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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A EVOLUÇÃO DA SEGUNDA RAÇA-RAIZ


A Terra Nascente, na Lua. Simboliza aqui
o princípio da Evolução Espiritual Humana

Inicialmente, como já foi dito, os Pitris lunares – que se dividiam em duas classes, os Barhishads e os Agnishvâttas – criaram formas estranhas, rústicas. No mais denso nível do Plano de Matéria Astral surgiram seres esquisitos, como faunos, tritãos, sereias, ogros, titãs, ciclopes, medusas e centenas e centenas de outros, totalmente inadequados para a vida no mundo físico-químico. Além das formas estranhas, eram puro impulso, puro instinto. Não possuíam Mente capaz de criar e modificar o meio ambiente. Além do mais, eram seres que se encontravam demasiadamente próximos de sua fonte divina e se voltavam para ela, em vez de para a Terra. Seus criadores foram os Pitris Barhishads. Os Agnishvattâs eram “desprovidos do fogo criador” – ou seja, eram desprovidos do Desejo e de suas reações derivadas – portanto, eram inaptos para criar. Eles não possuíam Duplo Etérico nem Corpo Astral que pudessem projetar nos subplanos inferiores da Matéria Astral e Densa. Entretanto, somente eles podiam completar o Homem tal e qual Brâhman (Jeovah), o Criador, desejava.
Você deve estar lembrado deste trecho, que pertence à última publicação que fiz sobre nossa origem. Então, vamos continuar.


Há duas forças que impulsionam o homem para a evolução e o desenvolvimento de sua força espiritual. Estas duas forças são: a) A Mônada, ou seja, a força monádica que está presente na gotícula desprendida da verdadeira Mônada Humana e que constitui a matéria prima de nossa constituição; b) o Corpo Astral inferior (os quatro subníveis de que já falei e que o leitor deve estar lembrado). Este Corpo Astral Inferior constitui o 'Eu Pessoal" de cada indivíduo. Mas para tanto, não nos esqueçamos, ele funciona em dependência direta da Mente Inferior, que compreende os quatro subplanos inferiores do Plano Mental - dos quais o leitor também deve estar lembrado. A força monádica está presente tanto no homem quanto no vegetal. Devido a essa identidade com a Mônada original, a gotícula monádica humana é todo poderosa no Plano Arûpa ou Sem Forma, que é o plano material que ocorre a partir da sutileza atômica que acontece do Plano Mental Superior para cima. NOTA: Por isto é que San Germain ensina sobre o poder da concentração no mantra EU SOU.

No Plano de Matéria Densa, onde possuímos nosso intelecto que é também chamado de Mente (só que esta, é mortal), a Força da Essência Monádica não tem energia suficiente para se sobrepor à Tanha material e permanece apenas como potência. Individualmente ela é inativa na maioria esmagadora da humanidade. Usando uma alegoria de Blavatsky para que se compreenda o que é dito: a luz solar banha tudo sobre a face da Terra. Mas se uma planta for retirada de seu alcance e levada para um local onde a luz não penetra, a luz não a seguirá. A mesma coisa sucede com Atman: a não ser que o Ego Superior se volte para o seu Sol - a Mônada de onde é originário - o Ego Inferior, com seu feroz egoísmo e sua intensa Tanha predominará em todos os casos. Na Segunda Raça-raiz, diz-se que os Espíritos da Terra revestiram as Sombras (Chhâyâs) e as fizeram dilatarem-se. A esses espíritos pertencem temporariamente os Eus Astrais humanos e são eles que constroem o tabernáculo físico do homem para alojar sua gotícula monádica. Entretanto, sabiamente, o Criador faz que os Lhas solares (espíritos solares) vivifiquem e mantenham a vida imorredoura no Châya infundindo-lhe constantemente o prana ou Chi solar. Sei que inicialmente parece estranho que haja tantos "espíritos" naturais envolvidos com a formação do homem, mas se se medita melhor, não poderia ser diferente. Afinal, todos os subplanos dos Planos Materiais são povoados de Glóbulos Planetários e sobre eles puluam milhões e milhões de seres que, em nossa simbologia linguística, são chamados de "espíritos" porque têm corpos diáfanos e têm certas habilidades (poderes) que ainda não possuímos, mercê mesmo dos ambientes onde vivem. E não devemos olvidar que no início éramos como fetos no ventre materno: não tínhamos controle sobre nós mesmos nem consciência de que existíamos. Estávamos em formação; em criação.

