Páginas

terça-feira, 15 de novembro de 2011

IH, TÃO ARROCHANDO PRA CACHORRO!

Aí, que calor, santo Deus! O que se pode fazer pra esfriar
a Polícia Federal? Que santo me pode ajudar, Pai Orozimbo?
Aí, sinhô, num lhe disse pra num pedi chumbo grosso? Pois é. Agora, os home tão danado fuçando seu passado. E pelo que se vê, sinhô, ele num é nada limpim, não, né mermo? O sinhô foi pegado na maior mintira. Das mais besta, diga-se de passagem, nhor sim. Cuma é que tendo toda aquela dinheirama o sinhô foi aceitar viajar de jatim particular, home? Outros maracutaieiros já escorregaram nesta bosta, nhor sim. Eu agaranto. E óia qui nem sou instruído coma suncês, doutô. Mas é o diabo da ganância, né mermo? O sinhô pensou na economia de uns trocadins  se viajasse pras terras do Coroné Sarney de carona. Qui coisa, sinhô! Agora, pru causa de umas merrecas de tostões, eis que vosmicê 'tá engasgado e suando feito cuscuz na panela.
Usura, sinhô, nunca foi boa conselheira, num sabe? A usura é burrona. Ela num pensa no amenhã, não. Ela só vê o aqui-e-agora. Tocado por ela, o sinhô preferiu ir de graça ao feudo dos Sarneys e agora 'tá no istrume, ora se 'tá. E óia aí, num dianta usá prefume francês, nhor não. A inhaca da suadeira de medo dá um cecê dos diabos. Mantenha a compostura e o braço arriado. Não levanta ele, não, doutô, qui o pessoal vai torcê o nariz. Suvaqueira de medo é uma merda, ora se é. Preto véio sabe, sinhô. E cuma sabe...Cabou procê, né, Carlinho? Mas num chore não, minino. Vancê vai continuar cuma deputado. O povo é bonzim e vai votá em vancê novamente. No outro mandato da Vovozona, o povão já isqueceu desta enrascada toda e vassuncê vai vortá nos braços dele. Povão brasileiro é assim mermo, doutô, bonzim de coração qui dá reiva, ora se dá. Mas óia, toma vergonha e da outra veiz, quando suncê assentá o bundão noutra cadeira de ministro, disfarça mió. Vá lá que o povão do Brasil é burro pra diabo e munto esquecido. Mas suncê num deve abusar não, doutô. Diabo, home, suncê tem tanto zimbo dos roubos que feiz, qui nem percisa mais de burra pra inchê. Entonce, dá uma de bonzim e faiz alguma coisa qui preste, pra variar. Ansim, suncê será aplaudido de pé e o povão burrão vai ficar cantando hosana pra o doutô cuma se ele fosse santo. Véio sabe. Num vê o doutô Sarney? Ele trolha o Maranhão, mas o povão de lá lhe beija os pés cheios de chulé cuma se estivesse cheirando perfume francês...
Nóis semo assim, o que se há de fazê?
Inté o próximo pleito, doutô Calos. A gente s'incontra lá novamente, preto véio sabe...

Nenhum comentário:

Postar um comentário