Entregue sua paz, entregue seu sossego, entregue a revolta de se ter sentido impotente, sem saber como reagir... Enfim, entregue-se ao sentimento de derrota e, depois, gaste tempo e dinheiro indo ao psicólogo em busca de paz e de equilíbrio, coisa que jamais lhe advirá pois o estímulo, o perigo, está constantemente na rua, ao seu lado onde quer que você esteja.
Entretanto, ninguém entrega aquilo que integra seu sentido de território psicológico (como sua carteira) sem se desequilibrar profundamente. Ninguém entrega aquilo que aprendeu ser sua identidade, sua afirmação de cidadania, como documentos pessoais, sem se sentir profundamente chocado e emocionalmente desequilibrado. Ninguém foi gerado e educado para ser um permanente candidato a estupro. O estupro SEMPRE causa trauma profundo e uma situação como a da foto é um estupro.
Eu sou absolutamente contra esta pregação das autoridades em doutrinamento do cidadão comum para a aceitação do estupro e a favor do meliante estuprador. O bandido também OUVE A TELEVISÃO. Ele ouve as autoridades aconselhando o cidadão a entregar de mão beijada tudo o que tenha, ao ladrão. O que você acha que acontece no psiquismo do criminoso que vê e ouve as autoridades todas a seu favor e contra o cidadão?
Quem é assaltado, no Brasil pelo menos, e tem seus documentos também levados, sabe que vai enfrentar perigos bem maiores que aquele. Os bandidos assenhoreiam-se dos documentos pessoais de sua vítima para cometer mais crimes utilizando-se deles e fica por conta do violentado provar, junto às autoridades e aos órgãos governamentais, que não é o responsável pelo que andam fazendo acobertados pelos documentos que lhe foram levados. O cidadão pode, inclusive, ir parar atrás das grades como criminoso e ter sua vida estragada, porque, uma vez passado o dia em que foi assaltado, nenhuma autoridade dará mais importância nem à sua palavra, nem a qualquer documento que tenha em mãos que comprove que realmente sofreu aquela violência social. No Brasil, o cidadão de bem tem de provar até que está vivo, o que é um absurdo. E aqui, também, se você é um cidadão de bem, perante as autoridades "in"competentes terá de provar tudo o que disser, mormente se estiver alegando algo que obrigue o funcionário público a trabalhar para solucionar um dilema que lhe foi imposto pelo desregramento individual e pela falta de Educação Social. Além disto, somos o país do Controle. Aqui em Goiás, o Governador está programando controlar os funcionários públicos, mormente nas OS, como a OVG, Organização das Voluntárias de Goiás, até quando vão ao banheiro. É a ganância do Poder sobre o outro. Controlar, controlar, controlar... Até onde? O vício do controlismo não leva ao bom desempenho funcional de ninguém. Quem é incompetente ou quem é ruim porque sofre de desequilíbrio psicoemocional não se concerta somente porque se sente vigiado ou controlado. Ao contrário, torna-se mais resistente e mais ardiloso, e isto é sabido desde quando o Diabo era bebê. E a resistência do controlado, no trabalho público, volta-se justamente contra aqueles que pagam os tributos que suprem seus proventos. Assim, se você sofre um "estupro social" e vai reclamar junto à Lei, não vai encontrar a Justiça trabalhando a seu favor. Todo o ônus das conseqüências do estupro social sofrido por você cairá sobre seus ombros, futuramente.

Eu penso que ninguém deve colocar sua segurança pessoal totalmente nas mãos de policiais. Eles são poucos e numa situação como a do pobre bancário, nunca chegam a tempo de evitar o assalto. E como no Brasil a montanha de crimes é enorme, graças ao abandono da Educação e à criação de Leis como o ECA que só desorganiza a família brasileira, o efetivo policial é insuficiente e seus equipamentos precários, o cidadão que a eles delega sua segurança pessoal tem noventa por cento de probabilidade de ficar a ver navios. No máximo haverá uma ocorrência registrada na forma de boletim policial e só. Por essas e outras é que eu sou contra, totalmente contra, a pregação das autoridades policiais e civis a favor do bandido. Sou a favor de que incentivem constantemente as pessoas a buscarem academias de defesa pessoal (não lutas de competição, não). Eu disse defesa pessoal e isto difere radicalmente das lutas de competição. Nestas, o lutador é doutrinado para não atacar pessoas que não sejam também lutadoras. São condicionados a não bater em pontos traumatizantes graves ou mortais. Na defesa pessoal a pessoa é treinada para defender sua vida em qualquer situação e diante de qualquer ameaça de arma. E para isto, podem atacar em pontos altamente perigosos para o agressor, como, por exemplo, na garganta, nos testículos etc...

Todo bandido tem sua valentia totalmente centrada na arma que porta. Isto significa que não há bandido valente. Sem a arma ele é um bosta qualquer. Sua coragem está na arma. Então, se possível no momento crucial, anule as possibilidades de o "estuprador social" tê-la nas mãos. E faça isto antes mesmo que ele possa sacar de "sua coragem". Mas se perdeu tempo e deixou que ele metesse a mão no cós da calça e sacasse a "coragem" que porta, fique atento para o menor descuido do meliante. A confiança na "coragem" feita de ferro, chumbo e pólvora, sempre faz que cometa asneiras. Como se vê claramente no vídeo em questão, o criminoso assassino era totalmente inexperiente em ataque e defesa. Cometeu vários erros, confiando na arma e na reação de medo de sua vítima. Só que, no caso em questão, a vítima foi totalmente imprudente. Mesmo sem qualquer noção de defesa pessoal reagiu e tentou lutar com o bandido. Com bandido não se luta. Mata-se ou aleija-se o desgraçado permanente e rapidamente. Você só deve não reagir e deixar que o bandido leve tudo se e quando estiver preparado para não valorizar o que é material e passageiro. Até lá, defenda-se. Só se age com desprendimento quando se está acima dos valores sociais e se valoriza mais as coisas que não são nem vistas nem tocadas e só têm existência em nosso íntimo sagrado - como a Vida, por exemplo. Mas para se chegar a tal estado geralmente a caminhada é longa, muito longa. Quem vive inserido no Sistema Social, tem família e é apegado a ela, não pode de modo algum se deixar violentar, sob pena de correr o risco de vir a se tornar um trapo emocional para consigo mesmo.
Faça um sacrifício, um pequeno sacrifício. Deixe de lado os vários momentos de lazer que se concede em seus dias e dedique o tempo de um deles a preparar seu corpo para se defender. Lembre-se: nós temos três cavalos, mas não somos nenhum deles. Temos o cavalo físico, mas não somos ele; temos o cavalo emocional e também não somos ele; e temos o cavalo mental e não somos ele. Nós somos algo que deve controlar e treinar estes cavalos. Então, faça isto. Ensine ao seu cavalo físico defender-se e ele o tirará das garras da morte, pois, como Elemental que é, aprende a lutar por sua própria defesa e de modo independente do controle de sua Mente. O cidadão brasileiro é totalmente responsável pelos estupros que sofre em situações como a do bancário brasiliense. O cidadão brasileiro, como bom preguiçoso e acomodado que é, não valoriza aprender a se defender por si mesmo. Prefere tomar seu chopp nos quiosques de praia ou nos bares da vida e deixar à Polícia que atue. Mas o policial dificilmente chega ao local do estupro social a tempo de impedi-lo de acontecer. Naquele momento, conforme dizia meu velho pai, "só se encontram presentes na situação perigosa você, o bandido e o Diabo. Deus está de costas. Então, o assunto é todo seu".
Pense nisto.
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