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domingo, 10 de julho de 2011

CASAMENTO, O QUE É ISTO?

O SONHO OCULTO DE TODAS AS MULHERES:
CASAR
Talvez você estranhe a pergunta, mas ela abrange uma gama complexa de estruturas sociais e cognitivas. Segundo o Dicionário Michaelis, Casamento é a união legítima de homem e mulher para constituir família.  A nossaConstituição, no Título VIII - Da Ordem Social; no Capítulo VII - Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso, endossa esta visão: o casamento é a união de um homem com uma mulher para a constituição de família. Logicamente se subentende aqui que desta união macho-fêmea, através da cópula do casal assim formado, surgirão crianças que solidificarão a constituição de uma família. Nada é mais claro e mais coerente com a Mãe Natureza. Aqui, como no Dicionário, não se endossa o atual e esquisito "casamento homoafetivo". E sinceramente espero que nenhum Deputado tenha a bendita idéia de alterar a Constituição para introduzir esta aberração como algo natural e Legal. Pode até ser aceitável (para muitos, não para mim) a união homoafetiva, mas eu não votaria na alteração nem dos Dicionários, nem da Constituição para introduzir a aceitação deste desvio libidinal na evolução da Entidade Humana.


Segundo o Espiritismo, o Espírito não tem sexo. Este fenômeno é restrito à dimensão terrena, sólida, ilusória. Um espírito tanto pode encarnar como macho quanto como fêmea. Daí que, às vezes, se confunde ao tomar posse de um novo corpo e dá ensejo ao aparecimento de pessoas com "opções sexuais" diferentes. Ensina, também, a Teosofia, que os Espíritos encarnam como machos no máximo três vezes seguidas a mesma coisa no que tange à forma feminina, pois ultrapassar este limite é formar uma tendência prejudicial à evolução espiritual. No final, somos todos andróginos e não seria normal um espírito com tendência totalmente feminina ou totalmente masculina. Bom, não posso afirmar que estejam com a razão, visto que quem assim afirma são homens e mulheres que treinaram arduamente para conseguirem desenvolver a Terceira Visão a fim de pesquisarem nos mundos mais sutis que este em que vivemos. No entanto, é coerente e, assim, até que se prove o contrário, aceito a premissa como válida.

Pastores Gays se casam, no Rio. Como Pode?


Nenhuma filosofia religiosa se ocupa muito com a questão da homossexualidade, visto que para todas elas, trata-se de um desvio na Evolução do Espírito humano. Estou concorde com esta visão, até porque sou Teosofista convicto. No entanto, mais além de um desvio evolutivo, a homossexualidade tem complicações bem mais terra-a-terra. Por exemplo: na fase embrionária os hormônios sexuais não estão totalmente definidos. Não há predomínio nem de hormônio masculino, nem de hormônio feminino. Então, em curto período de nossa formação, somos andróginos. Passado este período, um dos dois hormônios predomina sobre o outro e é aqui que entra a complicação. Quando o hormônio testosterona predomina claramente na constituição fetal, nasce o homem; quando o hormônio progesterona é quem predomina, nasce a mulher. Seria muito fácil, se não houvesse aquela história de empate ou de quase empate. Nestes casos, nasce um ser que não é predominantemente masculino nem predominantemente feminino. Meninos que detestam violência, detestam jogar bola, detestam esportes de competição, detestam lutas, mas gostam de pintura, de música, de arrumar a casa, de brincar com bonecas, de cozinhar e de bordar. Tais crianças, nas escolas, são discriminadas por seus próprios colegas e, até, por professores. E há até algumas que são discriminadas em casa, por seus irmãos e por seus pais. Acontece a mesma coisa com meninas consideradas marimachos: gostam de esportes violentos, de competir, de se arriscar, de brincar com brinquedos "masculinos", mas odeiam trabalhos domésticos e atividades suaves. E aí começa o Social a interferir com a formação da pessoa. As crianças discriminadas terminam por ter uma Identidade errada por indução social-familiar. Os meninos femininos são induzidos a se crer "com opção sexual trocada" e, sendo criança com tudo em formação, inclusive a psique, admitem naturalmente o que lhes é inculcado pelo preconceito social. A mesma coisa acontece com as meninas masculinas. Se não fosse o Social interferindo, tais crianças seriam os pares ideais nos casamentos.
Lesbismo.
Mas não é somente o complicador acima que interfere na história da homossexualidade, não. A criança pode ter seus hormônios bem definidos, mas devido a que é uma pessoa franzina, frágil, tímida, retraída, também é violentamente atacada pelas outras crianças e, até mesmo, pelos adultos que a discriminam como "mariquinhas". Este tratamento desumano pode levar a criança a perder seu sentido de masculinidade (ou de feminilidade, pois o que digo para os homens é válido também para as mulheres), mormente se o pai (ou a mãe) não é uma figura marcante em sua vida, um bom modelo masculino (ou feminino) na sua formação sexual social. E entra aqui a assertiva psicanalítica que diz que a vítima se identifica com aquilo que a atemoriza para fugir ao medo. Se a criança é atemorizada porque parece pertencer ao sexo oposto, então, sua psique adota todos os maneirismos e hábitos daquele sexo que não é o seu natural e, assim, consegue a paz que procura ansiosamente. E vou parar por aqui, pois o que eu disse já dá a dimensão da complexidade que é a situação formativa do homossexual masculino ou feminino. Nem vou adentrar a questão dos abalos psicoemocionais, estudados pela Psicologia Clínica e pela Psicanálise. Um bom exemplo se encontra em filmes como Psicose.