Nos planos psíquicos e espiritual é o Âtman, o Espírito Solar ou Logos Solar, que mantém sempre reaquecido o Homem Interno, isto é, a gotícula de essência monádica que realmente somos. Só o Âtman pode conferir ao Homem interno sua imortalidade. A "descida" ou "queda" do Homem acontece até à metada da quarta raça-raiz. A partir daqui ele começa seu ponto de retorno, isto é, sua ascensão. Mas esta não se dá sem sacrifício. Os Progenitores, ou seja, os Pitris lunares, que construíram as formas físicas humanas e se mantiveram como a força que as impulsionam até o ponto de volta ou ponto de retorno na metade da existência da Quarta Raça-Raiz, trajeto em que o homem deve evoluir sempre no sentido da perfeição, perde em espiritualidade. A partir do ponto de volta é o Eu Superior ou Princípio reencarnante humano, também chamado de Nous, pelos sábios gregos, e Mente Imortal pelos Teosofistas e Ocultistas em geral, que passa a gerir e a se impor sobre o Ego Animal, o Chhâyâ astral. É neste ponto que ocorre a batalha entre o Bem e o Mal, linguagem simbólica para a tremenda luta do Ego Superior Humano para vencer o Chhâyâ astral. Se este vence, o Ego perde o embate e é arrastado "para baixo", isto é, passa a ser dominado pela Tanha e perde seu Antakarana, o fio de ouro que liga a Mente Mortal ao Ego Superior. A pessoa que perde esta batalha está fadada ao Fim absoluto. Ela é alijada do fluxo evolutivo e sua essência retorna à Mônada Primitiva absolutamente sem qualquer lembrança do que já foi. O Espírito humano deixa de existir absolutamente. É a condenação eterna, pois só após decorridos milhões de dias de Budha é que aquela essência totalmente purificada e que já foi um ser humano, uma pessoa, voltará a percorrer novamente a senda da descida...

Chamo a atenção para o fato de que todos nós, independentemente de país ou religião, estamos nesta batalha, pois toda a humanidade civilizada se encontra na alça ascendente, na subida para se tornar Espírito de Luz, um mini-Deus todo poderoso espiritualmente. E é absolutamente necessário estarmos atentos ao poder da Tanha e do Apego, pois estes dois impostores podem fazer que caiamos no abismo do Nada. Estamos na Época do Julgamento Final, para nos servirmos da simbologia bíblica. Dvemos ter em mente que o Vício (sob todas as formas, desde aquele nascido na corrupção de valores Éticos e Morais, até aqueles resultantes do apego a costumes depravados, que visam à satisfação carnal - tabagismo, alcoolismo, drogadicção, sexo desbragado, cópula amoral e sem finalidade espiritual, assassinatos, endeusamento da mentira e de outros vícios ou defeitos de Identidade etc...) - e a maldade egoísta constituem uma manifestação anormal e antinatural, nascida até mesmo das perturbações planetárias que sobrevieram à Terra devido à ação desastrada de humanidades anteriores, que constituímos em nossa caminhada pregressa. Nunca, porém, a Humanidade foi mais egoísta e viciosa do que nestes dois últimos séculos. As nações ditas civilizadas e desenvolvidas fazem do Egoísmo e do Apego ao Material e ao Amoral uma característica intrínseca à sua constituição, à sua Identidade. Isto é uma prova e um alerta máximo aos que "têm olhos de ver e ouvidos de ouvir" do quanto a natureza excepcional do desvio evolutivo nos está dominando e literalmente, matando.

