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sábado, 24 de julho de 2010

COMO FOMOS CRIADOS PELO CRIADOR?



Deus... Nada mais misterioso e desafiador; nada mais irresistivelmente atraente para a entidade humana a partir do momento em que se conhece como um Ser no Mundo. Quem é esse Ser Misterioso? Onde habita? O que faz? Por que faz? Qual é nossa relação com Ele? Por que cria as coisas? Por que nos cria? Que pretende que façamos? Por que criou a dor e o sofrimento, se se diz que é o Pai da Bondade e da Caridade? Por que Seus caminhos são sempre espinhosos e dolorosos, se Ele é Amor e Felicidade?

Bom, uma parcela altamente significativa da Humanidade se deixa guiar pela Fé Cristã. O Cristianismo moldou indelevelmente a História Evolutiva da Alma humana sobre a Terra e mesmo nestes anos conturbados de crenças e descrenças variadas, ainda é a Religião que mais poder mantém entre as nações.
Cristianismo deriva do termo khristós, grego, que alguns traduzem para o português como "Profeta" e outros como "ungido". O Jesus hebreu foi tanto profeta quanto um Rei ungido, portanto, ele pode ser considerado o protótipo dos significados atribuídos ao termo grego. No entanto, para que se tenha uma razoável compreensão dos processos intrincados sobre como foi que nós chegamos a este planeta na condição de animais humanos é necessário buscar outras fontes que não aquela dos conhecimentos Cabalísticos hebraicos. Até porque a Qaballah não contém a Verdade, senão apenas uma parcela de sua totalidade. Ela pára no Eloin Jeovah e o toma como sendo Deus, quando, na verdade, Ele é somente um enviado do Verdadeiro Criador...
Para começar é necessário que o leitor se dispa de todas as informações que possui sobre este misterioso tema tão debatido pelos séculos de nossa existência. Dispa-se de todos os seus conceitos e preconceitos a respeito dele. E, finalmente, leia as informações que se seguem apenas como mais um caminho a ser perquirido, testado (se isto for possível), meditado e estudado com muita seriedade, pois as coisas sagradas não estão ao alcance de qualquer um.

O que vou escrever está contido na monumental obra de Mme Helena Petrovna Blavatsky, uma pessoa tão discutida sobre seu trabalho quanto se pode imaginar. No entanto, ele é lógico e não parece ser passível de questionamento sério. Muitos o têm realmente colocado em dúvida, mas quando alguém se debruça a estudar e pensar a respeito do que ela escreveu no seu trabalho intitulado A DOUTRINA SECRETA, termina por aceitá-lo como a melhor explicação que já foi oferecida aos homens sobre sua origem divina, sua imortalidade, sua necessidade de evoluir e a razão de ter que descer ao mundo inferior, a Terra, para revestir-se de um corpo carnal, onde sofre, envelhece e desencarna sempre com dor. Ela nos explica que não existe esta história de ateísmo, pois conscientes ou não, querendo ou não, todos estamos inseridos nas Leis e no Fluxo da Verdadeira Religião e todas as nossas existências não se passam senão obedecendo as Regras, as Noras e as Leis da Verdadeira Religião.

A DOUTRINA SECRETA contém ensinamentos que são muito anteriores a quaisquer outros em quaisquer partes do mundo. Anteriores à sabedoria dos flamens dialis (sacerdotes) do Antigo Egito; anteriores ao Mazdeísmo, a doutrina Persa; anteriores ao conhecimento dos chineses denominado TAO; anteriores mesmo ao próprio Budhismo. Segundo o Mestre Ascencionado que teria ditado a obra a Blavatsky, A Doutrina Secreta é a raiz de todas as religiões, desde tempos absolutamente imemoriais.

Vou começar pela contagem do tempo, segundo Rao Bahadur P. Sreevivas, adotado por Blavatsky e por ela citado no terceiro volume de sua obra. Os anos são lunares e, não, solares. É preciso que o leitor, mormente aquele que não tenha qualquer base em Teosofia ou Ocultismo, se esforce para compreender a enormidade dos tempos considerados no dimensionamento temporal citado, pois é dentro dele que se passa nossa História.