A formação sexual humana é complexíssima e não pode ser encarada do ponto de vista simplista e amplamente aceito da "opção sexual individual", o título, a meu ver, mais cômodo e mais errado que se criou nestes últimos tempos. A mim  parece como o jogar a toalha pelos pesquisadores e estudiosos do assunto.

Bom, esclarecido meu ponto de vista quanto ao dilema da homossexualidade humana, voltemos ao casamento e perguntemos: quando um homem e uma mulher devem-se casar? A resposta mais óbvia é: "quando se encontrarem apaixonados". Errado. A atração macho-fêmea nem sempre é sinal de amor entre pares que se procuram completar. E o leito nunca foi nem jamais será um bom orientador na definição do par perfeito. Há milhões de casais que são maravilhosamente complementares em tudo o que diz respeito à vida de relação e interrelação social, mas que, na cama, não conseguem aquela magia sexual que leva cada par a transcender o momento carnal e atingir prazeres que não podem ser traduzidos em palavras. É o que vulgarmente as pessoas chamam de 'coisa de pele'. E é mesmo. O toque é fundamental entre os casais, mas não é tudo. É somente o prelúdio do que deverá ocorrer quando o macho penetrar a fêmea. E não é nada fácil um homem ou uma mulher encontrar aquele par com o qual o ato copulativo se transforme em algo sagrado, muito além da conjunção carnal. A Igreja Católica visa exatamente isto: o par perfeito, mas tal coisa não acontece através dos dogmas religiosos, não. E aí entram os defensores dos Motéis. Rapazes e moças devem frequentar motéis com o máximo de parceiros possível, pois dentre eles um haverá que lhe será aquele procurado intimamente. Errado novamente. A promiscuidade sexual leva a desvios sexuais que podem ser até graves. Ninguém sabe o que vai encontrar pela frente. Uma moça pode ir para o motel buscando não somente agradar seu parceiro e a si mesma, mas intimamente desejosa de que ele seja aquele par que procura subliminarmente. No entanto, aquele parceiro tem tendências sádicas e gosta de praticar o coito desviado, como aquele cheio de tapas, de palmadas, de mordidas, de palavrões e de insultos; ou como o anal, por exemplo. E a moça se sente não somente frustrada, como ferida em sua intimidade. E se de par em par, ela encontra homens que mais preferem o coito transviado que o natural, sua libido terminará por se deslocar e retroagir em seu processo maturacional e eis alguém que tem mais prazer quando está apanhando ou em ser penetrada analmente mais que vaginalmente. Um desvio que vai dar trabalho a psicoterapeutas analistas ou não.

Não é a quantidade de experiências sexuais coitais que propicia a oportunidade de alguém encontrar seu par perfeito, não. O enfoque está errado por princípio. O gozo coital é como uma chispa na escuridão: fugaz. Ninguém consegue manter a memória sensorial do gozo obtido há menos de cinco minutos. Uma vez acontecida a explosão orgástica, tudo se acaba. O corpo não tem memória do prazer. Ele precisa que tal acontece repetidamente, até mesmo por uma questão de sobrevivência. Imagine se nosso corpo guardasse a memória daquele acepipe excepcional que degustamos num dado momento emocional altamente prazeroso. Então, ele se recusaria a outras iguarias inferiores em sabor e associação emotiva e seria um desastre para a pessoa. Por isto a Natureza não concedeu ao corpo a capacidade memorativa e recordativa. Tudo o que ele experiência é transitório e esquecido imediatamente. Além disto, as frustrações constantes nas camas de motéis deixam na pessoa, homem ou mulher, uma grande insegurança e uma desconfiança que cresce cada vez mais em relação à fidelidade do outro. Se se deitou comigo, vai-se deitar com outro/a e outro/a e outro/a... É um puto ou uma putae não merece minha confiança. Pronto, está formado um estereótipo terrível sobre aquele homem ou aquela mulher. Um estigma que dificilmente deixará o indivíduo social e psicologicamente falando. Complicando os  encontros fortuitos, tanto o rapaz quanto a moça levam para o leito de motel suas famílias. Não há como delas se desvencilharem. No íntimo, haverá sempre uma censura pelo comportamento promíscuo e devasso. E esta censura íntima terminará por se tornar um verdadeiro câncer psíquico que fere mais a mulher que o homem.

