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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O KARMA E A SEMENTE KÁRMICA

 Bom, antes de prosseguir com o estudo de nossa Terceira Raça-Raiz, como prometi, vou abordar um pouco o assunto do Carma. Acredite, ele não é nada fácil. Vou transcrever o início de um artigo que publiquei dia 23/11/2010 com o título “A Questão do Karma”. Só que com alguns reparos, considerando o artigo anterior a este de agora.
Vimos que as Identidades Individuais, chamadas comumente de Personalidades, segundo Blavatsky e sua Doutrina Secreta, permanecem aprisionadas no Sutratma. Para que elas poderiam servir, visto que deixaram de ser úteis na longa senda da transmigração do Espírito? Em primeiro lugar, constituem um arquivo recorrente para o Espírito ou verdadeiramente Tríade Encarnante; em segundo lugar, constituem o acervo de preciosas informações que serão disponibilizadas a todos os semelhantes, chegado o final do último Manvantara da Sétima Ronda ou grande Onda de Vida que passará pela Cadeia Setenária Terrestre, quando todos os homens e todas as mulheres aprovados na última seleção (esta que se aproxima preocupantemente de nós neste início de Século cristão é somente a passagem de uma vibração de Vida da Quinta Ronda, talvez a sexta vibração, logo, a penúltima desta Ronda) serão recolhidos à Mônada Humana e a experiência de cada um será compartilhada com todos, independentemente do sexo carnal que aqui tiveram. Na Mônada, a consciência não é individual, mas coletiva; e o que foi experiência e vivência de um passa a ser do conhecimento de todos, até que retorne um novo período mahamanvantárico, quando, então, as gotas monádicas voltarão a encarnar, agora bem mais sábias, bem mais selecionadas e bem mais adiantadas na senda evolutiva cósmica. Naquele futuro longínquo, a Terra não será senão um “cadáver planetário em desfazimento”, como é, agora, a Lua. A nova humanidade deverá iniciar suas Sete Rondas de Vida em outro planeta que, a julgar pelos ensinamentos ocultos, será bem melhor e bem mais sutil que este em que vivemos e onde desenvolvemos toda a nossa epopéia cósmica. Com certeza um planeta que estará orbitando outra estrela que não o Sol, pois este também terá tido seu fim. Mas, anotem, só os que se “salvarem“ na Seleção que vamos enfrentar poderá ter a felicidade de continuar a caminhada. Foi isto o que aconteceu com os Pitris Lunares, quando a Cadeia Lunar era aquela que estava ativa no Cosmos.
Agora, vamos voltar ao Karma. Como é que ele se inicia? Como é que se mantém? Como fazer para escapar definitivamente da Roda do Samsara, ou Roda das Encarnações, já conhecidas dos antiguíssimos egípcios com o nome de Ananké?
O vulgo fala do Karma como algo que é punitivo. Uma dívida que o indivíduo tem para com a Criação, a qual deve pagar; um erro que deve ser consertado. Realmente, o Karma é tudo isto e não é bem isto. A Lei do Karma é uma força corretiva, que não permite que a Alma em Evolução se desvie do Caminho e se ela o faz, a Lei a obriga a se corrigir, ainda que à custa de grandes dores.
O Karma se inicia no seu pensamento, leitor. Em toda encarnação de sua Alma, ele recomeça e faz aumentar a herança karmática que você já traz de sua existência anterior. Mais uma vez sou obrigado a fazer referência a Jesus, pois Ele foi o único Avatar que falou o mais abertamente possível aos homens, embora fosse necessário, como Ele mesmo dizia, que tivessem olhos de ver e ouvidos de ouvir aqueles que quisessem saber. No Monte das Oliveiras, antes de sua prisão, ele disse a seus discípulos: “Vigiai e orai para que o inimigo não vos pegue desprevenido”. Não falava dos pobres coitados armados de rudes lanças e portando pobres escudos, não. Falava-lhes esotericamente, alertando-os sobre o perigo que dali em diante estaria mais e mais vigilante e pronto para os assaltar, visto que Ele se estava retirando: os pensamentos que assolariam cada um deles.
Por que pensamentos?
