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terça-feira, 22 de março de 2011

MARIA EUGÊNIA, UMA GOIANA NA GLOBO


Viúva Porcina e Sinhozinho Malta, Novela Roque
Santeiro.
 Acho que meus leitores vão-me estranhar, agora. Vivo malhando a rede Globo no que diz respeito às suas novelas. Geralmente são monótonas e se resumem a um único tema: mulheres se digladiando por homens. Na trama sempre surge o homossexual arrumadinho, bonzinho, amadinho etc, etc, etc... Como aconteceu na tal de Ti-Ti-Ti. A Globo se esforça denodadamente para fazer que o povo brasileiro aceite como "normal" os desvios da sexualidade, coisa com que discordo. Ela esconde a realidade bruta deste tipo de vida. Bom, sou do tempo em que havia somente os sexos que a Mãe Natureza deu à espécie humana: macho e fêmea. Não havia terceiro, quarto, quinto, sexto... sexos. Ou você era macho, ou você era fêmea e pronto. Mas hoje, pululam sexos pra todo lado. Talvez devido à superpopulação das cidades brasileiras e do mundo, pois a Psicologia provou que ratos confinados em espaços restritos, quando se multiplicam e ficam sem espaço dão origem a desvios comportamentais e sexuais. Surge entre eles ratos homossexuais, surge o sadismo e o masoquismo sexual e surge a violência gratuita (atenção, gente. A pronúncia é gratUita e não gratuIta como se ouve por aí. O acento agudo é no U e não no i. Vamos respeitar nosso idioma). E nós, humanos, temos mais afinidades genéticas com os roedores do que o vulgo imagina.

Mas voltando à cantora goiana, ela está feliz porque seu trabalho na novela - cantar o tema - deu-lhe muita projeção. Não  é injusto, pois Maria Eugênia tem uma voz doce e gostosa de ouvir. Ela só precisa estudar mais o jogo de corpo quando está cantando. Não tem nenhum.  A Novela Araguaia é, realmente, uma gostosura. Houve cenas que me trouxeram lágriamas aos olhos. É bonita e, embora não escape ao rame-rame de mulheres se digladiando por homens, isto não é o tema central, o que alivia a bela trama. O de que mais gosto nela é que não há vilões padrões, comuns. Não há mulheres más, traiçoeiras e taradas batalhando covardias contra outra, boazinha, mas não tanto, que também luta ferozmente por um macho. A atriz Cleo Pires que faz a índia caruê é nota dez. A "gostosura loura" (Milena Toscano) que faz a filha do único bandidão da trama é um doce e sabe representar como bem poucos. E não posso deixar de citar a gostosíssima "Aspásia" criada pela maravilhosa atriz Flávia Guedes, que vai deixar muita saudade quando a novela acabar. É tão raro a Globo apresentar um trabalho tão bom, que se torna estranho que eu, um feroz crítico daquela televisão, faça, agora, um elogia aberto a este trabalho. A novela se volta para o humano muito mais do que para a intriga chinfrim. E, graças a Deus, não há o endeusamento ao sexo transviado, como aconteceu na Ti-Ti-Ti. Pena que a TV Globo, que mostra que tem escritor que pode escrever bons trabalhos, teime em permanecer apegada ao vulgar, ao baixo, à vala e ao esgoto da Moralidade e o exemplo está no maldito programa que lhe dá rios de dinheiro, graças aos trouxas que pululam pelo Brasil. Falo do "Big-Bosta-Brasil". Espero que um dia esta peste seja extirpada do ar e seu apresentador seja punido pela população de boa cepa que o Brasil tem.  

Agora, estou muito atento à que começou esta semana: "Morde e Assopra". Não gosto dos artores principais, pois não criam as personagens. Apenas transferem de um trabalho para outro o primeiro personagem que criaram há muito tempo. As expressões faciais, os trejeitos corporais, tudo é absolutamente pétreo neles. Não mudam nada. Por exemplo: Lima Duarte, um ator veterano, levou anos para se livrar do "Sinhozinho Malta" que criou no trabalho para a novela "Roque Santeiro". A mesma coisa acontece com o ator principal de "Morde e Assopra", Marcos Pasquim. Ele não consegue se livrar do Dom Pedro II que criou há anos. A atriz que contracena com ele, Adriana Esteves, também não cria nada. Suas expressões faciais e corporais são "pétreas" e isto mata seu trabalho. Mesmo assim, vamos ver como ficará a telenovela, pois há atores e atrizes melhores no elenco.
As cenas amorosas entre os atores principais, eu creio, vão ficar anacrônicas, pois serão repetição do que os atores já viveram em outras novelas. Os mesmos olhares, as mesmas expressões faciais, o mesmo beijo cinematográfico, guloso, em que os atores se esmeram por dar a impressão de que estão doidos para arrancar a úvula de seu parceiro ou sua parceira, tudo comum demais. Uma pena, visto que a trama parece bem boa. Se eles criassem personagens diferentes, por exemplo, se o Pasquim treinasse mais a expressão facial de um matuto - que é o que sua personagem é na trama que representa - as cenas melhorariam muito. Mas manter-se o "Pedro II" numa trama que se passa nos dias atuais é extemporâneo. E ele não tem a desculpa de que não teve tempo para se preparar, pois faz tempo que não atua em novela. Quando informado, bem podia ter tirado um tempinho para viver entre os caipiras do interior do Brasil. Ficaria bem melhor sua criação, eu garanto.

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