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sábado, 19 de novembro de 2011

NÃO REAJA. ENTREGUE TUDO AO BANDIDO...

Entregue sua paz, entregue seu sossego, entregue a revolta de se ter sentido impotente, sem saber como reagir... Enfim, entregue-se ao sentimento de derrota e, depois, gaste tempo e dinheiro indo ao psicólogo em busca de paz e de equilíbrio, coisa que jamais lhe advirá pois o estímulo, o perigo, está constantemente na rua, ao seu lado onde quer que você esteja.
Entretanto, ninguém entrega aquilo que integra seu sentido de território psicológico (como sua carteira) sem se desequilibrar profundamente. Ninguém entrega aquilo que aprendeu ser sua identidade, sua afirmação de cidadania, como documentos pessoais, sem se sentir profundamente chocado e emocionalmente desequilibrado. Ninguém foi  gerado e educado para ser um permanente candidato a estupro. O estupro SEMPRE causa trauma profundo e uma situação como a da foto é um estupro. 
Eu sou absolutamente contra esta pregação das autoridades em doutrinamento do cidadão comum para a aceitação do estupro e a favor do meliante estuprador. O bandido também OUVE A TELEVISÃO. Ele ouve as autoridades aconselhando o cidadão a entregar de mão beijada tudo o que tenha, ao ladrão. O que você acha que acontece no psiquismo do criminoso que vê e ouve as autoridades todas a seu favor e contra o cidadão?
Quem é assaltado, no Brasil pelo menos, e tem seus documentos também levados, sabe que vai enfrentar perigos bem maiores que aquele. Os bandidos assenhoreiam-se dos documentos pessoais de sua vítima para cometer mais crimes utilizando-se deles e fica por conta do violentado provar, junto às autoridades e aos órgãos governamentais, que não é o responsável pelo que andam fazendo acobertados pelos documentos que lhe foram levados. O cidadão pode, inclusive, ir parar atrás das grades como criminoso e ter sua vida estragada, porque, uma vez passado o dia em que foi assaltado, nenhuma autoridade dará mais importância nem à sua palavra, nem a qualquer documento que tenha em mãos que comprove que realmente sofreu aquela violência social. No Brasil, o cidadão de bem tem de provar até que está vivo, o que é um absurdo. E aqui, também, se você é um cidadão de bem, perante as autoridades "in"competentes terá de provar tudo o que disser, mormente se estiver alegando algo que obrigue o funcionário público a trabalhar para solucionar um dilema que lhe foi imposto pelo desregramento individual e pela falta de Educação Social. Além disto, somos o país do Controle. Aqui em Goiás, o Governador está programando controlar os funcionários públicos, mormente nas OS, como a OVG, Organização das Voluntárias de Goiás, até quando vão ao banheiro. É a ganância do Poder sobre o outro. Controlar, controlar, controlar... Até onde? O vício do controlismo não leva ao bom desempenho funcional de ninguém. Quem é incompetente ou quem é ruim porque sofre de desequilíbrio psicoemocional não se concerta somente porque se sente vigiado ou controlado. Ao contrário, torna-se mais resistente e mais ardiloso, e isto é sabido desde quando o Diabo era bebê. E a resistência do controlado, no trabalho público, volta-se justamente contra aqueles que pagam os tributos que suprem seus proventos. Assim, se você sofre um "estupro social" e vai reclamar junto à Lei, não vai encontrar a Justiça trabalhando a seu favor. Todo o ônus das conseqüências do estupro social sofrido por você cairá sobre seus ombros, futuramente.
AikijujutsuO bancário brasiliense, que tinha vindo passear em Goiânia, quando sacava dinheiro em um caixa eletrônico foi abordado por um meliante que o assaltou. O bancário, reagindo impulsivamente ao estupro social de que estava sendo vítima, tentou lutar com o bandido e o desarmar. Terminou levando dois tiros no tórax e tombando morto na calçada. Então, dirão os que me estiverem lendo, a Polícia e as autoridades da Segurança Pública, têm razão quando aconselham a não se reagir diante de um criminoso armado. Sim, têm sim, se o cidadão ou a cidadã for um ou uma total inútil em se defender. Se tiver crescido totalmente alheio ou alheia ao quesito segurança própria, com certeza é uma pessoa inútil no assunto auto-proteção.
