinte organização em função da densidade de seus átomos:
Matéria Cósmica Densa (nosso mundo físico-químico e seus três estados da matéria e mais os subníveis Etérico, Superetérico, Subatômico e Atômico);
Matéria Astral (compreendendo três subníveis mais sutis e quatro subníveis mais densos. Os três subníveis mais sutis de Matéria Astral correspondem ao Estado Terceiro, a que se faz referência acima)
Matéria Mental (compreendendo três subníveis mais sutis e quatro subníveis mais densos. Os três subníveis mais sutis de Matéria Mental correspondem ao Estado Quinto, a que se faz referência acima).
Manas e Kâma são os princípios intermediários que fazem a ligação entre o denso, bruto, tosco e descartável corpo físico-químico e a Realidade Divina de onde o Homem realmente provém e onde realmente tem sua morada.
Os Châyâs foram a primeira raça-raiz da humanidade que só teve existência ao nível Astral.
Após isto, os Pitris lunares se esforçaram para criar a segunda raça-raiz, da qual já falei, mas que vou recordar aqui.
Esta raça-raiz surgiu no Subplano Etérico. Eram aeriformes, translúcidos, incorpóreos, mas tinham formas bem mais densas que aquelas dos que fizeram parte da primeira raça-raiz. Na verdade, aqueles homens eram a densificação dos Châyâs, os quais, revestidos pela matéria monádica, estavam no processo de “queda” a que a Bíblia faz referência alegórica.
Os Pitris Agnishvâttas se prepararam para descer nas formas etéricas, ocupando o lugar denominado de Corpo Egóico dentro do Ovo Áurico que já se estruturara ao redor da forma do Duplo Etérico humano. Ali dentro eles trabalhariam para, através do fio de ouro ou Antakarana, induzir o homem em nascimento a se voltar para sua longa jornada na senda da Evolução. Compreenda bem: os corpos etéricos foram formados sempre contendo a essência monádica humana que ali chegou sob a forma de uma pequena gota desprendida da Mônada, mas sempre a ela vinculada através do Sutratma. Todo o trabalho do Pitri lunar era no sentido de induzir aquela gota monádica a se tornar individualizada e, posteriormente, desenvolver uma Consciência própria, que a partir do momento de sua criação e amadurecimento teria como função principal conduzir o homem à sua Iluminação. O Pitri Agnishvâtta emprestou ao Duplo do Homem sua Mente Imortal e permaneceu no Ovo Áurico funcionando como o Ego Superior Humano (por isto é que Jesus dizia: ‘O reino dos céus está entre vós’), enquanto o Pitri Barhishad lhe deu o fogo geracional, isto é, o fogo do Desejo, dentre o qual, a “Tanha” ou desejo de viver na carne é o principal. Jesus, com sua sentença, referia-se àquele Nirmanakaya lunar que todos ainda trazemos como nosso Eu Superior, que nos ajuda e nos premia quando criamos mérito para isto. Um dia, num futuro ainda distante, cada um de nós seremos também Nirmanakayas e, naquele dia, libertaremos o Pitri lunar que se manteve conosco até que atingíssemos este nível cósmico de desenvolvimento. Então, seremos um verdadeiro Iniciado Cósmico, pois teremos em nossas mãos a responsabilidade por nosso destino.
Veremos que durante a criação e o desenvolvimento das primeiras três raças-raízes e até à metade da quarta raça-raiz, as Sombras Astrais dos “Progenitores” – que são os Pitris Lunares – constituem a força criadora de cada raça e constroem a forma física, assim como impulsionam gradualmente sua evolução no sentido da perfeição, mas tudo isto ao caro preço de uma perda equivalente de sua espiritualidade. Isto quer dizer que à medida que o Homem vai-se formando conforme é a Vontade Superior, sua essência monádica perde a ligação com o Mundo Divino de onde procede devido mesmo à Tanha que se incrementa no ser que se forma. Esta perda não implica no rompimento do Sutratma, mas sim na obinubilação da consciência divina de que era possuidora.
A metade do tempo de formação da Quarta Raça-Raiz é o ponto de volta. O ponto em que a essência humana começa a se esforçar para retornar ao seu plano divino. A partir do ponto de volta é o Eu Superior ou o Princípio Reencarnante (que, como já foi visto, é formado pelos três átomos ultérrimos permanentes) que predomina sobre o ego animal e o governa, mas só se este último não o suplanta e não o arrasta para baixo. Na metade do tempo da Quarta raça Raiz a Espiritualidade Humana está em seu arco ascendente, mas sua força sobre a animalidade ainda é pouca e, por isto, o Ego Superior pode ser vencido na luta contra a Tanha que predomina no Ego Animal humano. A partir do ponto de volta a espiritualidade humana começa sua batalha para sobrepujar o aspecto animal ou físico do Homem. A dificuldade que enfrenta é o predomínio, no Espírito, do egoísmo que vigora na Identidade Pessoal do indivíduo e que infecta o Homem Interno não revelado com seu vírus mortal, a Tanha.
A Segunda Raça-Raiz é proveniente, por brotamento, da Primeira Raça-Raiz. Esta, foi sem sexo, visto que eram Châyâs ou fantasmas astrais. Sem sexo significa que não havia divisão entre o pólo masculino e o feminino. Já a segunda, veio assexuada, pois já era formada de matéria bem mais densa e já possuía ativados seus primeiros cinco princípios – os sentidos humanos. Também não possuía a divisão entre as polaridades masculina e feminina, mas já possuía em essência ambos estes princípios.
