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domingo, 22 de agosto de 2010

REFLEXÕES (1)

Alguns amigos meus, que praticam o Evangelismo (alguns católicos também), me têm questionado sobre o que escrevo. Perguntam se eu realmente acredito no que exponho em meu blog. A resposta é: claro que sim. Uma das coisas que mais incomodam a eles (e creio que incomodará a muita gente mais, quando essa gente descobrir este blog) é que eu sou absolutamente contra a mendicância pregada pelas religiões exotéricas de fundamentação cristã. Vamos à Bíblia? Nela havia uma passagem em que Jesus é procurado por um doente que lhe implora pela cura. Jesus lhe põe a mão sobre a cabeça e o homem fica curado. Maravilhado, ele se prostra aos pés do Mestre, mas este o ergue e lhe diz: "Homem, vai; a tua fé te salvou". Notem bem, Ele não disse: "Homem, vai; eu te curei". Ele disse taxativamente que fora a fé daquele doente que o havia curado.
A fé, não importa em quem, é uma força que retorna ao que a tem e lhe traz maravilhas.
Há outra passagem em que a Jesus é perguntado por um de seus discípulos sobre como se deve orar. E Ele responde: "Quando quiserdes orar, entrai em vosso quarto, fechai a vossa porta e em silêncio orai ao vosso Pai que está nos céus (era assim que estava escrito na Bíblia antiga). Ele vos dará conforme vosso merecimento. Quando eu desejo orar, faço-o de coração. Neste momento é meu elã orar assim" e Jesus pronunciou o famosíssimo e oradíssimo "Pai Nosso". Só que não há mais como se saber que palavras exatamente o Grande Mestre usou em seu apelo, pois falava o Aramaico, uma língua morta e que não continha vogais. Era toda pronunciada guturalmente, feia de se ouvir, pois aos nossos ouvidos pareceria que a pessoa estivesse emitindo grunhidos surdos. É por isto que há nada menos que 60 ou mais versões do Pai Nosso e você, leitor, pode encontar algumas destas versões buscando pelo Google o Pai Nosso em Aramaico.
Mas o que desejo trazendo para cá passagens do Novo Testamento para fundamentar minha reflexão? É que os cristãos argumentam apegando-se "à letra morta da Bíblia". Não são capazes de se transportar para a época em que viveu Jesus e pensar segundo era o costume entre os judeus. Lá, falava-se por metáforas e isto era muito comum entre os profetas ou entre rabinos e homens letrados de Roma. Vejam, por exemplo, esta pseudo-contradição de Jesus. Em uma de suas pregações Ele diz: "Ninguém vai ao Pai senão por mim". Mas quando responde como se deve orar, Ele não diz ao seu discípulo: "Ajoelhe-se em um templo de pedra a isto destinado; bata insistentemente com a cabeça no espaldar de uma cadeira ou nas pedras do Muro das Lamentações, balançando-se como se estivesse tonto ou bêbedo e faça um apelo a Mim, gritando em voz alta para que Eu o possa ouvir, pois só Eu posso salvá-lo intermediando sua oração junto ao Pai que está no céu". A resposta de Jesus foi de total isenção de responsabilidade. Ele jogou-a toda naquele que ora. Não a puxou para Si.
A que quarto Jesus se referia? A resposta o estudante bíblico atento pode encontrar naquela outra, dada por Jesus a um de seus inquisidores: "Destruí este templo e Eu o reconstruirei em três dias". Os ignorantes da época tomaram ao pé da letra o construto TEMPLO e ridicularizaram a resposta do Mestre. Não compreenderam que Ele se referia a seu próprio corpo. Então, voltando à pergunta acima: se o corpo é um templo, então, o quarto a que Jesus se referia era o coração do orador. Não o coração fisiológico, mas o coração emocional, mais precisamente o Chakra Anahata, ou seja, o Chakra Cardíaco, o vórtice de energias cuja boca se abre entre os mamilos de qualquer pessoa e onde entra a Energia Cósmica Sentimento e gera o panteão de Emoções de que somos inundados. Antes de orar ao Pai que está nos céus, o religioso tem a obrigação de limpar o seu quarto, ou seja, tem a obrigação de se livrar das emoções negativas (raiva, rancor, mágoa, inveja, ira, ódio, vingança, pessimismo, medo, culpa etc..., bem como de suas posturas indignas: mesquinhez, avareza, vingança, maledicência, inveja, ferinidade, julgamento etc...) o que não é absolutamente fácil a qualquer pessoa. Sabedor disto é que o Grande Mestre não assumiu a responsabilidade de atender aos pedidos do orador, pois era conhecedor de que o homem fraco só ora quando está tomado de medo ou de terror mesmo. E ainda assim só o faz visando seu próprio bem-estar; só o faz pensando em si; em se safar do apuro ou do perigo em que se meteu, seja por vontade própria, seja por ignorância, seja por preguiça de se assumir totalmente. Os cristãos meus amigos acham que eu detrato a Bíblia em que eles acreditam. Não, em absoluto eu faço tal coisa. Combato, sim, a cegueira e aqueles que pugnam por mantê-la como venda na mente de seus seguidores. Faz mais de dois mil anos que este costume horrível foi desenvolvido na humanidade e eu creio, piamente, que a Religião Exotérica transformou-se num freio monumental à Evolução Espiritual do Ser Humano. Em última análise é justamente às Religiões Exotéricas que se devem as guerras fratricidas em nome de Deus. Vejam-se os terroristas fundamentalistas islâmicos. Matam-se e procuram assassinar com sua morte o máximo de pessoas que possam, tudo em nome de Alá. Tenho certeza que Alá jamais, em tempo algum, sanciona tamanha loucura. O prêmio almejado pelos suicidas enlouquecidos pela fé cega de uma religião exotérica? Setenta virgens. Isto é que é desejar o inferno, pois o que o suicida poderá fazer com as setenta virgens? Lá em cima não há corpo material, logo, não há coito nem prazer carnal... Durma-se com um barulho desses!!!

Pense nisto e visite este outro blog, que também é meu. Compre meu livro, divirtga-se e sinta medo:
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