Eu penso que ninguém deve colocar sua segurança pessoal totalmente nas mãos de policiais. Eles são poucos e numa situação como a do pobre bancário, nunca chegam a tempo de evitar o assalto. E como no Brasil a montanha de crimes é enorme, graças ao abandono da Educação e à criação de Leis como o ECA que só desorganiza a família brasileira, o efetivo policial é insuficiente e seus equipamentos precários, o cidadão que a eles delega sua segurança pessoal tem noventa por cento de probabilidade de ficar a ver navios. No máximo haverá uma ocorrência registrada na forma de boletim policial e só. Por essas e outras é que eu sou contra, totalmente contra, a pregação das autoridades policiais e civis a favor do bandido. Sou a favor de que incentivem constantemente as pessoas a buscarem academias de defesa pessoal (não lutas de competição, não). Eu disse defesa pessoal e isto difere radicalmente das lutas de competição. Nestas, o lutador é doutrinado para não atacar pessoas que não sejam também lutadoras. São condicionados a não bater em pontos traumatizantes graves ou mortais. Na defesa pessoal a pessoa é treinada para defender sua vida em qualquer situação e diante de qualquer ameaça de arma.  E para isto, podem atacar em pontos altamente perigosos para o agressor, como, por exemplo, na garganta, nos testículos etc...
Uma pessoa não tem de levar cinco anos treinando para chegar à famosa faixa preta. Na defesa pessoal ela deve aprender os principais golpes e contragolpes mais eficientes contra ameaças armadas ou desarmadas. Pratiquei várias espécies de lutas e aprendi, com um chinês e um japonês, que se você dominar com perfeição uma única técnica que seja e for rápido em sua aplicação, com certeza se safará da maioria das situações perigosas. E é verdade. Então, aconselho aos meus leitores que procurem um bom instrutor de defesa pessoal (pode ser um sensei de karatê-dô, ou de aiki-dô, ou de qualquer outra modalidade de Arte Marcial) e com ele aprenda no máximo cinco tipos de contra-ataques e cinco chaves de mãos e braços para desarmar um meliante. Treine para reagir rápida e fulminantemente. Como dizem os militares, a melhor defesa é o ataque. Em uma situação de perigo, não dê a mínima chance ao seu agressor de se colocar em vantagem sobre você. Quem viu o vídeo do assassinato cuja foto está acima, verá que o bancário teve tempo de sobra para contra-atacar rapidamente e colocar o bandido fora de ação, se soubesse um mínimo de defesa pessoal. Tão logo percebeu a aproximação do bandido, já teria atacado sem chance de defesa para ele. E o teria feito de modo a liquidá-lo totalmente ou a somente colocá-lo fora de combate, desacordado e com, no minimo, um forte trauma craniano. Combates com regras, como acontece com as lutas de competição, são para os lutadores colocarem à prova tanto o acervo de técnicas que lhes foram ensinadas por seus mestres, quanto seu grau de aprendizagem e de aprimoramento na aplicação de tais técnicas. Ali, são as técnicas que estão combatendo, não os indivíduos. Por isto é que os chineses chamavam aos combates em praça pública de combate de kung-fu, pois a palavra kung-fu significa conhecimento e, não, luta. Dois contendores medindo seus kung-fu em um mokoon (local apropriado para o encontro) não estão lutando um contra o outro no estilo Marcial, mas avaliando os conhecimentos de wushu (luta) que adquiriram em anos de treino. TODO LUTADOR DE BOXE CHINÊS TEM CONDIÇÕES DE MATAR O OPONENTE EM FRAÇÃO DE SEGUNDO, SE ESTIVER EM UMA SITUAÇÃO DE WUSHU. E isto independe do estilo que pratique (Garra de Águia, Louva-a-Deus, Pata do Tigre, Mão-de-ferro etc...). Por incrível que possa parecer, um lutador de competição pode ser morto por um bandido porque não tem treinamento em defesa pessoal e não sabe aproveitar a situação para colocar o meliante em condição de desvantagem, mesmo que o bandido porte uma arma apontada para a vítima. MALÍCIA, eis o que a defesa pessoal ensina ao seu praticante. Malícia para se movimentar enganando o meliante até colocá-lo em posição de morrer.  E digo morrer porque num estupro social é a vida do cidadão de bem que se encontra por um fio e, como dizia meu velho pai, "é melhor mandar flores para o buraco do outro que chorar no próprio buraco".