Gostaria de chamar a atenção para um fato intrigante. Temos uma estrutura neuronal bem atrás de nosso crânio que é amplamente conhecida como cerebelo. O cerebelo foi o cérebro primitivo humano, desde quando, afirmam os cientistas, éramos seres que se desenvolviam nas águas do mar (bactérias, microcélulas etc...). O cerebelo compreende três estruturas, a saber:
— o arqueocerebelo — a estrutura mais velha de nosso sistema neuronal. É o cérebro antiguíssimo, desenvolvido a partir das primeiras estruturas neuronais surgidas há milhões e milhões de anos;
— o paleocerebelo — a estrutura intermediária, que se seguiu à primeira, talvez quando deixamos de ser seres marinhos e passamos a ser vermes ou coisa semelhante que se arrastava sobre a Terra.
— o neocerebelo — a estrutura mais nova do cerebelo humano, que possivelmente se desenvolveu quando deixamos a vida de verme ou assemelhado e passamos a viver como animal superior, mas ainda não humano.
Os estudos atuais indicam que a função principal do cerebelo era a de manter o equilíbrio. Por exemplo: nos peixes, mantê-los com a barriga voltada para baixo e as costas, para cima. Até hoje o cerebelo tem importância na manutenção de nosso equilíbrio. Na verdade, as funções cerebelares são:
— coordenar os movimentos comandados pelo cérebro, garantindo, portanto, um perfeito funcionamento entre eles;
— fornecer o tônus muscular, isto é, regular o grau de contração muscular quando o corpo está em estado de repouso;
— mater o equilíbrio do corpo, visto que tem intensas ligações com os canais semicirculares do ouvido interno.
O que é curioso é que no cerebelo estão os registros de lembranças de tempos arcaicos, os quais podem ser despertados ou trazidos à tona quer quando a pessoa se sinta sob grande tensão psicoemocional, quer por meios mecânicos. Ora, Sigmund Freud afirmou categoricamente que “de nossa mente nada sai sem que antes ali tenha entrado desta ou daquela forma”. Em outras palavras, não criamos nada fantasiosamente. Apenas recordamos de formas, processos ou fatos que vimos ou vivenciamos algures, no tempo. Então, de algum modo, temos lembranças dos seres mitológicos que foram os experimentos levados a efeito pelos Pitris lunares quando tentavam encontrar a melhor forma para o Homem que deveria ser criado preparado para viver nas duras condições impostas pela superfície densa da Terra. Isto significa que não dependemos de sistema neuronal para fixar nossa memória. Ela transcende ao físico. Então, alguém pergunta: Se o cerebelo registra uma memória anterior à existência física do Espírito, onde fica tal registro? Sinceramente, não sei responder a isto com certeza, pois em lugar algum li o que quer que seja a respeito. Entretanto, considerando o que já aprendi sobre nossa constituição transpessoal, creio que tais registros se situam em algum lugar na matéria astral de nosso Corpo Astral. E uma vez ali, terminam por se aglomerar em algum ponto específico do Duplo Etérico, quando este é criado, podendo ser alcançado pelo chakra oculto cujo nome não vou citar, mas cuja boca se abre bem na nuca das pessoas e cujo ponto chakral está no cerebelo, mais precisamente na região conhecida como “vermis”. O chakra oculto controla todo o passado, logo, todo o karma individual e não é recomendável mexer com ele.
Outra conclusão a que esta hipótese nos conduz é que nosso karma não se interrompe quando passamos de um determinado limite de tempo como, por exemplo, de um kalpa para outro kalpa. Ora, já aprendemos que existe uma Cadeia Planetária Setenária em todo Planeta denso de nosso Sistema Solar. A Cadeia Planetária Terrestre tem a Terra como o Globo central e o mais baixo, isto é, o mais denso. Por esta Cadeia Planetária Terrestre passam, a cada período de tempo bem definido (um kalpa) 7 Ondas de Vida.
A cada Onda de Vida surge uma Humanidade necessariamente superior em evolução à sua predecessora. Cada Onda de Vida permanece em trânsito pela Cadeia Setenária durante um kalpa. Para os desmemoriados e que já não se recordam da tabela que publiquei a respeito das durações em anos lunares, um kalpa corresponde a um dia de Brahma e é igual a 4.320.000.000 anos lunares. Assim sendo, supõe-se que só para formar os Châyâs, os Pitris lunares levaram o “tempinho” de um kalpa. Depois, gastaram mais um kalpa nos experimentos com os seres “mitológicos” de onde, finalmente, saiu a forma do futuro homem encarnante. Então, por mais um kalpa trabalharam na estruturação do Duplo Etérico para dar forma mais firme ao que ficou registrado como a Segunda Raça-Raiz sem sexo. Estas humanidades “etéreas” viviam sobre a crosta terrestre, mas não tomavam consciência de sua existência. A Terra estava em brutal ebulição e sua atmosfera não era propícia a qualquer tipo de vida nas formas desejadas pelo Criador. Assim, enquanto o planeta estava em pleno processo de formação, as “humanidades” já existiam e já viviam em experiência, avançando para um forma que pudesse, futuramente, ter um corpo nascido do Planeta.
A segunda raça-raiz não satisfazia aos desejos do Supremo e, por isto, também foi extinta, passando suas essências ao que veio a formar a Terceira-Raça Raiz,da qual falarei no próximo artigo. Até lá e
NAMASTÊ!

 


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