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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

REDES SOCIAIS – VOCÊ NÃO ESCAPA DE NENHUMA

Você sabe o que são as Redes Sociais? Provavelmente, não. Mas não se preocupe. Não é somente você. É mais que a metade da população nacional brasileira. Talvez você, como esta maioria, pense que não tem nada a ver com isto. Ledo engano, meu caro. Posso garantir que você, eu e todas as pessoas no mundo todo vivemos presos nas malhas das inúmeras Redes Sociais. Elas começam no PODER PÚBLICO e se estendem até os mais longínquos subúrbios de nossas cidades. Por exemplo: Seja o Esquema da Rede Social da Saúde Pública, abaixo.
Os círculos exteriores representam os Centros de Atendimento Médico-ambulatorial que o Governo Municipal e o Governo Estadual constroem para o atendimento público de pacientes que dependem dos serviços médicos públicos. Os círculos intermediários representam Hospitais Municipais e Estaduais, além de outros (hospitais, clínicas conveniadas) e os círculos internos representam os Centros Administrativos que gerenciam a Rede Social Hospitalar, provendo-os de pessoal, infra-estrutura, equipamentos médico-hospitalares, remédios e tudo o mais que a Lei determina que tais entidades prestadoras de Serviços da Saúde Pública possuam. Com exceção, é claro, de hospitais, clínicas particulares e profissionais autônomos conveniados com a Rede Social da Saúde Pública Estadual, os quais devem prover-se segundo suas próprias possibilidades econômico-financeiras. Nós, enquanto cidadãos, estamos irremediavelmente aprisionados nesta rede. Não adiante ser rico e pagar consulta, internação etc... “por fora”. Seja como seja, a pessoa estará, sempre, aprisionada pela Rede Social da Saúde Pública Federal, Estadual e Municipal, pois as fábricas de remédios e de aparelhos hospitalares e ambulatoriais estão, também, dentro do sistema. Um sistema bem mais abrangente, porque é Federal.
No centro da Rede Social da Saúde Pública de qualquer Estado Brasileiro encontra-se o poder maior daquele Estado: o Governador. Abaixo dele está o Prefeito. Estas autoridades máximas, administradoras de todas as Redes Sociais desenvolvidas na nossa sociedade dita civilizada (só estou dando exemplo bem resumido da Rede Social da Saúde Pública, mas temos a Rede Social da Educação Pública, temos a Rede Social da Infraestrutura, temos a Rede Social da Receita Estadual e Municipal e assim por diante) deviam trabalhar com o foco na população; deviam priorizar as necessidades e o interesse público. No entanto, não é o que vem acontecendo. Políticos tendem a priorizar seus interesses corporativos e, alguns, os interesses individuais. Você está irremediavelmente dentro destas inúmeras Redes Sociais, logo, está mergulhado até os cabelos no processo político de sua municipalidade, de seu Estado e de seu país. Portanto, não adianta tentar ficar de fora do sistema político nacional, estadual ou municipal. Você está preso nas Redes Sociais que eles devem gerir em seu benefício e no benefício de todos.
Imagine, apenas imagine — pois seria impossível desenhar todas as redes sociais com seus caminhos de interrelação —, as inúmeras redes sociais nas quais você, sua esposa, seus filhos, seus netos, irmãos, irmãs etc... se encontram aprisionados. É um sistema gigantesco. Em alguma destas redes você encontrar-se-á como peça importante com seu trabalho como colaboração para a manutenção desta mesma rede. Portanto, quando você, tolamente, acha que “política é uma merda e não quero me meter com isto”, está ignorando a si mesmo e abdicando de seu direito de agir para forçar a correção dos desvios administrativos públicos.
Somos um país que agora é que começa a abrir os olhos, preguiçosamente, para a realidade da verdadeira vida comunitária nacional. Uma vida em que os dirigentes políticos devem assumir a responsabilidade de administrar o Bem Público – aqui incluído os impostos que todos pagamos – em prol da comunidade nacional e, não em prol de compadrios, favoritismos e metas pessoais. Por isto, temos políticos corruptos, ignorantes, “burros” instrucional e culturalmente falando. Costuma-se dizer jocosamente que “quem não estudou e não sabe fazer nada, vai ser político”. Isto foi uma dura e lamentável verdade no Brasil dos séculos passados. Mas está acabando. E tem de acabar depressa. Mas para que esta pressa seja efetiva, você tem que acordar para o fato de que está aprisionado nas Redes Sociais que constituem a sociedade onde vive. E não adianta fugir para a Europa ou a América, pois lá, todos os cidadãos vivem conscientemente inseridos em suas Redes Sociais. E são avessos aos estrangeiros. Cada vez mais avessos. Então, encurralados em nosso torrão natal, só temos uma saída: despertar para a realidade das Redes Sociais e de quão importante é o cidadão exercer vigilância sobre os políticos que elege para comandar estas redes.