Veja, você sabe que todos nós temos três corpos de manifestação, que desenvolvemos a duras penas durante nossa evolução neste mundo tridimensional em que fazemos nossa História Sideral. O corpo mais sutil e mais próximo da Divindade é aquele que se constitui de Matéria Mental. É nesta Matéria que temos nossa Mente, nossa Pisque. Mas não podemos deixar de levar em consideração que vivemos ativamente no Mundo de Matéria Densa, o Mundo de Lúcifer, o Mundo da Luz da Ilusão ou, como diz a Qaballah hebraica, o Mundo da Vaidade. Por isto, pela tremenda força que este Mundo exerce sobre nosso fraco Espírito, nossa Mente tem sido mais solicitada nos seus três subníveis mais densos no Plano Material Mental – conforme já expliquei exaustivamente em artigos anteriores.
Nossos pensamentos se voltam muito mais intensamente para os processos ilusórios da vida comunitária e exterior, do que para aqueles processos individuais e interiores.
Vivemos muito mais intensamente pela falsa Mente a que o vulga chama de Personalidade, do que pela Mente Imortal.
E nossa Personalidade é constituída de valores, de juízos, de conceitos e preconceitos totalmente inconsistentes, totalmente mutáveis e erráticos. Devido a isto, nossa atenção se volta muito mais para o exterior, para o Mâyâ, do que para a Verdade que silenciosamente espera dentro de cada um.
Como se não bastasse, somos ativamente estimulados pelos apelos manipulados intencionalmente por nossos semelhantes, que nos chamam incessantemente para o fútil, o passageiro, o ilusório e o sem valor. Não nos valorizamos como devíamos, mas valorizamos tudo o que construímos – carros, televisões, boates, motéis, luxo, luxúria etc... Acreditamos no Social e nos deixamos fascinar pelos seus apelos consumistas. E nos tornamos egoístas e maldosos, muito, mas muito maldosos.
Desculpem que eu, neste momento, adentre a gramática da língua portuguesa e brasileira (aulas de gramática são dadas por mim no blog WWW.orisval.wordpress.com). Mas é necessário. O sufixo oso (osa), empresta à palavra que faz derivar de outra o sentido de “cheio de”. Então, quando digo maldosos quero dizer que nos tornamos cheios de maldade. E não é necessário ir a um laboratório de Psicologia Experimental para verificar isto através de experimento rigorosamente controlado. Basta observarmos nossos próprios parentes mais próximos – nossos filhos, nossa esposa ou nosso esposo.
Esta maldade adquirida desde muito cedo, rege nossos modos de pensar. Não conseguimos engendrar um pensamento puro, pois vivemos em uma sociedade fundamentada na Mentira, na Falsidade e na Corrupção – atributos que são de cada um de nós, mas que colocamos às toneladas naquilo que criamos – a Sociedade. Todos os nossos pensamentos têm um quê de maldade. Este quê é o famoso mas... que há em quase todas as opiniões ou julgamentos que emitimos a respeito de alguém ou de algo. Pois bem, são justamente estes pensamentos maldosos que, muitas vezes, nem expressamos, que constituem as nossas sementes kármicas. Podemos ter um pensamento maldoso e não realizá-lo, como o pensamento de nos vingarmos de alguém. No entanto, só por haver imaginado a vingança nós já criamos uma semente kármica que ficará aguardando o momento de dar seu fruto. Compreendeu? Conforme alertava o Homem de Nazaré: “Em verdade, em verdade vos digo: se um homem pensa em fornicar com uma mulher, ele já cometeu o pecado com ela”. O Rei dos Reis não brincava nem exagerava.
Agora eu lhe pergunto: “nesta sociedade imoral e desbragadamente erotizada e libidinosa, com quantas mulheres você já se imaginou fornicando? Ou, se você é mulher, com quantos homens você alimentou este pensamento?”
Também lhe pergunto: “nesta sociedade cultuadora do machismo, da violência e do culto ao dinheiro acima de tudo, quantos pensamentos maus você alimentou e ainda alimenta relativamente à violência, à ganância e a processos similares?
Pois bem, todos esses seus pensamentos maus são sementes kármicas que você gerou e que espera, como a semente enterrada na terra, pelo momento certo de florescer. Poderá não acontecer nesta sua encarnação, mas com certeza virá à tona em sua encarnação futura. Você, enquanto vive seu aqui-e-agora irresponsável, constrói seu destino futuro. Não é à-toa que a Igreja Católica engendrou a oração “PROFISSÃO DE FÉ”, também conhecida como “EU, PECADOR”, que inicia assim:
”Eu, pecador, me confesso a Deus todo poderoso, criador do céu e da terra, a Jesus Cristo, um só Seu Filho, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo e a todos os santos que pequei muitas vezes por pensamentos, palavras e obras, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa...