Então, vamos começar, sabendo que por ano mortal se compreende o ano lunar; que o termo sânscrito Mahâ significa grande e o termo sânscrito Cohan quer dizer Senhor e o termo YUGA significa um período de tempo. Além disto, devemos compreender o termo Manvantara como Existência objetiva, concreta, quando se refere ao plano Material Denso; e Consciência quando se refere ao plano Material Mental. Já seu oposto, Pralaya significa A Não-Existência objetiva, concreta, quando se refere ao plano Material Denso; e A Não-Consciência, quando se refere ao plano Material Mental.
Então, compreendido estes significados, temos:

1 ano mortal é composto de 360 dias lunares;
432.000 anos mortais compõem o Kali Yuga;
864.000 anos mortais compõem o Dvâpara Yuga;
1.196.000 anos mortais compõem o Tetrâ Yuga;
1.728.000 anos mortais compõem o Krita Yuga;
4.320.000 anos mortais corresponde à soma dos quatro Yugas = um Mahâ Yuga;
306.720.000 anos mortais correspondem a 71 Mâha Yuga, período do reinado de um Manu;
308.448.000 anos mortais correspondem a um Manvantara;
4.294.080.000 anos mortais é o reinado de 14 Manus, que equivalem a 994 Mahâ Yugas;
25.920.000 anos mortais é o intervalo entre os reinados dos Manus = 6 Mahâ Yugas;
4.320.000.000 é o total de anos mortais correspondentes aos quatorze Manus mais seus interregnos e é igual a 1.000 Mahâ Yugas, perfazendo um Kalpa, isto é, um dia de Brahma.
8.640.000.000 corresponde a um dia e uma noite de Brahma.
3.110.400.000.000 de Dias e Noites de Brahma completam um ano mortal de Brahma;
311.040.000.000.000 correspondem a 100 anos mortais de Brahma, ou seja: um Mahâ Kalpa.

É com estes tempos mais que astronômicos que vamos lidar quando falarmos da História Secreta de nossa Formação como entidades humanas, segundo os ensinamentos da DOUTRINA SECRETA.
As cifras acima são aceitas em toda a Índia. Mas são cifras exotéricas e, não, esotéricas. Isto quer dizer que estas últimas são maiores, embora a correspondência entre elas seja relativamente próxima.
O período correspondente a um Mahâ Kalpa perfaz a duração de um Mahâ-Manvantara ou Mahâ Yuga e é neste período que TODA A MATÉRIA QUE PREFORMA AS GALÁXIAS deixa de existir e retorna à sua condição de koilon ou Mûlaprakriti, ficando apenas o Espaço "vazio. Este assunto será abordado posteriormente. A mesma duração tem o período conhecido como Mahâ Pralaya. A alternância entre um período Mahâ-manvantárico, quando tudo tem existência e um período Mahâ-praláico, quando tudo deixa de existir, é poeticamente conhecido entre os budhistas como "a Expiração e a Inspiração de Brahma".
O ato de "inspirar", isto é, quando começa e prossegue até o final um período praláico, onde tudo perde a existência, é simbolizado na Índia pela Deusa Exotérica SHIVA, a destruidora. Já o ato de "expirar", isto é, quando começa e prossegue até o final um período manvantárico, onde tudo ganha existência, é simbolizado na Índia pelo Deus Vishinu, o Criador.

Vamos, agora, para algumas definições que devem ser literalmente decoradas pelo estudante. Há um termo tão antigo que sua origem se perde na duração de um Mahâ Kalpa, usado nas regiões trans-himaláicas para designar um Espírito. Este termo é LHA e ele designa todas as hierarquias celestiais, desde aquelas dos Dhyâni (arcanjos, no linguajar cristão) até um anjo das trevas, ou seja, uma pessoa encarnada neste planeta. Muitas vezes o termo DHYÂNI é usado na acepção de Deus Menor e seu plural, DHYÂNIS, é empregado siginficando "deuses" ou "deuses menores".
O homem, enquanto entidade encarnada, ser social, pessoa, indivíduo, é designado por Manushya. Enquanto entidade espiritual que se encarna é chamado de DHYÂN-CHOHAN. Logicamente este dhyân-chohan é mais conhecido entre nós como espírito ou alma. Mas o termo dhyân-chohan é muito mais completo e muito mais complexo do que estes outros dois.
Bom, até aqui tenho certeza de que a mente do leitor já "entrou em parafuso", se não é um estudioso da Doutrina Secreta ou de Ocultismo profundo. Então, vou dar um tempo para que estude, lendo e relendo este texto até que as idéias, os conceitos, nele explicados se tornem familiares ao seu intelecto.

Um abraço.

Orisval


















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