Veja estes jovens. São valentes porque portam armas e acreditam que com elas nas mãos são todo-poderosos.
Veja estes jovens. São valentes porque portam armas e acreditam que com elas nas mãos são todo-poderosos.
 Todo bandido tem sua valentia totalmente centrada na arma que porta. Isto significa que não há bandido valente. Sem a arma ele é um bosta qualquer. Sua coragem está na arma. Então, se possível no momento crucial, anule as possibilidades de o "estuprador social" tê-la nas mãos. E faça isto antes mesmo que ele possa sacar de "sua coragem". Mas se perdeu tempo e deixou que ele metesse a mão no cós da calça e sacasse a "coragem" que porta, fique atento para o menor descuido do meliante. A confiança na "coragem" feita de ferro, chumbo e pólvora, sempre faz que cometa asneiras. Como se vê claramente no vídeo em questão, o criminoso assassino era totalmente inexperiente em ataque e defesa. Cometeu vários erros, confiando na arma e na reação de medo de sua vítima. Só que, no caso em questão, a vítima foi totalmente imprudente. Mesmo sem qualquer noção de defesa pessoal reagiu e tentou lutar com o bandido. Com bandido não se luta. Mata-se ou aleija-se o desgraçado permanente e rapidamente. Você só deve não reagir e deixar que o bandido leve tudo se e quando estiver preparado para não valorizar o que é material e passageiro. Até lá, defenda-se. Só se age com desprendimento quando se está acima dos valores sociais e se valoriza mais as coisas que não são nem vistas nem tocadas e só têm existência em nosso íntimo sagrado - como a Vida, por exemplo. Mas para se chegar a tal estado geralmente a caminhada é longa, muito longa. Quem vive inserido no Sistema Social, tem família e é apegado a ela, não pode de modo algum se deixar violentar, sob pena de correr o risco de vir a se tornar um trapo emocional para consigo mesmo.
Faça um sacrifício, um pequeno sacrifício. Deixe de lado os vários momentos de lazer que se concede em seus dias e dedique o tempo de um deles a preparar seu corpo para se defender. Lembre-se: nós temos três cavalos, mas não somos nenhum deles. Temos o cavalo físico, mas não somos ele; temos o cavalo emocional e também não somos ele; e temos o cavalo mental e não somos ele. Nós somos algo que deve controlar e treinar estes cavalos. Então, faça isto. Ensine ao seu cavalo físico defender-se e ele o tirará das garras da morte, pois, como Elemental que é, aprende a lutar por sua própria defesa e de modo independente do controle de sua Mente. O cidadão brasileiro é totalmente responsável pelos estupros que sofre em situações como a do bancário brasiliense. O cidadão brasileiro, como bom preguiçoso e acomodado que é, não valoriza aprender a se defender por si mesmo. Prefere tomar seu chopp nos quiosques de praia ou nos bares da vida e deixar à Polícia que atue. Mas o policial dificilmente chega ao local do estupro social a tempo de impedi-lo de acontecer. Naquele momento, conforme dizia meu velho pai, "só se encontram presentes na situação perigosa você, o bandido e o Diabo. Deus está de costas. Então, o assunto é todo seu".
Pense nisto.

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