Como meu leitor pode ver, a questão do casamento é complexíssima e está cada vez mais se perdendo na memória das pessoas em todos os povos. Claro que estou dando apenas pinceladas em temas que são profundos e requerem verdadeiros volumes para um melhor (e não esgotante) esclarecimento. Mas ainda assim, creio que deixo claro o quanto é complexo um assunto que é abordado de modo tão superficial por Famílias, Escolas e Poder Público.

O casamento tem de acontecer com base no Amor e, não, na paixão. A paixão implica de imediato sofrimento e ninguém gosta disto. Todos fugimos às carreiras do sofrimento, ainda quando ele seja defendido como o único caminho para o engrandecimento e a salvação da alma. 

O primeiro sofrimento que a paixão traz ao casal é aquele terrífico que lhes imputa o ciúme. Um casal em que domina em grande parte a relação por ditames do ciúme vai fracassar com toda a certeza. Nenhum grau de ciúme pode ser aceito numa relação, em que pese a opinião dos atores e das atrizes de cinema, teatro e televisão. Não,  não se pode aceitar nenhuma quantidade de ciúme por parte dos pares do casal. Ciúme não é sinal de zelo ou de apreço. Ciúme é sinal de insegurança, de dependência, de carência psicoemocional. Em uma relação sadia, amorosa, o ciúme é substituído com vantagem pela confiança plena. "Minha" mulher tem de sentir que eu não desconfio de sua conduta nem de sua palavra. E eu tenho de sentir a mesma coisa em relação a ela. Esta é a base primeira da relação sadia entre um homem e uma mulher. "Mas" perguntará alguém, "e se ela (ele) me trair?"  Eu lhe respondo: "é porque a relação começou doentia". Numa relação sadia, cheia de admiração mútua entre o homem e a mulher e onde a confiança mútua se desenvolveu com força, garanto que não haverá traições. Nem o homem nem a mulher são poligâmicos, em que pese a zorra que grassa nas relações heterossexuais modernas. No fundo, tanto ele quanto ela procuram um par com o qual passar a vida toda em paz e harmonia. E isto independe de cultura, de país, de costumes ou leis. É intrínseco à natureza humana. No entanto, a criação, a família, o ambiente social em que cada par do casal foi criado marcam profundamente e criam certas tendências neles de modo que tais tendências interferem no equilíbrio buscado. Não é à-toa que se afirma que na vida não há prêmios nem castigos, mas apenas conseqüências. E o casamento é um ponto de encontro de todas as conseqüências das vidas dos pares que se juntam. Depois da cerimônia social ratificadora do encontro vem a dura tarefa de aparar as arestas; jogar fora o lixo psicafetivo; limpar a mente de crenças espúrias; construir uma vida baseada na afeição, no carinho, na ternura, na compreensão e, principalmente, na doação de si ao outro. Só o Amor permite isto. O ciúme, ao contrário, exige do outro que se dê todo, mas faz que o ciumento fuja à mesma obrigação, quando o ato de se doar implique perda pecuniária, de status social, de vantagens econômico-financeira ou coisas similares. O ciumento quer ter tudo, mas é mãozinha quando se trata dele retribuir com a mesma moeda.

Minha orientação é que tanto o rapaz quanto a moça observe a reação de ciúme, de incapacidade de confiar, de insegurança daquele com quem esteja começando um envolvimento. Por maior que seja a atração física, suste esta relação no começo. Afaste-se daquela pessoa, pois estará evitando grandes sofrimentos futuros. A paixão, como o nome mesmo o diz, dói, mas passa. Basta que se tenha paciência de esperar que ela se vá e pronto, o Sol volta a brilhar em nossa vida.

Agora, quanto àquela "coisa de pele", os pares do casal até podem não chegar a sentir isto entre si, mas se estão verdadeiramente enamorados um do outro, tal "coisa de pele" deixa de ter valor e não se sobreporá às demais coisas agradáveis que acontecerão constantemente entre o casal. A cama, meus amigos, é a coroação de um dia de alegria, felicidade e harmonia. Quando a cama é transformada em um campo de guerra, onde um dos pares procura verificar o quantum de amor ainda mantém no outro depois de azucrinar-lhe o dia com brigas e reclamações, não presta. Tem de ser jogada pela janela, de preferência com aquela união desunida.

Enfim, casamento é isto: Amor pleno e irrestrito entre os pares do casal. Amor e não paixão. Amor que compreende, que se doa, que se encanta com a presença emocional e psíquica da outra pessoa. Amor que não valoriza a aparência física nem os genitais dos parceiros, pois isto passará rapidamente, mas o respeito mútuo, a admiração recíproca e a confiança crescerão sempre, fazendo desaparecer aos olhos dos enamorados a decrepitude que o Tempo, este carrasco do corpo, sempre joga sobre nós.

E Tenho Dito.


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