No livro hebreu denominado Zohar, a constituição desta saga humana se encontra explicada do seguinte modo: primeiramente tem-se o Aïn, o Espírito do Espaço; o Incognoscível e inimaginável. A seguir, vem o Aïn Soph, chamado pelos Rabinos em suas práticas religiosas de "O culto do Oculto", Aquilo que corresponde ao Brahmân indiano, o Espírito da Matéria Primordial. Depois vem o Aïon Soph Aor, o correspondente ao Brahma, o Criador de duas faces - Vishnu (o senhor da criação) e Shiva (o senhor da destruição), dos quais já falei em artigos anteriores. Depois vem a Tríade Sagrada constituída pelos sephirot Keter, a Coroa; Hokhamah, a Sabedoria Divina; e Binah, a Inteligência Divina. A seguir vêm os sete sephirot: Hesed, a Misericórdia Divina; Din, a Justiça Divina; Tipheret, a Beleza Divina; Netsah, a Vitória Divina, Hod, a Glória Divina, Yesod, o Fundamento Divino; e Malkut, o Reino Divino. Este reino, Malkut, corresponde também à Terra, o Paraíso dado por Deus ao Homem e que este vem conspurcando tresloucadamente. Cada Sephirat, das sete inferiores, corresponde a um Plano de Matéria. Por isto é que Malkut corresponde à Terra, a matéria mais densa do Espaço.   

Os sete sephirot constituem o Mundo Atzilático, um Mundo de Emanações. Deste, nascem outros três mundos: o Mundo Briático, chamado TRONO, a Mansão dos Espíritos Puros; o mundo da Formação, ou Mundo Jetzirático, a morada dos Anjos; finalmente o terceiro mundo, nascido deste segundo, o Mundo da Ação ou Mundo Asiático, o Mundo Kiphoth, que é a Terra, o nosso mundo. Ddiz-se que este mundo contém as outras três esferas ou os outros três mundos e, nele, está a residência do Príncipe das Trevas. Ao ver de Blavatsky isto não poderia ser mais claro, pois o nome Metatron, o Anjo do Segundo Mundo, ou Mundo Briático (o Mundo dos Espíritos Puros), significa Mensageiro. O Príncipe das Trevas é, na verdade, o homem, pois a Matéria Densa é conhecida como a treva e é nela que o homem tem existência e é nela que aprende a ser seu senhor.