É claro que a Igreja Católica coloca na oração uma profissão de fé de seus fiéis naqueles dogmas que espertamente os Papas criaram e que não deviam estar ali como armadilhas à espera da presa. Mas tirando isto, a oração contém veladamente um alerta aos fiéis quanto às sementes cármicas que produzem às centenas, aos milhares, diariamente, a todo o momento de suas existências, de modo ignorante, irresponsável e condenável. Os padres católicos criaram a confissão, ato em que o fiel devia ajoelhar-se no confessionário e ali contar a um padre (supostamente investido da mesma autoridade que o Cristo havia delegado aos seus Apóstolos), os seus pecados (definidos de conformidade com a política e os objetivos do Vaticano e segundo os processos sociais vigentes em cada época) a fim de que este lhe desse a absolvição. Como se um homem pecador e ignorante pudesse absolver outro homem tão pecador e ignorante quanto ele mesmo, em nome do Inominado...
Você percebe, agora, o quanto lhe é difícil escapar da Roda do Samsara? Percebe o perigo em que se encontra, se eu estiver certo quanto a estarmos no final de uma das últimas Vibrações da Sexta Onda de Vida que percorre nossa Cadeia Setenária Terrestre? Pense nisto:
A quantidade de homens encarnados está diminuindo muito, graças às guerras a que se entregam, sejam aquelas legais, entre países, sejam aquelas sujas, travadas nas favelas dominadas pelo Crime; sejam aquelas dos trânsitos nas cidades do mundo;
Do que sobra, a metade é constituída de espermatozóides estragados, pois geraram homossexuais que não querem ou não conseguem engravidar uma mulher;
Do que sobra, a metade não se interessa por engravidar uma mulher porque não quer nem pensar em assumir a pesada responsabilidade de construir uma família, criar e educar filhos;
Do que sobra, a metade encontra pela frente uma maioria esmagadora de mulheres que não querem engravidar, mas somente se servir do sexo para obter prazer e nada mais. Assim, previnem-se de todos os modos contra uma “gravidez indesejada”.
Ora, se, como bem o mostrou o filme Nosso Lar, do outro lado da vida há uma fila enorme de Espíritos desesperados para retomar sua evolução na forma encarnada, então, nossos irmãos de lá estão puxando os cabelos com a escassez de oportunidades que vêem do lado de cá. Se e quando você “subir” com certeza será mais um Espírito angustiado por uma oportunidade também. Não dá um arrepiozinho na espinha, não? Talvez a grande maioria dos que lá se encontram não tenha mais chances de retornar e conseguir uma oportunidade de se livrar do Karma que construíram e – o que será por demais difícil – livrar-se de gerar mais sementes kármicas...
Bom, deixando o "terrorismo" de lado, há uma pergunta que qualquer um de vocês poderia ter feito: como a Terra se formou? Como foi que ela passou do estado etérico para o estado sólido? Aceitando-se a tal Cadeia Setenária Planetária Terrestre, quando foi que o Glóbulo que era a Terra nesta cadeia veio "cair" no Plano de Matéria Densa? Deus estalou os dedos e "puft!" lá estava ela?
A gente vai mostrar que a Ciência não está longe do que afirma a Teosofia, pelo menos no que tange aos tempos geológicos.
Mas é bom, meu amigo, que vocêv ouça a Voz d’Ele, que ainda ecoa bem forte no Espaço que nos envolve:
VIGIAI E ORAI, PARA QUE O INIMIGO NÃO VOS PEGUE DESPREVENIDO.
Namastê!

Um comentário:

  1. Realmente percebo o quanto somos tudo e o nada ao mesmo tempo.
    Nossa humanidade esta perdida, pois 99% ja gerou mais debitos do que se possa pagar e os 1% lutam ou pelo menos tentam se livrar do maximo de sementes carmicas possiveis e acumular o maximo de darmas para tentar ganhar um lugar na barca da evolução espiritual.
    Por experiencia propria digo que é uma tarefa realmente muito, mas muito dificil, pois o meio social é como um forte ima que te puxa a todo o momento e temos que lutar contra este ima e contra nossa propria vontade de se deixar puxar pelo ima. É uma guerra dura e implacavel.

    Luto para fazer parte do 1% e luto para continuar lutando ate o ultimo suspiro.

    Amen...

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