Citei as Redes Sociais Públicas, mas há inúmeras outras das quais você não pode escapar. É o caso, por exemplo, das Redes Sociais Religiosas. Queira ou não, você está aprisionado em alguma delas. Por exemplo: seja o Espiritismo. Kardecista ou de Terreiro, todo brasileiro, independente de sua segunda religião, é espírita. Se quiser saber a importância do espiritismo na vida do brasileiro consulte o GOOGLE. Vai encontrar uma lista interminável de blogs espíritas, os quais são infinitamente mais lidos que este, meu. As pessoas que recorrem aos préstimos dos Espíritos ignoram que eles, lá onde estão, também vivem aprisionados em Redes Espirituais de cunho Social, pois, afinal de contas, são entidades que encarnam repetidamente no seu processo evolucionário.
Tomemos, por exemplo, um centro espírita onde o Guia Mestre é Bezerra de Menezes. Há centros deste Espírito que trabalham operando cura diretamente no Duplo Etérico, que, no espiritismo, é chamado de Perespírito. Os resultados das intervenções daqueles espíritos médicos nos corpos físicos dos “operados” são imediatos. A cura acontece ali, sob os olhos pasmos dos observadores. Em outros centros sob a mesma direção de Bezerra de Menezes, as curas demoram, pois as intervenções são feitas através da Oração e do Pedido sincero e puro daquele que realmente necessita da cura. Estes centros espíritas não curam qualquer um, como geralmente acontece no primeiro caso. Só os que são merecedores de receber o benefício é que são beneficiados.
Vejamos, agora, um Terreiro de Candomblé ou de Umbanda. Nestes terreiros quem trabalha são os assim chamados Pretos Velhos, Caboclos e Exus. Qualquer uma destas entidades deixa bem claro que seus trabalhos dependem ou da fé, ou do merecimento do consulente e não são imediatos. Demoram às vezes meses e anos. Estas entidades se voltam mais para a Magia Elementar, aquela magia nascida da ação humana e que se serve de forças primitivas planetárias. Dá para qualquer um vislumbrar que eles, também, estão submetidos a uma Rede Social Espiritual. É Social porque é humana; é constituída de espíritos humanos e foram eles que, quando encarnados, criaram as redes das quais falo aqui. Como disse Hermes Trismegisto: “assim como é em cima, é em baixo”.
Então, se você é um dos que lêem as publicações espíritas com voracidade, seja, também, um dos que me lêem. Mas faça isto com a mesma voracidade com que lê as publicações espiritistas, pois não falo sobre nada que não esteja inserido em uma Rede Social, a qual, de certa forma, liga-se àquelas espirituais. E se você, lendo meus escritos, desperta para a imperiosa necessidade de praticar seu civismo, sua cidadania, então, fique certo, você será uma pessoa bem melhor para o Brasil e para as comunidades espíritas, visto que elas também necessitam de consciências claras, objetivas, comprometidas com fazer e não somente com pedir.
Compreendo perfeitamente que sendo uma nação criança, o povo brasileiro tenha mais boca que ouvido; mais impulso que razão; mais desatenção que compromisso. No entanto, embora eu só alcance um público reduzido, é muito bom que consiga despertar meu leitor para uma faceta de sua vida que vem passando totalmente despercebida por ele. Eu sei que meu Blog é chato para a maioria dos internautas. Até porque estes se compõem de jovens miolos de pote, isto é, sem conteúdo instrucional e cultural suficiente para me compreender. Mas se os que me lêem se comprometerem a se tornar multiplicadores do que aqui escrevo, o âmbito de alcance deste blog aumentará substancialmente e, quem sabe? Mesmo depois de eu ter partido desta para melhor, um número maior de pessoas se voltarão para meus escritos com mais atenção e o Brasil poderá melhorar mais um pouco.
Espero, sinceramente, que o esboço que fiz sobre Redes Sociais tenha aberto um pouco mais sua mente, caro leitor, para o Sistema que abrange até mesmo o outro lado da vida.
NAMASTÊ!

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