Abaixo de Metatron encontram-se os Anjos do Terceiro Mundo, o Mundo Jetzirático, cujas dez e cujas sete classes constituem os sephirot. São dez classes, quando se considera o triângulo sagrado formado pelas Sephirot Kether, Hokhamah e Binah; são sete se se considera somente as sete outras sephirot. A Qaballah hebraica diz que "as sephirot habitam ou vivificam este mundo como entidades e inteligências essenciais; e seus contrários correlativos e lógicos moram no terceiro mundo habitável, chamado Asiático".
Estes "contrários", ensina Mestre Koot-Humi através de Blavatsky, são denominados os "Cascões" ou "Demônios" e eles moram nas habitações chamadas nos ensinamentos hebraicos de Sheba Hachaloth, que são as sete Zonas em que está dividido o nosso Globo Terrestre (Nota: há uma vertente do Ocultismo que diz que o planeta está dividido em nove e, não, em sete zonas). Na Qaballah o seu príncipe é o arcanjo Samael, também conhecido como o Arcanjo da Morte, simbolizado na Serpente tentadora, o Satã. Mas este Satã também é Lúcifer, o radiante Anjo da Luz, o portador da Luz e da Vida. Não nos esqueçamos que a Luz de Lúcifer corresponde à Luz da Vaidade, a Luz do Mâyâ indiano, necessário à evolução do Espírito humano. O livro da Sabedoria ensina que "todas as almas (gotículas monádicas) são preexistentes nos Mundos das Emanações". E o Zohar hebraico ensina que na "Alma" está o homem real, verdadeiro, ou seja, o Ego Imortal, o consciente EU SOU que é nosso Manas.
Blavatsky assinala que todas as antigas Escrituras e Cosmogonias asseveram que o homem evoluiu primitivamente como uma forma luminosa incorpórea sobre a qual foi construído o arcabouço físico de seu corpo mortal, orgânico. O Zohar complementa: "com formas e tipos inferiores da vida animal terrestre". Segundo o Zohar hebraico " A alma e a Forma, ao descerem sobre a Terra, tomaram vestimentas terrestres". Estas vestimentas são os corpos adequados a cada espécie de ser que encarnava. Já no que tange ao homem, seu corpo protoplasmático da Segunda Raça-Raiz, etéreo, não estava ainda formado desta matéria carnal de que são constituídas, agora, as nossas estruturas mortais.
A tríplice natureza latente do homem se reflete em suas três emanações ativas, transcendentais, que são: Atma, Buddhi e Manas. Estas três emanações constituem a base espiritual e também a base material humana.
A Lei da Evolução obrigou os Pais Lunares do homem, os Pitris, a passarem,  em seu estado monádico, por todas as formas da vida e do ser neste Globo Terrestre. No final da Terceira Ronda (terceira emanação de Vida que percorre a Cadeia Setenária) eles já eram humanos em sua natureza divina e, por isto, foram chamados a ser os criadores das formas destinadas a servir de tabernáculos das Mônadas menos adiantadas que estavam na vez de reencarnar. Estas formas são chamadas de filhos do Yoga, onde Yoga equivale a Dhyâna. Então, os Filhos de Dhyâna, resultado daquela meditação abstrata por meio da qual os Dhyâni-Buddhas criam seus filhos celestiais, tornam-se posteriormente os Dhyâni-Bodhisattvas.
Uma vez que ainda eram protoplasmáticos e não possuíam o sexo genital, os homens da primeira raça geraram os da segunda raça através do brotamento, como já foi descrito. Então, a raça assexuada (a Segunda Raça-Raiz da Humanidade) foi gerada pela raça Sem Sexo. Blavatsky chama a atenção para o fato de que brotamento é mesmo a palavra empregada na Estância do Livro de Dzyan. A forma astral que revestia a gotícula monádica estava, como ainda está em nossos dias, envolta por sua Esfera Ovóide (o Ovo Áurico de que já falei). Este ovo correspode à substância da célula-germe - o óvulo. A própria Forma Astral é o núcleo dotado, hoje como naquela época, do Princípio da Vida. Quando chegava a forma da reprodução, o Subastral expelia uma miniatura de si mesmo de dentro daquele ovo que formava a aura ambiente. Este germe, à moda do que sucede com a própria gotícula monádica que nunca se desliga totalmente da Mônada Humana, à qual permanece ligada pelo Sutratma, permanecia ligado ao seu ovo gerador, alimentando-se nele. Assim, os primeiros homens da Segunda Raça-Raiz foram os pais dos que foram chamados de Os Nascidos do Suor; os últimos membros da Segunda Raça-Raiz já eram os Nascidos do Suor. Por que nascidos do suor? Justamente porque o brotamento semelhava o suor que brota de nossos poros em dias quentes.
Os Filhos de Dhyâna, a raça astral primitiva, passaram, como raça ou coletividade humana, por sete fases de evolução, tal qual ocorreu e ainda ocorre no caso de cada ser idividual. Entretanto, ensina-nos Blavatsky, com a evolução do corpo humano, os homens das quinta, sexta e sétima sub-raças da Segunda Raça Raiz (houveram sete sub-raças) vieram-se formando gradualmente de outro modo. Cada sub-raça com suas sub-sub-raças, muitas das quais desapareceram por serem defeituosas, tiveram muitos evos de duração. Após o brotamento, a Segunda Raça-Raiz terminou suas mais avançadas sub-raças como hermafroditas. Onde viveu esta humanidade? Segundo A Doutrina Secreta, ela viveu no Continente Hiperbóreo. Este território corresponderia ao que se conhece como o Norte da Ásia. O termo Hiperbóreo vem do grego, hiper = além de; e Bóreas, o Deus de Coração Gelado. Hiperbórea seria o local para onde Apolo viajava todos os anos. Apolo, do ponto de vista astronômico, é o Sol. Na Hiperbórea o Sol não se punha durante a metade do ano e seria esta a alegria de Apolo.

Bom, em linhas gerais e suprimindo todos os arrazoados e divagações de Blavatsky para conseguir que se aceite a idéia de como foi a Segunda Raça-Raiz da Humanidade, finda aqui nosso estudo sobre ela. No próximo artigo falarei sobre a Terceira Raça-Raiz.

Até lá.

NAMASTÊ!








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